A UTOPIA DE NÃO TE AMAR



A UTOPIA DE NÃO TE AMAR

               

Se bem que me pareces perfeito

Com luvas de bordas douradas

E belas palavras argumentadas, sentado num trono de glória

Dominando a quem te gosta imoderadamente.

Se bem que me parece um príncipe

Que vaga em meus sonhos

Com um cavalo branco

Até chegar a cama onde eu, bela adormecida,

Te espero.

Parece-me ainda mais perfeito

Quando estamos juntos

E sinto a tua mão restringir meus sentimentos.

E as palavras?

Ah... as palavras são ditas progressivamente

Criando em mim a eterna lembrança de que nunca vais embora

E que para aquela realidade eu jamais voltarei.

Quando chega a noite

Em cada estrela

Sinto um sentimento proibido pelo divino,

Um pecado que na sua profundidade torna-se raso,

E ao mesmo tempo profetizo que serás sempre meu.

Tu me pareces perfeito que eu até me proíbo de te esquecer

Por que morrer este sentimento não está programado na árvore da vida

Que deixou todos nós morrermos.

Pareces - me perfeito

Quando junto comigo voas pelas mais altas montanhas

Mostrando-me um mundo de fantasias, um paraíso indescritível.

Acima da perfeição

Tu me pareces eterno

Com o coração cheio de bons sentimentos

Com a certeza de que me queres sempre.

Alagando esta pequena e murcha flor do meu jardim – que se chama AMOR

Com o sol que brilha pela manhã e a lua que banha a noite.

 

Poema dedicado a Herberth Alessandro, meu grande amor, sempre.Amo-te!


Autor: Flávia Lindoso


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