Permitido



PERMITIDO

 

 

Quando  Caetano Veloso compôs  a canção é Proibido Proibir, tinha razões para tal: um manifesto contra a censura e  repressão oriundos de um regime militar da década de 60,  época marcada por movimentos culturais, políticos e sociais. Um grito consciente, um  "não”  diante do autoritarismo.

Hoje, os protestos dos brasileiros não passam de atos superficiais; luta de interesse mesclado com  individualismo.

As atuais proibições exercem mais  fascínio do que reflexão – um indivíduo “astuto”   atravessando a linha de chegada. O resultado? Uma população imediatista, de maus hábitos. Fatos absurdos ocorrem porque no país do futebol,  educação nunca esteve na moda.

Como se proibindo, tivesse um efeito contrário – lograr fosse banal, logo esquecido, e   “permitido”.

Permitido fumar em qualquer local. Despejar lixo de forma irregular. Estourar no cartão de crédito. Sonegar impostos. Dirigir alcoolizado. Votar indiscriminadamente. Furar fila. Queimar. Desmatar.

O ideal seria permitir, sobretudo,  o fim de  atos  irresponsáveis.   


Autor: Maria Estela Ximenes


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