A necessidade de popularizar o acesso ao mercado de capitais
A NECESSIDADE DE POPULARIZAR O ACESSO AO MERCADO DE CAPITAIS
Está intrínseca no imaginário popular, a crença que a poupança é o único investimento seguro. Enquanto que na verdade, tal pensamento não condiz com a verdade, haja vista que existem outros investimentos que oferecem uma remuneração mais atraente do que a oferecida pela poupança com a mesma segurança. Um exemplo disso são os investimentos em renda fixa, que na maioria dos casos seus rendimentos estão ligados à taxa de juros SELIC. A diferença destes para a aplicação em poupança é que no caso do investimento em renda fixa há uma incidência de Imposto de renda sobre os rendimentos, enquanto que na aplicação em poupança não há tributação. Por isso, quando a taxa de juros SELIC está baixa, o rendimento da aplicação em renda fixa, deduzido o desconto de Imposto de Renda é inferior à remuneração da poupança.
No Brasil, infelizmente não há a cultura de investir em mercado de capitais, leia-se Ações, eu atribuo a isso, o fato de sermos um país com um histórico de subdesenvolvimento, de inflação alta, desemprego alto, uma massa salarial achatada. A partir do momento que o nosso país a cada dia vem solucionando esses problemas históricos, tendo um aumento da renda dos trabalhadores, isso proporciona a faculdade de os trabalhadores pouparem, ao invés de consumirem toda a renda, e ainda assim mantendo um elevado nível de consumo, o que é imprescindível para o país.
É preciso que haja uma desmistificação que o mercado de capitais é um campo somente para milionários. Está na hora de nosso país dar um passo à frente, nos Estados Unidos, praticamente metade da população adulta, tem o costume de aplicar em ações. Quando alguém compra um lote de ações de uma empresa, ele se torna um acionista e consequentemente detentor de uma fração do capital da empresa.
Eu defendo uma tributação da poupança para aplicações acima de cem mil reais, com isso ocorreria uma transferência de parte dos recursos dessas aplicações para o mercado de capitais, e em consequência disso uma injeção de capital para as empresas, possibilitando que essas elevassem os investimentos, tendo em vista que o investimento em poupança não gera empregos.