Dicas sobre a dentição do seu bebê - toda mãe precisa saber!



1) Quais são os sinais que o bebê dá para os pais de que o dentinho está nascendo?

 A idade média para o nascimento dos primeiros dentes é por volta de 6 meses de idade. Um atraso em torno de mais 6 meses ainda é considerado dentro dos padrões da normalidade.  Ao nascimento dos dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e abaulamento da gengiva, aumento da salivação, estado febril, fezes mais liquefeitas, diminuição do apetite, irritabilidade e desconforto.

 2) Como aliviar o desconforto?

Para ajudar o irrompimento dos dentes e melhorar esse desconforto, deve-se oferecer ao bebê alimentos mais duros (por exemplo: cenoura, maça) e mordedores de borracha para massagear a gengiva. O uso da dedeira de silicone também pode auxiliar. Nos casos mais severos, onde a criança apresenta inapetência, procurar o odontopediatra para maiores orientações (avaliar a necessidade de aplicação da pomada “Nenêdente” ou “Camomilina C” para controle da dor e inflamação).

3) Em relação a mamadeira, também é preciso saber escolher alguma especial?

A sucção de dedo, chupeta ou mamadeira é um fator que pode interferir no desenvolvimento da criança, ocasionando alterações orais, tais como: mordida aberta, mordida cruzada, inclinação dos dentes, atresia das arcadas, diastemas (espaços entre os dentes), alterações no padrão de deglutição, fala e respiração, entre outras. O uso de bicos ortodônticos e de silicone minimizam essas alterações, mas a prevenção do hábito é a melhor opção. A criança com até 2 anos de idade encontra-se na fase oral, em que a satisfação é centrada na cavidade bucal; portanto, a sucção é importante e o aleitamento materno bastante recomendado. Esses hábitos (sucção de dedo, chupeta ou mamadeira) devem ser removidos o quanto antes (até os 2 anos) e de forma gradativa, para que não se altere o equilíbrio psicológico e físico da criança.

4) É prejudicial para os dentes das crianças os adultos dividirem alimentos com elas?

Sim, pois a doença cárie e a doença periodontal (de gengiva) são infecto-contagiosas (causadas por bactérias) e transmissíveis. Se houver contato da saliva do adulto com a cavidade oral da criança (beijar na boca, oferecer alimento na mesma colher, assoprar a comida) essas bactérias podem ser transmitidas, possibilitando a instalação da doença na criança.

5) Quais cuidados os pais devem ter para evitar estragos nos dentes das crianças?

 A higiene bucal no bebê deve se iniciar o mais cedo possível, para que essa criança se acostume a esse hábito, praticando-o por toda a sua vida, tendo sempre dentes saudáveis e bonitos.

Não se deve introduzir o açúcar cedo na dieta da criança (por exemplo: não colocar açúcar/mel/achocolatados na mamadeira do bebê, apenas com indicação médica, e não adoçar a chupeta para dá-la à criança). Deve-se também evitar o uso de mamadeiras noturnas (quando a criança já tiver dentes na boca) pois esse hábito pode causar “cárie de mamadeira”, onde há  grande destruição dos dentes e dor. Deve-se usar o bico de silicone e do tipo ortodôntico para minimizar risco de maloclusões (alterações de mordida). Uma nutrição saudável e equilibrada é fundamental para o bom crescimento e desenvolvimento infantil.

Lembrar sempre de usar uma escova dental adequada para cada idade, pasta infantil com flúor em pouca quantidade, sem deixar a criança engolir, e fio dental entre os dentes, depois da cada refeição, principalmente antes de dormir. Não se esqueça de escovar também a língua para retirar a sujeira que se acumula nela. Procurar o odontopediatra a cada 6 meses ou sempre que necessário para ele acompanhar e cuidar da saúde bucal do seu filho(a).

A aplicação de flúor no consultório dentário deverá ser iniciada já na dentição de leite (dentição decídua), assim que esta esteja completa por volta dos2 a3 anos de idade. O flúor é um dos agentes importantes na redução da cárie dentária, em conjunto com outros métodos de prevenção, tais como a escovação com pasta fluoretada e a dieta equilibrada (baixo consumo de sacarose), além do uso da água de abastecimento público fluoretada.

 


Autor: Ana Paula Falcão


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