Grito sem eco




 Poluir pra crescer

Diz o homem que governa

Enredando-nos nessa dança

Enquanto as espécies mínguam

O mar avança

O degelo acende

E a terra cansa

A diversidade cada vez menos diversa

Nossa geografia se refaz

Refém da imposição  antropológica

Que impera mundo afora

A vida corre em busca de abrigo

Estrangulada pelo silencio

Do poder maior

Onde o grito das espécies

Afetadas se faz inaudível

Aos ouvidos dessa casta dominante

Eles  sabem  que isso os leva

Ao aniquilamento de sua própria laia

Mas, a eles pouco importa

Já que seu presente  está minguado

Sem compromisso com a existência futuro

São homens sem família,

Sem ninguém, sem filhos sem netos

São  precursores descomprometidos

Sempre unilaterais em suas resoluções

Impostas por um mundo financeiro

Sem regras, sem alma, sem crença

Evocando pra seu deus o vil metal

 

Por: Francisco Sobreira


Autor: Francisco Sobreira


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