História e a vida do serrano tropeiro de porcos dos anos 30



HISTÓRIA E A VIDA DO SERRANO TROPEIRO DE PORCOS DOS ANOS 30

 Cirilio  Melo, proprietário de  um sítio no interior de São Francisco de Paula,RS. Localizada as margem do rio das Antas divisa com o município de Bom Jesus. No sítio de  40 hectares, ele criava vacas de leite para fazer queijo,criava cavalos,mulas,burros,porcos,ovelhas e galinhas caipira,  cavalos e mulas ele negociavam com os tropeiros que passavam próximo da propriedade.

das40 hectares,12 hectares era reservada para fazer roça onde plantava milho, feijão,moranga,abóbora e  próximo do galpão  tinha a lavora e uma horta, a lavoura no inverno plantava o azevém e aveia que servia de forragem para as vacas de leite no inverno, no verão essa lavoura servia para o  cultivo da batatinha para consumo da família e o excedente era vendidoem Santa   Cantarina.Na horta plantava-se  alguns legumes e verduras como: fava, ervilha,alho, cebola de cabeça repolho,couve,alface,radiche, salsinha,cebolinha,manjerona etc.

Para dar conta dos serviços no campo e na roça Cirilio contava com os três filhos mais velhos, na época.   era tudo manual,possuía uma arado com tração animal para ara a terra e um carroção também tração animal (bois) para transporte da produção da roça até a sede do sitio.

 Cirilio casou três vezes ficou viúvo duas vezes as duas  primeiras esposas morreram  no parto, a primeira morreu junto com filho na primeira gravidez, a segunda esposa de Cirilio tiveram 12 filhos, a exemplo da primeira ela falece ao dar a luz ao décimo terceiro filho que morre junto com a mãe. 

Os 12 filhos do segundo casamento tinha a seguinte idade : José-18 anos,Mariquinha-17,Militão-15,Celino-13,Silvio-12,Sentembrino-10,Lurdes-8,Alice-6,Jaime-4,Otavio-3, amãe deles morre do parto das gêmeas - Nema e Noema.

 Cirilio  casa pela a terceira vez com Maria Luiza , Maria Luiza era uma jovem senhorita de 26 anos, Cirilio já era um senhor de 54 anos, deste casamento tiveram 7 filhos :Sebastião, Pedro,Laurindo, Elizabete,Virgínia,Judite e Iracema.

Quando Cirilio casou com a Maria Luiza, 9 filhos menores do segundo casamento, Maria Luiza assume a maternidade destes 9, foi uma tarefa difícil para Maria Luiza, que menos de 1 ano de casada teve seu primeiro filho e assim foi um filho por ano até o sétimo filho.

Para alimentar todos ele dependia daquele pequeno pedaço de terra.

   Na região dos campos de cima das serra nas primeiras décadas de 1900,comercializavam seus produtos nas cidades de Santa Catarina,cidades que os serranos chamavam cidades de serra abaixo, era as cidades mais próxima e o produto era mais valorizado pelos catarinense, os serranos vendia queixo o famoso queijo, famoso até hoje, eram formado uma tropa(vara) de até 60 porcos eram conduzidos a pé por antigas  trilhas que passavam índios, trilhas entre campos e os caníones do aparados da serra gaucha,para que os porcos não se desviassem da trilha ia na frente dos porcos jogando grãos de milho, os tropeiros de porcos levavam de4 acinco dias para chegar  até a cidade ou vila catarinense mais próxima, juntos com os tropeiros iam duas a três mulas com bruacas, nessas bruacas era transportado queijo para vender o mantimento  e panelas  dos peões o cozinheiro se deslocavam na frente para escolher um local para fazer o almoço de preferência esse local deveria ser na beira de um sanga, o meio dia o descanso era curta essa caminhada se estendia até ao anoitecer, a noite que os porcos realmente era bem alimentados sem fome e cansados porcos dormiam até o clarear do dia o mesmo acontecia com os peões.

 Os peões dormiam encima do pelego e se cobriam com capa gaucha ( A J Renner em 1912 passou a fabricar campas de feltro visando o frio do sul essa capa ficou conhecida como capa gaucha). A equipe de tropeiro de porcos eram composta de cinco homens:o madrinheiro que ia na frente da tropa de porcos, dois faziam  as laterais para mante-los na trilha e os da retaguarda fazia seus papeis de condutor, e assim os peões levavam sua missão o fim! Não posso esquecer que um dos peões sempre carregavam co sigo um violão velho que dele tirava uma modinhas para quebrar o silencio na noite no bivaque. E assim esses bravos tropeiros de suínos.    que seria a Vila de Praia Grande, nessa vila tinha os compradores,para comprar  os produtos serrano.

Com o dinheiro da venda dos produtos, eram feitas compra de ferramentas,tecidos, calçados e produtos que não eram produzidos no sítio: açúcar mascavo por ser mais barato, sal, farinha de trigo,arroz, fermentos,querosene etc. feijão, batata, moranga, milho, carne, banha eram produzido no sitio,farinha de milho, canchica e quirerinha era feito do milho colhido na roça do sítio.

11 de maio de 2012 

Pedro Cândido de Melo – Prof. De História


Autor: Pedro Cândido De Melo


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