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Dia do trono: Marrocos, um vasto sîtio de empreendimento

O povo marroquino celebra, esta terça-feira, 30 de julho, o terceiro aniversário da entronização de Sua Majestade o Rei Mohammed VI. De fato, há três anos, o príncipe herdeiro Mohammed VI subiu ao trono de seus antepassados, após a morte de seu pai, o Rei Hassan II, sexta-feira 23 julho 1999. De acordo com a tradição, o Soberano pronuncia  nessa ocasião um discurso à nação no qual ele fará um balanço de um ano de governo, discutindo as perspectivas futuras.

Em  sexta-feira, 23 de julho 1999, o príncipe Mohamed Ibn Al Hassan, anunciou em um discurso no rádio e na televisão a morte de seu pai, o Rei Hassan II ocorrido no mesmo dia. Na mesma noite, Mohammed VI recebe a fidelidade de sua família, dos membros  do governo, dos chefes de partidos políticos, do Corpo de Exército e da Polícia Militar Real ...

O Marrocos tinha acabado de abrir um novo capítulo na sua história. Com a intronização de Mohammed VI, apelidado de príncipe dos pobres, o Reino entrou no que chamam os analistas políticos da nova era. Uma época cheia de esperanças e ambições para um  Marrocos novo, pronto  para entrar plenamente no século XXI.

Esta nova era iniciou-se pela aliança e confiança no governo de Abderrahman Youssoufi,  conhecido como governo alternativo. Confirmado no mesmo ano no discurso pronunciado em Casablanca, definindo  o "novo conceito de autoridade."

Outras ações, e não menos importante, vieram alimentar estes esforços para tornar Marrocos de Mohammed VI   novo, graças ás bases da democracia e dos direitos humanos. O retorno de Abraão Serfati, antiga oposição ao rei falecido, a chegada da família de Mehdi Ben Barka, a demissão do antigo homem-forte do reinado de Hassan II, Driss Basri, são todos sinais fortes.

A turnê do Soberano nos quatro cantos do Reino, especialmente nas províncias do Norte,  do Rif e do sul do Reino,  inscreve-se  no mesmo espírito de unidade nacional.

Luta contra as injustiças sociais. Além disso, as entrevistas do soberano e suas visitas  internacionais em  países árabees, europeus, americanos ou asiáticos consolidaram sem dúvida o papel de Marrocos no cenário internacional. Notavelmente, as várias ações tomadas pelo Soberano para resolver o conflito no Oriente Médio. A mediação do Soberano a favor dos países do Rio Mano reflete  também a vontade da paz de Marrocos na cena internacional.

O terceiro aniversário do Mohammed VI, coincide com o casamento do soberano com a Princesa Lalla Slama. Este casamento que traduz também uma série de significados e símbolos da tradição árabe-musulmana.

Estes três anos de reinado  de Sua Majestade Mohammed VI foram  particularmente marcados pela expansão de obras de empreendimentos, restaurando  a memória coletiva e cujo último símbolo, Mehdi Bennouna Heróis sem glória, é um verdadeiro  bomba de esquecimento .

Da mesma forma, alguns dias atrás, o Soberano ofereceu-se para a União dos Escritores de Marrocos (UEM) um novo sede, que é uma das necessidades desta instituição cultural. Um gesto real.

As próximas eleições que todo mundo quer transparente e credível deverão ser  o barómetro da "nova era". Para romper com as práticas do passado que fizeram da arena política nacional uma "balcanização" e  distorção do jogo político. E assim, Marrocos, que é hoje  considerarmos como "Marrocos de nossos filhos", para citar o título do livro de Reda Lamrini,  traduzindo um Marrocos de igualdade de oportunidades para todos. Onde, perante a lei, não haverá mais marroquinos "mais iguais" que outros. E, onde as grandes questões pendentes, tais como o Código do Trabalho, podem ser resolvidos.

A batalha contra a pobreza, o analfabetismo, a injustiça social está apenas começando.
"O Marrocos, como disse um analista político, é um vasto sítio de empreendimentos.

 Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador Universitário

Professor

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