Escrita e leitura:como tornar o ensino significativo



O ato de ler, deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra.

É um fenômeno de cunho social e salienta as características sócio históricas ao se adquirir um sistema de escrita por um grupo social. Ele é o resultado da ação de ensinar e / ou de aprender a ler e escrever, e denota estado ou condição em que um individuo ou sociedade obtém com resultado de ter-se “apoderado de um sistema de grafia.

A alfabetização é concebida hoje como aquisição de um novo conhecimento, ou seja, construção de um conceito, o que implica descobrir como é possível, com um número infinito de palavras. A língua é um sistema de relações, com dois processos: ler e escrever.

Na aprendizagem destes processos, a criança percorre longo caminho, passando por estágios evolutivos de elaboração, descritos por ferreiro e Teberosky(1991)

A linguagem escrita é fruto de esforço coletivo e um esforço social:possibilita ao sujeito ampliar seu conhecimento de mundo e do tempo em que esta inserido portanto, a relação entre escrita e significado é essencial. Não há possibilidade de alfabetização sem relação escrita/mundo, escrita/ contexto.

O sucesso na alfabetização exige a transformação da escola em “ ambiente alfabetizador”, rico em estímulos que provoquem atos de leitura e escrita, permitam compreender o funcionamento da língua escrita possibilitem a apropriação de seu uso social e forneçam elementos que desafiam o sujeito a pensar sobre a linguagem escrita.

Diagnosticar quanto as crianças já sabem antes de iniciar o processo de alfabetização é um preceito básico do livro psicogênese da língua escrita que Emília escreveu com Ana Teberosky. A obra uma marca na área, mostra que as crianças não chegam à escola vazias, sem saber nada sobre a língua.

O conhecimento destes estágios pelos educadores é importante para organização de atividades adequadas e bem fundamentadas, possibilitando aprendizagem efetiva e eficaz, pois a aquisição da escrita convencional depende em grande parte da ação educativa do educador .Cabe a ele intervir oportunamente, mediando a interação das crianças com a escrita e favorecendo a descoberta da estrutura combinatória da língua, enfim mudar o enfoque da formação do educado alfabetizador de “como se ensina “para” como se aprende.

 


Autor: Kesya Santos De Souza


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