Capitalismo - opção do povo
O Capitalismo é um sistema político e econômico, instavel, por que em evolução. Qualquer tentativa de queimar etapas em seu processo evolutivo, natural, resulta em fracasso inevitábel e consideráveis prejuizos de ordem econômica, moral,cultural e política. Foi o que aconteceu na Europa, no Século XX, com o advento do Comunismo e do Nazismo.
Antes que findasse a Primeira Guerra Mundial, emerge o socialismo, na Russia, pretendendo ser o regime das classes trabalhadoras. Sob aquele regime, a Russia conquista. pela força, vários paises europeus e asiáticos e funda com, eles, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, tão expansionista quanto a república original. O objetivo era conquistar o mundo, ainda que, para isso, tivesse que enfrentar o capitalismo americano. Mas, na Alemanha, Hitler tomou-lhe a dianteira: Fundou o Partido Socialista dos Trabalhadores Alemães, tomou o Poder e deu início à Segunda Guerra Mundial, a mais devastadora da História.
Aconteceu que a URSS, invadida pela Alemanha, e os Estados Unidos da América do Norte, agredidos pelo Japão, aliado da Alemnanha nazista, tornaram-se aliados.
No final do conflito, tirando proveito da condição de parceiros "confiáveis", os comunistas extenderam o seu regime a paises da Europa Oriental, sob o olhar complacente das nações aliadas do Ocidente. Metade da Alemanha, dividida, foi obrigada a adotar o Comunismo. Então, o Partido Comunista passou a divulgar, no mundo inteiro, o "bem estar" e a "felicidade" que o regime oferecia aos povos por ele governados. Mas a máscara da propaganda já começava a apresentar suas falhas. Desde a década de 50, pessoas que conseguiam burlar a vigilância policial das fronteiras soviéticas, a chamada "cortina de ferro", fugiam e narravam abusivas restrições à liberdade e aos direitos humanos. Em Berlim Oriental, o Governo comunista mandou construir, em 1961, um muro para evitar que o povo descobrisse que o Capitalismo não é tão mau quanto se dizia por lá. Mas o povo continuava fugindo, inclusive pelas fronteiras da Austria e da Hungria, procurando estabelecer-se em regiões de regime mais aceitavel, dentro ou fora da Alemanha Ocidental.
No final da década de 80, caiu o muro de Berlim, destroçado pelo próprio povo. Em 1990, a Alemanha foi reunificada sob regime de democracia representativa. Em 1991, a União Soviética também ruiu por terra, fragmentando-se em 16 repúblicas independentes. No ano seguinte, todas elas repudiaram o Comunismo, exemplo seguido pelos paises satélites da Europa Oriental que, embora administrados por partidos socialistas, não faiam parte da União Soviética. O processo evolutivo da Economia e da Sociedade voltavam ao seu estado natural, ao custo de milhões de vidas, destruídas durante o conflito.
Pode-se dizer que, que quando, em 1997, os restos mortais do Czar Nicolau II e seus familiares foram reenterrados com honras de Estado, estariam sepultando, com eles, a memória de 75 anos de restrições extremamente penosas, impostas, sem alternativas, a mais de 300 milhões de pessoas, no Continente onde primeiro floresceu a ciência, a liberdade e o desenvolvimento.
Autor: José Odaci Lima
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