Por que não nos indignamos com os bancos e com os políticos?



Não existe diferença entre uma pessoa que assalta um banco e a que abre um! Temos observado nos noticiários que o campo está em chamas, devido a conflitos de interesses de capitalistas e ideologias sociais. Os sem terras estão partindo para o radicalismo mesmo, e a cada dia ficam mais forte, ganham simpatizantes (novos excluídos aderem à causa social), estão com suas estratégias bem planejadas.

Sucumbindo e ao mesmo tempo resistindo ao tempo, o MST ainda tem o caráter de uma organização que defende os ideais de igualdade entre os homens.

O MST a cada dia que passa dar duros golpes nos alicerces de uma sociedade hipócrita e excludente, promovendo ataques á uma falsa moral capitalista, com a invasão de terras improdutivas, que foram adquiridas na maioria das vezes pelo processo de desapropriação da pessoa humana e de forma antagônica e contraditória, contestando a política sócio-agrária do Estado, por um víeis da história, como sendo este processo de lutas um fardo do passado, no qual o campo vivenciou um longo período de abandono.

Há quem diga que este tipo de comportamento seja irracional, mas irracional é a ganância dos burgueses (aristocracia que quer governar o Brasil somente para submeter a máquina do Estado aos seus caprichos) anti-sociais. Que pregam um imenso valor aos números e esquecem que o ser humano é a verdadeira equação de valores incalculáveis, aos olhos do mais enganador dos economistas, que entende tudo sobre números e economias de mercado e esquecem que quem consome e mantêm o capital forte e vivo, são os homens (pobres) com seus sentimentos e desejos (porque o capitalismo para sobreviver necessita dos explorados, dos famintos e das guerras?).

É pregado erradamente que na atual conjuntura política da industrialização brasileira a agricultura familiar (a que o MST prega e luta) não tem espaço, impera a cultura da produção em larga escala e através dos aparatos tecnológicos produzidos pelos grandes industriais capitalistas, onde se usam técnicas extremamente desconhecidas de produção em laboratório, na maioria das vezes se aplicam grandes quantidades de inseticidas, pesticidas e hormônios para diminuir o tempo entre o plantio e a colheita, sacrificando a existência das pessoas (levando mutações genéticas e até câncer) em nome do lucro, e excluindo o trabalhador do processo de plantio, porque o trabalhador é substituído por máquinas, levando desigualdade entre os homens. Este é o Brasil positivista que herdamos dos moralistas, dos colonizadores e dos militares.


Autor: Leonildo Dutras De Oliveira


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