Projeto: implantação de protocolo de dor toracica no hospital das clinicas Dr. Neves de Mineiros - GO



 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR REZENDE & POTRICH

FACULDADE MINEIRENSE – FAMA

CURSO DE ENFERMAGEM

 

 

 

Autores:

Lucinéia Bento Siara Acadêmica de Enfermagem Faculdade Fama GO (1)

     Lucinéia Souza Araujo Acadêmica de Enfermagem Faculdade Fama GO (1)

Orientador: Professor:  Mestre .Marco Rogério da  Silva  (2)

 

 

PROJETO: IMPLANTAÇÃO DE PROTOCOLO DE DOR TORACICA NO HOSPITAL DAS CLINICAS Dr. NEVES DE MINEIROS – GO

 

 INTRODUÇÃO

 

Estabelecer um diagnóstico etiológico correto para os pacientes com dor torácica tem sido um dos maiores problemas enfrentados, não somente para equipe hospitalar mas também, por aqueles responsáveis pelo pagamento das despesas como o governo, companhias seguradoras e as prestadoras de assistência médica segundo Bassan (2001).

Como descrito por oliveira e Spiandorello (2001) padronizar tal atendimento, criando protocolos para orientar o manejo de pacientes com dor torácica permitem agilizar o diagnóstico e a conduta terapêutica evitando-se internações desnecessárias além de avaliar a eficiência na abordagem das síndromes coronarianas agudas.

A dor torácica é uma das causas mais comuns de procura de assistência médica nas salas de emergência (MARTINS Et al 2011) sendo pressuposto de síndrome coronariana aguda (SCA)  que são caracterizadas por manifestações clínicas e laboratoriais de isquemia miocárdica aguda, sendo classificada em três formas: Angina Instável (AI), Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sem supradesnível do segmento ST e IAM com supradesnível do segmento ST (BASSAN, 2006).

O primeiro passo na abordagem de um paciente com dor torácica é saber caracterizá-la por meio da realização de um breve levantamento da história clínica do mesmo, que é um dos critérios mas importantes na avaliação do quadro clinico, onde se observa as características da dor sugestiva de síndromes coronarianas e a presença de sintomas associados, que auxiliem no diagnóstico correto, ao mesmo tempo, a história permite a elaboração de possíveis diagnósticos diferenciais de etiologias não cardíacas (KNOBEL Et al, 2007)

Segundo dados do datasus (2000 apud Ouriques 2008) as doenças cardiovasculares são no Brasil, a principal causa de mortalidade em indivíduos com mais de 40 anos sendo estas a mais frequentes  a cardiopatia isquêmica.

As unidades de dor torácica foram introduzidas em 1981 nos Estados Unidos e no Brasil a partir de 1995, inicialmente no Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro, onde foi implantado por ser uma alternativa rápida e segura para estratificar e liberar o paciente com dor torácica (OURIQUES, 2008).

Ao revisar dados epidemiológicos sobre síndromes coronarianas e devido a conversar com profissionais da área de saúde da região nos deparamos com uma ideia de abordagem e intervenção para Identificar a possível causa da dor, qualificar a assistência a pacientes de ambos os gêneros, e intervir de forma especifica e ágil, justificam a realização desta revisão bibliográfica de forma que, com uma assertividade de diagnostico impeça uma evolução negativa do quadro clinico, onde se torna necessário a criação e implantação de um protocolo de dor torácica em um hospital de mineiros – GO priorizando uma agilidade no atendimento do paciente com queixas de dor no peito. OBJETIVO GERAL Implantar um protocolo de atendimento a pacientes com dor torácica em um hospital de mineiros – GO.

OBJETIVOS ESPECIFICOS Desenvolver um protocolo de atendimento de dor torácica, Implantar um protocolo de atendimento de dor torácica a pacientes que derem entrada na emergência de um hospital, Qualificar a equipe de pronto atendimento por meio de educação continuada e permanente e Priorizar uma intervenção precisa e multiprofissional para identificar e encaminhar o paciente a uma assistência correta. METODOLOGIA Para a realização deste estudo adotou-se a pesquisa de natureza de revisão bibliográfica utilizando bases de dados eletrônicos como MEDLINE, SCIELO, LILACAS, objetivando gerar conhecimentos para aplicação prático/teórico de um protocolo de atendimento, sendo utilizadas 30 artigos literaturas com ano de publicação após o ano de 2000 selecionados e classificados de acordo com o assunto abordado por método descritivo que na visão de Andrade (2010) se trata de uma pesquisa que envolve coleta, analise, classificação e interpretação dos dados sem a interferência do pesquisador caracterizando um estudo fidedigno a aos dados selecionados, onde na visão de Lakatos e Marconi (2010) o estudo descritivo se caracteriza por leitura e analise dos dados fazendo referencia ás partes mais importantes do texto.

Protocolo de dor torácica,Trata-se de uma ferramenta essencial de suporte à tomada de decisão na Unidade de Primeiro Atendimento, na identificação de 25% dos portadores de síndrome coronária aguda (SCA) / doença arterial coronariana (DAC) que seriam liberados sem diagnóstico correto.

Por meio da implantação de um protocolo é possível oferecer uma estratégia baseada em evidências adequada à estrutura de Primeiro Atendimento, que orienta a tomada de decisões da equipe de clínicos emergencistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O objetivo principal da implantação deste protocolo é confirmar ou descartar diagnósticos de doenças cardiovasculares de risco, como por exemplo, o infarto agudo do miocárdio, a angina instável, a embolia pulmonar e doenças agudas da aorta.

Embora o número de pacientes com essas queixas seja grande, apenas uma pequena porcentagem tem o diagnóstico de doenças cardiovasculares graves. A maioria dos casos que se incluem neste protocolo acaba fazendo algum tipo de avaliação adicional à consulta médica e aos exames básicos inicial, como o eletrocardiograma, a radiografia do tórax e as dosagens dos marcadores bioquímicos de lesão miocárdica no sangue. Neste contexto, os pacientes submetidos ao Protocolo de Dor Torácica podem passar por um período de observação e reavaliações médicas sob monitorização cardíaca contínua, durante o qual mais exames laboratoriais, de imagem e/ou de métodos gráficos são realizados, visando principalmente avaliar o risco de se tratar de alguma das doenças de maior gravidade e que podem se manifestar por dor torácica.

Para investigação diagnóstica, os protocolos de Dor Torácica buscam ser um modelo estratégico diagnóstico capaz de promover alta qualidade assistencial ao menor custo possível, ou seja, ser custo-efetiva. Diversos estudos realizados na última década demonstraram a possibilidade de alcançar esse objetivo, desde que sejam utilizadas estratégias diagnósticas que acelerem o processo assistencial e que tenham elevadíssima acurácia, reduzindo significativamente não só o tempo de permanência hospitalar como também a taxa de internação desnecessária de pacientes em unidades de alta complexidade (e alto custo) resultando em melhora da qualidade da assistência médica prestada e redução dos custos médios hospitalares em determinados subgrupos de pacientes com dor torácica e constituindo-se num processo custo-efetivo  Assim, as Unidades de Dor Torácica ou modelos assistenciais semelhantes devem ser implantadas em todas as salas de emergência dos hospitais, particularmente onde não houver cardiologista presente, com pré-requisito de treinamento de toda a equipe envolvida. RESULTADOS ESPERADOS Agilidade/processo • Tempo da chegada à sala de emergência (SE) até o atendimento médico/enfermagem para todos os pacientes com dor torácica (meta = 3-5min) • Tempo da chegada à S.E. até ECG (meta = 10-15 min) • Tempo de cada coleta de marcadores de necrose miocárdica até resultado (meta = máximo de 2h após coleta) • Tempo da chegada à SE até início de terapia de repercussão em pacientes com supra-ST (meta = 30min para fibrinolítico, 60min para angioplastia primária) Manejo • Percentual de uso de terapia de reperfusão em pacientes elegíveis (meta = 100%) • Percentual de prescrição de fármacos anti-agregantes plaquetários (meta = 100%) • Tempo de permanência, em horas, na SE ou no hospital (meta: pacientes com baixa probabilidade = 6-12h; pacientes com alta/média probabilidade mas sem doença = 12-24h) • Taxa de readmissão hospitalar até 72h pós-alta (meta = 0%) Equipe • Qualificada, especializada, ágil, portadora de conhecimentos de suporte avançado, educação continuada e permanente sempre presentes de forma que todos estejam em comunicação harmônica ao ter que aplicar e atender um paciente com dor torácica.

 

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Autor: Marco Silva


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