Quem nos separará do Amor de Cristo?



QUEM NOS SEPARARÁ DO AMOR DE CRISTO?

Ao longo de toda a História do Cristianismo, não poucas pessoas têm tentado responder às sábias e sempre oportunas perguntas do Apóstolo Paulo, registradas em Rm.8:35, sem contudo lograr êxito em suas respostas, porque feitas ao sabor da tergiversação.

As Escrituras Sagradas informam-nos que a pessoa é salva somente, mas TÃO-SOMENTE pela GRAÇA (AMOR) do Senhor Jesus Cristo: “Mas cremos que SOMOS SALVOS PELA GRAÇA DO SENHOR JESUS...” (At.15:11). “Porque pela GRAÇA SOIS SALVOS, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.” (Ef.2:8,9). E o Apóstolo Pedro diz ainda, fazendo menção a Jesus Cristo: “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At.4:12)

E o que é a Graça?

A Graça é quando o Senhor Jesus Cristo olha para mim e diz: “Lázaro, você é um homem miserável (Rm.7:24); de todos os pecadores você é o principal (1Tm.1:15); você é “um coitado, e miserável, e pobre, e cego, e nu” (Ap.3:17), mas eu lhe amo de tal maneira (Jo.3:16) que dei a minha Vida por você, através da minha Morte Vicária e Salvífica, na cruz do Gólgota, para lhe dar a Vida Eterna. Vida Eterna eternamente inamissível.”

E quando eu, Lázaro, me vejo assim, miserável, e não como um “religioso bonzinho”, praticante das boas obras e dos rituais religiosos; quando eu vejo a abundância dos meus pecados, transgressões, iniquidades, é que vejo que “a Graça de nosso Senhor superabundou com a Fé e Amor que há em Cristo Jesus.” (1Tm.1:14)

E o que não é a Graça?

Não é a Graça quando eu, no ápice da minha jactância religiosa, digo: “Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros; (…) Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” (Lc.18:10-14)

À milenar pergunta de Paulo, que emprego como título deste meu artigo, têm surgido respostas absurdamente pessimistas, tendentes à destituição da Salvação; mas, será mesmo que algo ou alguém poderá nos separar do Amor de Cristo, que é a Salvação Eterna dada a todos os que nEle creem? Podem mesmo nos separar do Amor de Cristo estes sete substantivos: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo e espada?

Não!

E por que não?

Ora, simplesmente porque essa separação, dada a sua ocorrência, provaria a superioridade do poder deles sobre o Poder do Amor de Cristo.

Porém, como os opositores da Salvação Eterna teimam em acreditar que algo ou alguém pode nos separar do Amor de Cristo, transcrevamos o Texto e vejamos se existe ao menos uma remotíssima possibilidade de separação: “Quem nos separará do Amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?” (Rm.8:35)

A TRIBULAÇÃO: A ausência de tribulação (a cognominada “vida mansa”) é reservada somente para a pessoa natural, incrédula, descrita no Sl.73:4-12. O salvo, porém, padece tribulações. E como padece!

Em sua primeira viagem missionária, o Apóstolo Paulo, que padeceu grande tribulação (2Co.1:4,6,8), passou por Listra, Icônio e Antioquia, “Confirmando as almas dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, dizendo que POR MUITAS TRIBULAÇÕES nos é necessário entrar no Reino de Deus.” (At.14:22). E ele pede-nos para sermos pacientes na tribulação (Rm.12:12). E o Senhor Jesus ensina-nos: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis TRIBULAÇÕES, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (Jo.16:33). Jesus Cristo venceu e nos faz também vencedores; aliás, mais que vencedores (Rm.8:37).

A ANGÚSTIA: Angústia é grande ansiedade ou aflição. E a Palavra de Deus ensina-nos o que devemos fazer com nossa ansiedade: “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” (1Pd.5:7). Sentindo a proximidade do seu sacrifício Salvífico e Vicário Jesus Cristo também sentiu angústia: “Há um batismo em que hei de ser batizado; e como ME ANGUSTIO até que venha a cumprir-se!” (Lc.12:50)

A PERSEGUIÇÃO: Ao invés de separar o salvo do Amor de Cristo, a perseguição constitui-se-lhe em Bem-aventurança Eterna: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e PERSEGUIREM e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim PERSEGUIRAM os profetas que foram antes de vós.” (Mt.5:11,12). O Apóstolo Paulo também foi perseguido (1Co.4:12). E como foi perseguido! Ele diz: “As minhas perseguições e aflições, quais as que sofri em Antioquia, em Icônio, em Listra; QUANTAS PERSEGUIÇÕES SUPORTEI! E de todas o Senhor me livrou.” (2Tm.3:11). E por isso ele nos ensina: “E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus PADECERÃO PERSEGUIÇÕES.” (id.v.12)

A FOME: Destacados servos de Deus, como Abraão (Gn.12:10; 26:1); Isaque (Gn.26:1); José (Gn.41:56); Jacó (Gn.42:1,2); Davi (1Sm.21:3; 2Sm.21:1; Mt.12:3; Mc.2:25; Lc.6:3); Paulo (At.27:33-35; 1Co.4:10; Fl.4:12), experimentaram grandes fomes, mas nem por isso foram separados do Amor de Cristo.

O crente não se abate por causa da fome, porque sabe fazer suas as Palavras do Profeta Habacuque: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.” (Ha.3:17,18)

A NUDEZ: O estado de nu é contínuo e inevitável, não só na vida do salvo, mas de todo ser humano. Evidentemente que todos os dias eu preciso ficar desnudo para fazer as minhas necessidades íntimas. Tomar um banho, por exemplo, vestido das vestes cotidianas seria impraticável.

Todavia, eu sei de religiosos heréticos que acreditam estar eternamente perdido o crente que estiver nu ao ensejo de sua morte, ou do encontro com o Senhor Jesus, quando do evento da parousia. Se assim fosse, Pedro estaria perdido, pois quando o Senhor, ressurreto, lhe apareceu, ele encontrava-se DESPIDO (Jo.21:7). Paulo também experimentou a nudez (2Co.11:27), mas isto fê-lo bendizer a Deus e Pai do Senhor Jesus (id.v.31).

Por sua vez, Jó reconheceu que a nudez foi dada por Deus. O Senhor havia permitido satanás tirar-lhe os bens materiais e os filhos. Mesmo assim, em vez de sentir-se separado do Amor Divino e blasfemar de Deus, como queria a sua mulher, o que ele fez foi deleitar-se em bendizer o Nome do Senhor: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. O Senhor deu, e o Senhor tirou; bendito seja o Nome do Senhor.” (Jó 1:22)

O PERIGO: A vida do Apóstolo Paulo foi assinalada por muitos perigos: “Perigos de morte muitas vezes.” (2Co.11:23). E ele revela-nos outros perigos pelos quais passou: “... em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha raça, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos.” (id.v.26).

O salvo no Senhor Jesus Cristo enfrenta, amiúde, os perigos deste mundo, mas, confiante e jubiloso, ele entoa sempre este belo Hino: “Perigo algum me pode causar temor, / Pois meu Salvador não me abandonará; / Com sua proteção e com seu amor, / Dirigindo minha vida Ele estará.” (Título: REFÚGIO VERDADEIRO, Hino nº 324 do Cantor Cristão, Hinário das Igrejas Batistas da Convenção Batista Brasileira).

A ESPADA: Davi, desarmado de espada, ao defrontar-se com o gigante Golias, para enfrentá-lo e vencê-lo, disse-lhe: “Tu vens a mim com ESPADA, com lança e com escudo; mas eu venho a ti em Nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos Exércitos de Israel, a quem tens afrontado.” (1Sm.17:45)

Ora, se a espada não pode, tampouco outra arma de guerra poderá separar o salvo do Amor de Cristo, porque, como Davi, ele diz: “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do Nome do Senhor nosso Deus.” (Sl.20:7). E o mesmo Davi ensina-nos, no Sl.37:14,15, o que acontecerá com o impio e sua espada sanguinolenta.

Provamos à saciedade, biblicamente, e de forma incontestável, que a tribulação, e a angústia, e a perseguição, e a fome, e a nudez, e o perigo, e a espada, não poderão jamais nos separar do Amor de Cristo. Acaso existem outras coisas capazes de nos separar desse tão Infinito Amor?

Os religiosos incrédulos acreditam que sim, e afirmam que o maligno, e o mundo, e o pecado, e a tentação, e a lei, e a loucura, e o suicídio, e o desvio, e o “cair da Graça”, e a perda da fé, podem nos separar do Amor de Cristo, podem nos tirar a Salvação, fruto desse Amor Inefável.

À lei e ao Testemunho! Se eles não falarem segundo esta Palavra, nunca lhes raiará a alva.” (Is.8:20)

O MALIGNO: Em razão de o mundo inteiro jazer no maligno (1Jo.5:19), o Senhor Jesus Cristo fez a sua Indefectível Oração a favor do crente nEle: “Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno.” (Jo.17:15). “Simão, Simão, eis que satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu ROGUEI POR TI, para que a tua fé não desfaleça.” (Lc.22:31,32)

Na sua fidelidade imarcescível o Senhor Jesus Cristo confirma e guarda o crente nEle do maligno “Mas Fiel é o Senhor, o qual vos confirmará e guardará do maligno.” (2Ts.3:3); e a confirmação e a guarda do Senhor nos fazem descansar incólumes, pois “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando, antes o guarda aquele que nasceu de Deus, E O MALIGNO NÃO LHE TOCA.” (1Jo.5:18). Ora, o maligno não nos toca porque assim escreveu-nos o Apóstolo João: “Eu vos escrevo, PORQUE VENCESTES O MALIGNO. (…) a Palavra de Deus permanece em vós, E JÁ VENCESTES O MALIGNO.” (id.2:13,14)

O MUNDO: “O mundo inteiro jaz no maligno.” (1Jo.5:19), por isso o Senhor Jesus Cristo, orando ao Pai a favor dos crentes, diz: “Porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. (…) Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” (Jo.17:14,16). Destarte, não sendo deste mundo, os crentes em Cristo Jesus vencem o mundo: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (1Jo.5:4)

O PECADO: O crente, mesmo salvo pela Graça do Senhor Jesus Cristo, continuará pecando, por maiores que sejam os seus esforços no sentido de evitar o pecado, “(pois não há homem que não peque.)” (1Rs.8:46), e porque a velha natureza adâmica, incrustada em sua carne, o acompanhará até o esquife (Rm.7:14-25). O remido cometerá pecado, sim, mas este não terá domínio sobre ele: “Pois o pecado não terá domínio sobre vós.” (id.6:14). Não terá domínio “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” (id.8:2). Ademais, a promessa da Misericórdia de Deus é infalível e perene: “Porque serei Misericordioso para com suas iniquidades, E DE SEUS PECADOS NÃO ME LEMBRAREI MAIS.” (Hb.8:12)

A TENTAÇÃO: O Senhor Jesus Cristo ensina-nos, em sua Oração Modelo: “E não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal.” (Mt.6:13). Além deste ensino do Senhor, o crente deve ainda observar o que escreveu-nos o Apóstolo Paulo: “Não vos sobreveio nenhuma tentação, senão humana; mas Fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar.” (1Co.10:13).

A LEI: “Porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da Graça.” (Rm.6:14). Isto mesmo! A lei não me pode separar do Amor de Cristo porque ela caducou-se (Hb.8:13), “POIS CRISTO É O FIM DA LEI para justificar a todo aquele que crê.” (Rm.10:4), e agora está em vigência tão-somente a Graça; e esta não me separa do Amor de Cristo; bem ao contrário, ela me une ao Bendito Amor; ela é o próprio Amor de Cristo (Ef.2:4,5)!

Contudo, vigora uma Lei cujo cumprimento devemos sobremodo anelar, e ela está contida em Rm.13:8-10.

A LOUCURA: O Caminho santo da Salvação Eterna é tão perfeito, tão absolutamente maravilhoso, que os caminhantes (os salvos), até mesmo os loucos, nele não errarão: “E ali haverá uma estrada, um caminho que se chamará o caminho santo; o imundo não passará por ele, mas será para os remidos. Os caminhantes, ATÉ MESMO OS LOUCOS, NELE NÃO ERRARÃO.” (Is.35:8)

O SUICÍDIO: Certa vez eu preguei o Evangelho a um pastor protestante, de Ceilândia/DF, que padecia de recrudescido medo de perder a salvação que ele alegava possuir. Lá pelas tantas, quando eu pensava que ele havia entendido o Plano de Salvação de Deus, por mim exposto, ele procurou-me dizendo haver descoberto um motivo pelo qual o crente pode perder-se: O suicídio...

Eu também tenho cá as minhas dificuldades em entender e aceitar um crente, um salvo, cometer o suicídio, porque a Bíblia Sagrada informa-nos que o crente TEM A MENTE DE CRISTO (1Co.2:16). Ora, como é possível alguém que pensa e ama como Cristo, cometer a infelicidade do suicídio?

Porém, se isto porventura acontecer, sabemos que nada, mas ABSOLUTAMENTE NADA separa o crente, o salvo, do Amor de Deus: “Porque estou certo de que, NEM A MORTE, (…) nos poderá separar do Amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm.8:38,39)

Quando o Apóstolo Paulo disse NEM A MORTE, ele quis dizer NEM A MORTE, ou seja, a morte em todas as suas matizes. Paulo generalizou. Ele não especifica se é a morte por afogamento ou por queimadura, se é por velhice ou por moléstia, se é por homicídio ou por suicídio, e etc. Paulo disse NEM A MORTE; e nem a morte significa mesmo nem a morte.

No artigo O SUICÍDIO E A VIDA ETERNA, de minha lavra, publicado aqui, na Webartigos.com, eu me detenho na análise deste assunto.

O DESVIO: Dois belos capítulos da Bíblia Sagrada (Sl.51 e Lc.15) mostram-nos que é impossível um crente desviado permanecer nesse estado. Ele é ovelha do Bom Pastor e, quando tresmalha-se para enveredar nas urzes do mundo-cão, o cajado do Bom Pastor o alcança e o consola (Sl.23:4), fazendo-o retornar às sendas benditas do aprisco verdejante.

Todos sabemos da história de Davi, que, após cometer adultério com Bate-Seba e matar a Urias (2Sm.12:9), sofreu amargamente as consequências desses pecados, a ponto de perder a alegria da Salvação. Ele não perdeu a Salvação, e sim a sua alegria; mas, confessando o seu pecado, numa das mais belas orações das Escrituras Sagradas, ele pede ao Senhor: “Restitui-me A ALEGRIA DA TUA SALVAÇÃO.” (Sl.51:12). E, obviamente, logrou um final feliz, como prova do inexcedível perdão de Deus (1Rs.3:5,6).

A parábola do Filho Pródigo demonstra a profundidade e a riqueza da Misericórdia de Deus. O único Texto de todas as Escrituras Sagradas que mostra Deus, o Pai, correndo, mostra-o correndo exatamente na direção de um filho seu, desviado, na doce pressa de abraçá-lo e beijá-lo, como prova cabal do seu Perdão Perfeito (Lc.15:20). Em outro artigo meu, intitulado DEUS JÁ CORREU COM AS PRÓPRIAS PERNAS!, publicado também aqui, na Webartigos.com, eu examino detidamente o capítulo 15 de Lucas.

Impossível o crente desviado ser separado ou separar-se do Amor Divino, porque a Benignidade de Deus o conduz ao arrependimento, conforme nos revela Rm.2:4.

O CAIR DA GRAÇA: Muitos acreditam que o crente, ao praticar certos pecados, cai da Graça e fica irremediavelmente perdido... Esquecem-se esses incréus do perdão misericordioso de Deus...

O crente cai, é verdade, e tombo de “quebrar a cara!”, mas ele não fica no chão, amargando eternamente a sua queda. Acaso contentaria o crente em levar uma rasteira do diabo e permanecer no chão prostrado feito um derrotado? O crente, consoante vimos em parágrafo anterior, já não venceu o maligno? Ou o crente é que foi vencido pelo maligno?

Porventura ficou Davi caído após cometer os pecados de adultério e homicídio? Não! E ele mesmo, com toda a experiência que esses casos lamentáveis lhe sucederam, ensina-nos o que acontece quando o crente cai: “Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor lhe segura a mão.” (Sl.37:24). E Salomão remata: . “Porque sete vezes cai o justo, e se levanta.” (Pv.24:16). E o Apóstolo Paulo, por sua vez, falando sobre o fraco na fé, diz que “ele está em pé ou cai; MAS ESTARÁ FIRME, PORQUE PODEROSO É O SENHOR PARA O FIRMAR.” (Rm.14:4)

A PERDA DA FÉ: A carranca do perder a fé é outro caquético arrazoado dos componentes da horda da incredulidade, postados no barco pró-amissibilidade do salvo. Acreditam eles que o crente pode naufragar na fé...

Eu afirmo, baseado nas Escrituras Sagradas, que a perda da fé só é possível ao crente superficial, porque igualmente superficial é a sua fé. É a chamada apostasia. O falso crente possui uma fé semântica e, por isso mesmo, amissível, porque, quando ele ouviu as Boas Novas de Salvação, pensou logo que estava fazendo-se crente, mas, como a sua fé é mutável, a Palavra que alguém lhe pregou nada lhe aproveitou: “Porque também a nós foram pregadas as Boas Novas, assim como a eles; mas a Palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto NÃO CHEGOU A SER UNIDA COM A FÉ, naqueles que a ouviram.” (Hb.4:2)

O crente verdadeiro, porém, firma-se na fé igualmente verdadeira, preciosa, conforme escreveu-nos “Simão Pedro, servo e Apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco ALCANÇARAM FÉ IGUALMENTE PRECIOSA na Justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo.” (2Pd.1:1)

Paulo diz que “Agora, pois, PERMANECEM A FÉ, a esperança, o amor.” (1Co.13:13). Permanente no crente, a fé o acompanhará até que ele alcance a Salvação Plena, a etapa final da Salvação, que é a Bem-aventurança Eterna com o Senhor Jesus Cristo: “Alcançando o fim da vossa fé, a Salvação das vossas almas.” (1Pd.1:9)

Judas exorta-nos a pelejar pela fé que, segundo ele, “DE UMA VEZ PARA SEMPRE FOI ENTREGUE AOS SANTOS.” (Jd.3). PARA SEMPRE significa mesmo PARA SEMPRE, e não para ser entregue hoje e finda amanhã, assim, numa espécie de rastilho de fogo-de-palha. Por isso ele a chama de “SANTÍSSIMA FÉ” (v.20)

O crente não perde a fé, em virtude da Infalível Oração do Senhor Jesus Cristo em seu favor: “Simão, Simão, eis que satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu ROGUEI POR TI, PARA QUE A TUA FÉ NÃO DESFALEÇA.” Acaso falharia a Oração do Senhor Jesus Cristo, para que a fé do crente desfaleça?

Em meu artigo QUANDO VIER O FILHO DO HOMEM, PORVENTURA ACHARÁ FÉ NA TERRA?, publicado aqui mesmo, na Webartigos.com, eu me alongo no assunto da fé.

Mais três perguntas, para finalizar: “Quem nos separará do Amor de Cristo? Outra criatura?” Não! Outra criatura não nos pode separar do Amor de Cristo, porque, se isto fosse possível, ela, a outra criatura, seria mais poderosa que o Amor de Cristo.

É bastante discutida a questão da existência ou não de seres na nossa Via Láctea e em outras Galáxias... Como se diz: “É muito chão para pouca gente!”

Porém, já que isto continua um mistério velado, desses mistérios que Deus reservou para Ele, porventura se existir mesmo outra criatura, poderá ela nos separar do Amor de Deus? O grande Apóstolo responde: “NEM qualquer OUTRA CRIATURA nos poderá separar do Amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm.8:39)

E o próprio crente, poderá um dia, por mais que queira e por mais que se esforce, se apartar do Amor de Cristo? Não! Não poderá o crente causar essa separação porque a Misericórdia de Deus é tão Infinita, a Graça do Senhor Jesus Cristo é tão superabundante, que impede o salvo dessa hipótese absurda. Assim diz o Senhor Deus: “E farei com eles um pacto eterno de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor no seu coração, PARA QUE NUNCA SE APARTEM DE MIM.” (Jr.32:40)

Bem, se nada e ninguém nos separará do Amor de Cristo, como vimos sobejamente demonstrado nas Escrituras Sagradas, porque, como disse, se isto fosse possível, teríamos algo ou alguém mais poderoso que o Amor de Cristo; se nada e ninguém pode, restaria então ao próprio Deus separar um filho seu do seu Infinito e Inexplicável Amor...

Então, a pergunta anormal: O próprio Deus nos separará do Amor de Cristo?

Não!

E por que não?

Porque a Salvação é um DOM (= dádiva, presente) de Deus: “Porque pela Graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, É DOM DE DEUS.” (Ef.2:8); e Deus, quando a dá, quando presenteia alguém com a Salvação Eterna, Ele não se arrepende, tomando-a de volta, mesmo que o salvo incorra em imerecimento: “Porque os DONS e a vocação de Deus são sem arrependimento.” (Rm.11:29)

Ora, se eu que sou imperfeito, não consigo tomar de volta um presente que dei a alguém, quanto mais o Perfeitíssimo Deus!

Considerações finais: Para os remanescentes da obstinação na incredulidade, deixo as eternas e consoladoras Palavras do Senhor Jesus Cristo: “Eu lhes dou a Vida Eterna, e JAMAIS PERECERÃO; e NINGUÉM as arrebatará da minha Mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e NINGUÉM pode arrebatá-las da Mão de meu Pai. Eu e o Pai somos um.” (Jo.10:28-30)

Eu penso que esse NINGUÉM a que o Senhor Jesus Cristo se refere inclui todos os substantivos aqui expostos e analisados; e a mim também, ou seja, nem eu posso me arrebatar da Mão do Senhor Jesus Cristo nem da Mão do Pai. Pensar na hipótese absurda de algo ou alguém me arrebatar da Mão Divina, significa que algo ou alguém é superior à Mão Divina (seja anátema!); igualmente, pensar na hipótese absurda de eu mesmo poder me arrebatar da Mão Divina, significa que sou superior à Mão Divina (Misericórdia, meu Deus!).

Na Graça Superabundante do Senhor Jesus Cristo, meu único porque Todo-Suficiente Salvador, eu concluo mais este inspirado trabalho afirmando que NADA e NINGUÉM, mas absolutamente NADA e NINGÉM “nos poderá separar do Amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm.8:38,39)

Diante de todo o exposto, retornemos à irrespondível pergunta: “QUEM NOS SEPARARÁ DO AMOR DE CRISTO?” (Rm.8:35)

Se alguém puder responder, ou se atrever a respondê-la um dia, apontando ao menos um único motivo pelo qual o lídimo crente perde a sua Salvação, favor fazer-me conhecer a paupérrima resposta, a fim de que eu possa saber até que ponto da desgraçada incredulidade o impio pode chegar...

Lázaro Justo Jacinto


Autor: Lázaro Justo Jacinto


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