Colecionadores de decepção



Acho que no fim somos isso aí mesmo: colecionadores de decepção. Coleções variadas e para os mais variados (des) gostos. Sim, porque nem é preciso muito para não conseguir nada. É puxar assunto e não ter nem um “vá se ferrar” como reação. É amar até a última gota de esperança e dormir com aquele (des) gosto de indiferença. É levar para dentro de si as piores recordações das coisas que não frutificaram. Como tudo que você fez, faz e ainda assim mesmo (idiota) tenta fazer. Enquanto isso, tua coleção continua aumentando. Cresce diretamente na proporção da tristeza, da frieza que vai tomando conta do teu coração. Se antes ele era lindo, passou a ser frio, quase que intocável. Mas isso você não diz, nem demonstra, apenas deixa transparecer. Você se esforçou sem esperar recompensa. Tentou ao máximo tocar o coração dela, depois viu se isso compensa. Mas amar é bem mais difícil do que você pensa. Amar é ficar sem reação pela simples presença. Foi assim que você amou, foi desse jeito que você mais uma vez se decepcionou. O teu “mal” apenas aumentou (como vem aumentando a cada passagem pelo “espelho do tempo”). É tua derrota se consumando, é tua coleção te consumindo, é teu sentimento de amor, dos que já teve é o mais lindo, são as pessoas te deixando, teus amigos te esquecendo, e da tua vida saindo... No fim, são mais peças para a tua coleção, pois quem coleciona decepção não deve (por incoerência) querer mudar e misturar amizade, amor e dedicação.

 

 

Com vídeo da música Marry Me – Train – http://youtu.be/KsuRHPCOjEU

 


Autor: Johney Laudelino Da Silva


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