A Embrapa no programa mesa Brasil SESC



      O Mesa Brasil SESC é uma rede nacional de bancos de alimentos contra a fome e o desperdício. Seu objetivo é contribuir para a promoção da cidadania e a melhoria da qualidade de vida de pessoas em situação de pobreza, em uma perspectiva de inclusão social. Assim, trata-se essencialmente, de um Programa de Segurança Alimentar e Nutricional, baseado em ações educativas e de distribuição de alimentos excedentes ou fora dos padrões de comercialização, mas que podem ser consumidos pela população.
     Portanto, a grande missão do programa Mesa Brasil SESC é de contribuir para a Segurança Alimentar e Nutricional dos indivíduos em situação de maior vulnerabilidade e atuar na redução dos desperdício, mediante a doção de alimentos, desenvolvimento de ações educativas e promoção de solidariedade social em todo o país. Nesse contexto, apenas em seu primeiro ano de atuação, 1991, nos estados brasileiros, foram distribuídos 4,6 milhões de quilos de alimentos, beneficiando mais de 173 mil pessoas.
    Apoiado na atuação da Embrapa na agricultura familiar, e especialmente nas áreas de assentamento da Reforma Agrária, a Embrapa Amapá tem desenvolvido ações que em muito tem contribuído para a melhoria do padrão sócio-econcômico das famílias dos assentados do Estado do Amapá.  Desse modo, algumas formas de cultivo e novas cultivares desenvolvidas pela pesquisa tem sido utilizadas nas propriedades rurais, cujos retornos veêm satisfazendo os anseios dos produtores.
   Especificamente, na área de atuação do Mesa Brasil SESC, a Embrapa Amapá, juntamente com a Associação dos Produtores do Assentamento do Anauepucu, localizado nu muncípio de Santana, distante 12 km da capital do estado, vem desenvolvendo um trabalho de produção de feijão-caupi. A produção final tem sido adquirida pela Associação dos Produtores do referido assentamento, com a a interveniência da CONAB- Companhaia Nacional de Abastecimento, e repassada ao programa do Mesa Brasil SESC Amapá para atender as entidades sociais e filantrópicas cadastradas no programa no Amapá.
   Ao discorrrer sobre o assunto, o presidente da associação dos assentados do Anauerapucu, Francisco Rosivaldo, o Nenê, afirma que a participação da Embrapa Amapá, que disponibilizou, juntamente com a Embrapa Meio Norte (localizada do Estado do Piauí), novas cultiavares de feijão-caupi para o Estado, tem sido positiva em todos os sentidos. “ Esse feijão pode ser colhido em 75 dias após o plantio, se for seco, e no caso de ser colhido ainda verde o tempo reduz para 50 dias. O produto final colhido atende perfeitamente os objetivos do Mesa Brasil SESC e aos produtores assentados. O presidente da associação conclui que após  primeira colheita, realizada na propriedade do sr. Raimundo José, o Ceará, outros pequenos agricultores mostraram entusiasmo pelo plantio  do feijão-caupi e as ações do trabalho será expandida para vários hectares.
 O feijão-caupi, também conhecido como feijão-branquinho, feijão-da-colônia ou feijão-fradinho, tem propriedades semelhantes ao feijão comum. Está bem adaptado às regiões tropicais e a solos de baixa fertilidade, apresenta ciclo curto (no geral variando de 60 a 80 dias), revelando-se como uma das principais fontes de proteínas (23% a 30%) de baixo custo para a alimentação humana.  Aliás, as cultivares hoje disponíveis no mercado possuem elevados terores de importantes micronutrientes de combate  à desnutrição alimentar. Neste sentido, o feijão-caupi mostra-se como uma grande opção para compor os cardápios dos programas regionalizados da merenda escolar, de creches, hospitais e restaurantes populares.  Cabe destacar, que  as novas cultivares de feijão-caupi recomenadas para plantio no Brasil, são integrantes de um programa de biofortificação de culturas básicas para garantir a maior oferta de vitaminas e minerais da dieta básica das populações mais pobres e que estão sujeitas a fome oculta, que é capaz de causar danos irreversíveis à súde humana. Covém também frisar que estas cultivares estão chegando às comunidades rurais graças ao empenho de aliados que realizam a interface entre a pesquisa e o campo.
   Por fim, acrescenta-se que a Embrapa Amapá, recomenda pelo menos, quatro novas cultivares de feijão-caupi para plantio no Estado, que atende perfeitamente os anseios dos produtores locais e se adequa à alcalçar os objetivos de programas socias. Assim como o Mesa Brasil SESC, outras entidades poderão usufruir  dos resultados de pesquisa da Embrapa no que concerne a promoção e melhoria da qualidade de vida, inclusão social e promoção de solidariedade social em nosso País.

Emanuel Cavalcante
Pesquisador da Embrapa Amapá
Mat: 178.324
[email protected]


Autor: Emanuel Silva Cavalcante


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