Férias: Mentiras De Amor



A pacata cidade de Belo Monte se transformava nas férias, era gente chegando de todos os lugares, eles viam visitar as cachoeiras e as águas térmicas do lugar. Todas as noites havia festas nos clubes , os barzinhos ficavam lotados. No meio de tanta gente bonita ,destacava-se André, esse era seu nome. Ele chamava atenção por onde passava. Era alto, forte, seus músculosparecia saltar para fora da pele bronzeada pelo sol. As moças suspiravam com aquela beleza ímpar.

Em Belo Monte, morava Carol, filha do prefeito da cidade. Moça linda, seus cabelos pareciam as águas da cachoeira quando caiam montanha abaixode tão lisos que eram.Seus olhos eram tão azuis que até o azul do céu o invejavam. Carolao ver André, sentiu que algo tinha acontecido com ela, suas pernas ficaram tremulas, ficou emudecida enfrente a tanta beleza. Foi amor a primeira vista. André era encantador fala mansa, sua voz era tão suave que quando falava parecia flutuar. O amor estava plantado no coraçãode Carol, moçado interior não tinha malicia, era inocente demais para André. As férias para Carol era as melhores de sua vida. Todas as noites ela e André saiam de mãos dadas, coração apertado de tanto amor. A lua era a única testemunha daquele amor que parecia não ter fim.Mal sabia Carol que em poucos dias aquela magia ia acabar, afinal as férias estavamacabando e André tinha que partir.

Naquela tarde, seria o ultimo dia de André na cidade. Carol estava aflita, nervosa. Ela ficaria sem seu único e grande amor. Na hora da partida os dois na pequenarodoviária se despediram com a promessa de se ver brevemente. Carol não se conteve e as lagrimas escorriam sobre sua face rosada.Mal conseguiu dizer adeus. Tudo agora era diferente, sua vida tinha um sentido. André iria voltar, e ela acreditava fervorosamente naquela promessa.

Uma semana se passou, veio um mês é André nenhuma carta respondeu . Pensativa que algo teria acontecido com o seu amor, Carol resolve ir ao encontro de seu príncipe. Colocou alguma muda de roupas em uma pequena mala e partiu.Ao chegar na cidade grande sentiu-se sozinha, perdida naquela multidão. Aqueles prédios enormes, ela pensava em qual deles encontrariaseu amor.Tirou do bolso um pequeno pedaço de papel amassado.Acenou para um carro e partiu rumoao grande amor.Ela ia encontrar André. Parou diante do endereço que ela já sabia de cor. Seus dedos estavam tremulas, mal conseguiu tocar a campanhia da porta.Seus músculos estavam paralisados, não sabia o que falar quando André surgisse por aquela porta, ela tinha treinado tantas palavras. Alguns instantes se passaram.Carol esfregou os olhos parecendo não acreditar no que via, André surgiu com uma criança no colo e uma mulher linda o abraçava e chamava-o de meu amor.

__o que deseja moça.Foi o que conseguiu ouvir da boca de André.

Carol não conseguiu responder. Saiu correndo, chorando como louca. Seu mundo tinha desabado. André mentira para ela. Asjuras de amor que fizeram não valiam mais. Tudo estava perdido. Sua vida não tinha mais sentido. Viver?Viver para quê e para quem? André não existia mais em sua vida. Só restava a desilusão de um amor que durou apenas umas férias.

Carol passou horas olhando para as águas do rio Parati. Elas pareciam convidá-la para um mergulho sem volta. Olhar fixo como se nada mais enxergasse, a não ser a morte.Como uma fumaça Carol foi sumindo nas águas do rio Parati.


Autor: Maria do Carmo Barbosa


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