Efeitos da globalização na economia capitalista
Efeitos da globalização na economia capitalista
Resumo
A economia sofreu vários ciclos ao longo da história. A concorrência mercantil funciona muito, pois aumenta a queda dos preços e a qualidade dos produtos cresce. A distribuição de renda esta ocorrendo, mas é preciso que haja cuidado, pois as disparidades e desigualdades regionais afetam diretamente a população. O estado deve regular as relações entre o setor produtivo e financeiro a fim de evitar perda de recursos a serem bem utilizados pelo próprio estado em função da população.
Palavras Chaves: Globalização, Economia e Social.
Abstract
The economy has undergone several cycles throughout history. The market competition works much as it increases the drop in prices and quality of products grows. Income distribution is occurring, but there needs to be careful as regional disparities and inequalities directly affect the population. The state should regulate the relations between the productive and financial sectors to prevent loss of resources to be well used by the state according to population.
Key-words: Globalization, Economics and Social.
1. Introdução
A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da história. Em cada ciclo, um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira. Atualmente o Brasil tem um mercado livre e uma economia exportadora. Os países já contam com acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, têm causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. Grandes empresas do mundo passaram a oferecer fortes benefícios a seus empregados, antecipando a ação de sindicatos e governos.
O acirramento da concorrência amplia a eficiência, à queda dos preços, o que funciona positivamente nos programas de estabilização mais recentes. A qualidade dos produtos cresce, assim como o desenvolvimento tecnológico é estimulado. Percebemos que a globalização é inevitável e isso altera a economia e o social dos países, então veremos que essas mudanças vêm acontecendo, o que acontece ao social onde beneficia em algumas áreas e se perde em outras, porém visando a buscar melhoras mediante acordos e alianças para crescer economicamente.
2. O efeito da globalização na distribuição de renda na economia.
Houve uma melhora na distribuição da renda, com tendência a convergência a longo prazo, conforme a economia global continua crescendo, porém a maioria das nações que hoje sofrem com problemas de distribuição de renda atualmente, os quais teve seus problemas originários antes da época da globalização ou durante períodos de ditadura ou economia planificada. Hoje a distribuição de renda ou está estável ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta liberdade econômica pelo Índice de Liberdade Econômica.
A abertura global permite que os mercados financeiros e de câmbio se comuniquem facilmente. O resultado é o que, na busca por lucros fáceis e rápidos, os capitais se movem de um lado para outro. Como as moedas ficam sujeitas a livres transações, suas cotações flutuam acentuadamente, criando problemas internos aos seus países, e aos governos, que não podem realizar as políticas econômicas desejadas. Além disso, a facilidade com que podem sair do país provoca grande instabilidade financeira, uma vez que o sistema bancário pode estar com um grande montante de ativos em divisas e as mudanças abruptas de cotações e de montantes aplicados pode deixá-los de repente sem as reservas necessárias.
Os EUA, Japão e Alemanha, países bem sucedidos no processo de globalização, embora as taxas de desemprego não sejam altas quando comparadas com os demais países, preocupa a deterioração das condições de trabalho, uma vez que as indústrias mais bem sucedidas tendem a absorver cada vez menos mão-de-obra. Sendo que a concentração e centralização do capital os principais setores da economia são controlados cada vez mais por um pequeno grupo de empresas que fica cada vez mais poderoso.
Tudo ocorre por meios de reinvestimentos das próprias empresas nos setores onde atuam, ou através de fusões e incorporações de outras que sucumbem à concorrência. Sendo que o processo de globalização, a desregulamentação e a abertura econômica que o caracterizam, vêm sendo responsáveis por um crescimento acentuado da volatilidade de capitais, os quais podem ser aplicados rapidamente em diferentes tipos de ativos financeiros e monetário num grande número de países.
3. Distinção financeira e monetária
É preciso atentar para que acabe com a distinção de distribuição de renda, pois com a globalização ocorre crescimento não generalizado dos setores que aferem a economia do país, e é preciso que o Estado entre regulamentado e direcionando o processo de desenvolvimento, ainda que, para isso, tenha que enfrentar oposições. Só então os dados mostraram que o sucesso da globalização não pode apenas ser julgado pelo que possibilita em termos de ganhos de concorrência e preços baixos, mas devem ser também deduzidos os custos, em termos de exclusão social, que o acompanham.
Atualmente a economia brasileira está subdividida nas regiões da seguinte forma: Centro-Oeste onde baseia-se principalmente na agroindústria, sendo ela tanto pecuária quanto agrícola e açucareira agora adentrando ao projeto Biodíesel.
O Nordeste baseia-se normalmente em indústrias, petróleo e agronegócio. Políticas de incentivos fiscais levaram várias indústrias para a região. O turismo é bastante forte. Já o Norte baseia-se principalmente em extrativismo vegetal e mineral. Merece destaque também a zona franca de Manaus, pólo industrial. O Sudeste: possui parque industrial diversificado e sofisticado com comércio e serviços bem desenvolvidos. Destacam-se as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte como os principais centros econômicos do Brasil.A região Sul a maior parte das riquezas provém do setor de serviços, mas possui também indústria e agropecuária bem desenvolvidas. Destacam-se as regiões metropolitanas de Curitiba e Porto Alegre. As disparidades e as desigualdades regionais continuam a ser um problema no Brasil. Retirando a região Nordeste, todos os estados do Brasil possuem um índice de desenvolvimento humano (IDH) superior a 0.80 (elevado), lembrado que os dados são relativos ao ano 2000. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Brasil)
As desigualdades regionais do Brasil se dividem simplesmente em: sul rico e norte pobre. A região Sul sempre se destaca quando o assunto é qualidade de vida, os padrões da região são similares aos europeus, enquanto o nordeste possui qualidade de vida muito inferior, similar à países como Índia e África do Sul. Em nível municipal, as disparidades são maiores: Campinas em São Paulo tem um IDH similar ao da Alemanha, enquanto, Manari em Pernambuco, teria um IDH similar ao do Haiti. A maioria das unidades federais com desenvolvimento elevado (superior a 0.80) (http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Brasil) está situada na região sul e sudeste. Os estados menos desenvolvidos (com desenvolvimento médio nos termos de IDH) são situados no nordeste. Visto que o Brasil se baseia na grande maioria da economia no setor primário(agricultura, exploração mineral e vegetal), observando-se um lento crescimento proporcional do setor secundário (indústria) em relação aos demais, vemos que o processo de marginalização ocorre nos países menos desenvolvidos e, nesses, ele ainda é mais grave em vista da distribuição de renda mais regressiva, e menor abrangência dos programas de seguridade social.
Os frutos da desregulamentação, que tirou o Governo do setor financeiro; da abertura, que liberou o câmbio e tirou as barreiras às entradas de capital controladas pelo Estado; da queda do poder financeiro do Estado, que reduziu sua atuação nas políticas anti-cíclicas da economia. Se para isso é preciso um Estado com as finanças saudáveis e financeiramente capaz, reconhecer sua importância é o primeiro passo a direção de implementação de reformas que, de fato, permitam-no cumprir seu papel.
4. Considerações Finais
As disparidades e as desigualdades regionais continuam a ser um problema no Brasil. Retirando a região Nordeste, todos os estados do Brasil possuem um índice de desenvolvimento humano (IDH) superior a 0.80 (elevado), (http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Brasil) lembrado que os dados são relativos ao ano 2000. As desigualdades regionais do Brasil se dividem simplesmente em: sul rico e norte pobre. A região Sul sempre se destaca quando o assunto é qualidade de vida, os padrões da região são similares aos europeus, enquanto o nordeste possui qualidade de vida muito inferior, similar à países como Índia e África do Sul.
Em nível municipal, as disparidades são maiores: Campinas em São Paulo tem um IDH similar ao da Alemanha, enquanto, Manari em Pernambuco, teria um IDH similar ao do Haiti. A maioria das unidades federais com desenvolvimento elevado (superior a 0.80) (http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Brasil) está situada na região sul e sudeste. Os estados menos desenvolvidos (com desenvolvimento médio nos termos de IDH) são situados no nordeste.
Todas as teorias econômicas que assumem rendimentos crescentes mostram que os maiores e mais desenvolvidos sempre têm vantagens e por isso tendem a se manter na dianteira do processo de desenvolvimento que iniciaram. Sendo que é hora de pensar em padrões de desenvolvimento alternativos, que se preocupem mais com a solução dos nossos problemas específicos e menos em alcançar os mais desenvolvidos.
Grandes empresas do mundo passaram a oferecer fortes benefícios a seus empregados, antecipando a ação de sindicatos e governos. Benefícios tais como: redução de jornada de trabalho, participação nos lucros, ganhos por produtividade, salários acima da média do mercado, promoção à inovação, jornada de trabalho flexível, flexibilização de jornada para mulheres com filhos, participação societária para produtos inovadores desenvolvidos com sucesso, entre outros.
Ao contrário do princípio do capitalismo, quando se acreditava que a redução de custos com recursos humanos e sua conseqüente exploração, traria o maior lucro possível, passou a vigorar a tese de que seria desejável atrair os melhores profissionais do mercado e mantê-los tão motivados quanto possível e isto tornaria a empresa mais lucrativa. No entanto, o número de funcionários que se enquadram neste modelo é insignificante diante de toda a massa trabalhista mundial, que em sua maioria ainda trabalha em condições muito precárias.O estado precisa, sinalizando setores, regiões e objetivos prioritários, reduzir os custos sociais, incorporando maior parcela da população aos ganhos do processo produtivo. Redirecionando o processo de crescimento econômico, o que não pode, por definição, ser feito pelo mercado, cujo poder encontra-se nas mãos dos que ganham. Sendo que tem um papel na criação de frentes de trabalho e programas de administração do desemprego e de seguridade social. As relações entre setor financeiro e setor produtivo precisam ser reguladas, de formas a evitar a perda de recursos em favor da mera especulação e garantir a viabilidade financeira dos programas prioritários para a realização do projeto nacional.
Não adianta acreditar que a globalização pode ser evitada. Mas há que se inserir nela de forma específica, atendendo às necessidades próprias de cada país, para o que é necessário, antes de tudo, que se tenha um projeto nacional de desenvolvimento claro, onde explícitas as prioridades desejadas pela sociedade. Onde o Estado possa planejar vendo a possibilidade de preparar uma inserção na globalização mais afetiva e adequada à realidade do país. Não tratemos de imaginar experiências e planejamento iguais às do passado, porque as condições hoje são outras, mas de discutir formas de orientação e coordenação estatais, assim como de parceria com o restante da sociedade, que convenham no sentido de atenuar alguns problemas e evitar outros provocados pelo liberalismo.
Referências
Wikipédia :
<http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal>Acesso em 28 de outubro 2007.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Brasil> Acesso em 30 de outubro 2007.
Bibliografia
IANNI, O.- Teorias da Globalização, Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1994.
BRESSER-PEREIRA, Luis Carlos. Teoria do Desenvolvimento Econômico, Curso na Fundação Getúlio Vargas
BELLUZZO, L. G. M.- "O declínio de Bretton Woods e a emergência de mercados globalizado", em Economia e Sociedade - IE/UNICAMP, Campinas, n.4, jun/95.
KEYNES, John Maynard. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money). Tradutor: CRUZ, Mário Ribeiro da. São Paulo: Editora Atlas, 1992.
BANCO MUNDIAL - Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial 1994, FGV, Rio de Janeiro, 1994
SICSÚ, João; PAUL’A, Luiz Fernando; e RENAUT, Michel; organizadores. Novo desenvolvimentismo: um projeto nacional de crescimento com eqüidade social. Barueri:Manole; Rio de Janeiro:Fundação Konrad Adenauer, 2005.
PLIHON, D. - "Déséquilibres Mondiaux et Instabilité financière: la responsabilité des politiques libérales - quelques repères keynésiens", Mimeo, CEDI - Université de Paris XIII, 1995
STIGLITZ, Joseph E. A Globalização e seus Malefícios. São Paulo: Futura Editora, 2002.
COUTINHO, L. - "Nota sobre a natureza da Globalização", em Economia e Sociedade - IE/UNICAMP, Campinas, n.4, jun/95.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Jornal do Brasil, 28/7/96.
MOLLO, M.L.R. - "Estado e Economia: o papel do estado nas dinâmicas monetárias", em Estudos Econômicos, São Paulo, USP. v.18.