Deixa-me Tocar-te



Oh poetisa, perdoa-me o desejo insano.

A madrugada é longa e fria, e teu verso

Carregado em ardor, aguçou-me a fantasia.

 

Por isso venho propor-te:

Aceita amor, deixa-me tocar-te.

 

E assim como sem querer,

Embrulhar-me em teus braços.

 

Deixa que me achegue de ti de mansinho,

Com um beijo feche teus olhos,

E num suave carinho,

Toque teu corpo pouco a pouco.

 

Deixa-me amor, ouvir teu coração,

Esquece o tempo, a razão.

 

Este é o nosso momento, linda poetisa.

Só eu e você juntinhos. Solta tua alma alada,

Aproveita! Não existe além mais nada.

 

Deixa-me agarrar-te, minha deusa, minha chama,

Com toda a força. Para que em carícias nos percamos,

Naquele toque que somente toca, a alma de quem ama.

 

Deixa que eu seja teu pão, teu vinho, teu refém.

Pois que aqui e agora, inteiro ou em pedaços,

Sou teu, de mais ninguém.

 

Aceita amor e por fim, que este poeta triste

E dolente, seja teu amor para sempre presente.

Que atenda e desfrute de teus desejos tão ardentes,

Que seja o anjo com que sonhaste, simplesmente.


Autor: Ailton Ferreira


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