História dos cuidados paliativos no fundão - I Parte



HOSPITAL DO FUNDÃO

SERVIÇO DE MEDICINA PALIATIVA

CRONOLOGIA (1992-2010)

 Pelo seu pioneirismo, publica-se, em quatro artigos, a história factual da Unidade de Tratamento da Dor D. Eva Nunes Corrëa, do Hospital do Fundão, que deu origem ao Serviço de Medicina Paliativa do Centro Hospitalar Cova da Beira. Cada artigo desenvolve um dos seguintes capítulos:

 I - Formação do Serviço

II - Formação no Serviço

III - Trabalhos publicados

IV - Reflexos na Imprensa

 I

A FORMAÇÃO DO SERVIÇO

1992

  • 12.05.1992 – Reportagem intitulada “Hospitais mandaram-no embora – A morte dentro de casa num rosto a desfazer-se”, publicada no Jornal do Fundão, sobre um doente terminal abandonado. Texto de Fernando Paulouro Neves e fotografias de Adelino Pereira. Inclui ainda um texto de António Lourenço Marques intitulado “O doente terminal entre o abandono e o desespero”.
  • 20.11.1992 – Inaugurada no Hospital Distrital do Fundão a Unidade de Dor Crónica (UTD) D. Eva Nunes Corrëa. Médico responsável: Dr. António Lourenço Marques, director do Serviço de Anestesiologia, que fez a proposta desta Unidade, com internamento, destinada aos doentes terminais de cancro. É então distribuída uma pequena brochura que indica os elementos físicos implicados: “uma enfermaria com 5 camas; um gabinete de consultas e tratamentos; um posto de enfermagem; instalações gerais de apoio”. As enfermeiras são chefiadas pela Enf. Lurdes Soares, enfermeira chefe do Serviço de Cirurgia, de onde estas são provenientes.
  • 20.11.1992– Conferência “Dor e esperança, o mesmo desafio”, pelo Padre Feytor Pinto, no Hospital Distrital do Fundão. No Encontro Científico, articulado com a abertura da Unidade de Tratamento da Dor, estiveram ainda presentes, como palestrantes, o professor Rui Penha, director do Serviço de Otorrinolaringologia, do Hospital Egas Moniz e o Dr. Paulo Domingos, presidente da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia.
    • 27.11.1992 - O responsável da UTD é nomeado adjunto do Director Clínico do Hospital Distrital do Fundão, por despacho do respectivo Conselho de Administração, de 27 de Novembro de 1992, conforme publicação no D. R., II série, n.º 30, de 05-02-1993 e também responsável pela Unidade de Tratamento da Dor (UTD) e pela Unidade de Hemoterapia.

 
 "Nos limites da dor

O tratamento dos doentes com dor crónica só a partir dos últimos trinta anos despertou um interesse mais vivo nos profissionais de saúde. Vivemos ainda, de certo modo, um ambiente em que os valores relacionados com o corpo se polarizam por excelência na robustez e na saúde exuberantes. A nossa sensibilidade prefere o sucesso dos avanços terapêuticos da medicina de agudos, senhora de drogas prodigiosas e de excitantes tecnologias e procura esconder as outras realidades que se situam aparentemente nos limiares dos nossos fracassos.

Morrem anualmente muitos milhões de pessoas vitimadas por doenças incuráveis. É uma pesada herança que por vezes parece robustecer-se, por tempos de aflição. Ao cancro soma-se a sida. Alguns desses doentes que percorreram sem êxito os caminhos propiciatórios da medicina de agudos, restam finalmente cristalizados em experiências terríveis e assustadoras de dores incomensuráveis, na confluência de outras misérias, que aviltam, se não forem cuidadas, a própria dignidade humana.

A ciência na qual se baseia o tratamento destes doentes é uma descoberta recente. Talvez por isso e porque não faz parte habitual da formação dos profissionais de saúde, se tenha assistido até há pouco tempo a esse desinteresse na organização das estruturas hospitalares que acolham tais cuidados.

Uma grande revolução conceptual, motora da indispensável mudança das mentalidades, teve que se verificar previamente. A dor, tida habitualmente como sintoma e sinal de doença, passou nesses casos de doenças incuráveis e irreversíveis, a assumir-se como doença que ainda tem tratamento. Já não há só a dor-sintoma, que se esvai com a cura da doença, quando esta é possível.

Há também a dor-doença, cujo alívio obriga ao tratamento da própria dor, um campo de fulgurantes e promissores desenvolvimentos.

A vida é finita, todos reconhecemos. Mas o que assusta deveras não é tanto a morte inevitável, mas a forma como se morre ou o morrer, tanto mais se implicar dor e abandono.

É fundamental que os médicos e os restantes elementos que tratam estes doentes lhes transmitam a confiança de que a dor pode ser tratada na grande maioria dos casos e que fundamentalmente eles nunca serão abandonados.

Neste limite, a perfeição e o empenho dos cuidados assume o mesmo valor que os heróicos tratamentos nas unidades intensivas.

As clínicas da dor não são pois um luxo mas uma exigência e um bom motivo de esperança."

 (Texto de António Lourenço Marques, inserto na reportagem da inauguração publicada no Jornal do Fundão, de 27-11-1992).

 1993

  • 22.01.1993 – Visita à UTD do Secretário de Estado da Administração da Saúde.
  • 05-03-1993 – Autorizado pelo Conselho de Administração (CA) o pedido de fornecimento em unidose, pela Farmácia do Hospital, “mediante prescrição médica, dos estupefacientes necessários ao tratamento dos doentes afectos à UTD, com processo organizado, quando em regime domiciliário.”
  • 08.03.1993 – Autorizada, pelo CA, a introdução do “Caderno” (para registo clínico próprio) a anexar ao Processo clínico dos doentes afectos à UTD.
  • 08.03.1993 – Autorizados pela Directora Clínica os “Critérios de admissibilidade à consulta”:
    1. NEOPLASIA COM CONFIRMAÇÃO HISTOLÓGICA;
    2.  INFORMAÇÃO CLÍNICA (EXTENSÃO DA DOENÇA, TRATAMENTOS EFECTUADOS E ACTUAIS E SERVIÇOS ENVOLVIDOS);
    3.  INDICAÇÃO DO MÉDICO DE FAMÍLIA;
    4. TER RESIDÊNCIA NO DISTRITO DE CASTELO BRANCO.
  •  25.04.1993 – Criação da consulta da UTD, às 3ª feiras.
  • 12.03.1995 – Passou a ser utilizado um quarto individual (6ª cama).
  • 26.05.1993 – Carta do responsável da UTD ao Padre Feytor Pinto:

  “Criada a Unidade de Tratamento da Dor (UTD) D. Eva Nunes Corrëa deste Hospital, em cuja abertura tivemos a honrosa presença de V. Exa. Reverendíssima, enriquecida com a magnífica conferência que pronunciou “Dor e Esperança, o mesmo desafio”, encontramo-nos agora perante a necessidade de organizar o Serviço de Voluntariado, que será um suporte fundamental no acompanhamento dos nossos doentes do foro oncológico e em situação terminal.

Podemos anunciar que a Sra. Enfª Lurdes Soares, chefe do Serviço de Cirurgia e responsável da enfermagem da UTD, tem já reunido um grupo de pessoas, cujo perfil parece adequado à execução das sensíveis tarefas deste Serviço. Falta, no entanto, concretizar a sua formação específica e é para isso que vimos pedir a preciosa colaboração de V. Exa. Gostávamos que fosse o Revº Padre Feytor Pinto a dirigir essa formação, o que vimos solicitar concretamente. Confiante que tal apoio a este projecto, caso seja possível, não será recusado, ficamos a aguardar as suas notícias…”

 24.09.1993 – “Tendo chegado ao nosso conhecimento que o Reverendo Padre. Feytor Pinto virá à nossa Instituição, no dia 24 de Setembro de 1993, pensamos que será de alto interesse a sua visita ao nosso Hospital, em virtude da sua ligação ao projecto da Unidade de Tratamento da Dor, para tratar de assuntos relacionados com a criação do Serviço de Voluntariado, para o qual foi solicitado o apoio do Senhor Alto Comissário. Pede-se que tal hipótese seja considerada” – Assina o responsável pela UTD.

1994

  • 25.06.1994 – Criação do Voluntariado, no Hospital Distrital do Fundão. Visita do Dr. Luis Portela acompanhado de médicos do Instituto de Oncologia de Lisboa e de outro pessoal da Liga Portuguesa contra o Cancro.

1995

  • 06-02-2005 – Solicitada pelo responsável, por nota de Serviço, ”a extensão da assistência da UTD aos doentes terminais, com SIDA, naturais do Distrito de Castelo Branco. Sem resposta.
  • 21.02.1995 - Autorização pelo CA “de acordo com o espírito de uma autorização anterior, que a farmácia do Hospital forneça, mediante prescrição médica, no âmbito da UTD, os medicamentos dos doentes (com processo organizado), quando em regime domiciliário”.
  • 15-05-1995 – Autorizada a utilização “do impresso para pedido da informação clínica imprescindível dos doentes, que recorrem à UTD, aos Serviços onde foram tratados previamente”.
  • 07.07.1995 - Organização de uma sessão, que teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal do Fundão, levada a efeito pela Unidade de Tratamento da Dor e pela Associação do Pessoal do Hospital do Fundão, em colaboração com a Extensão de Castelo Branco da Universidade Lusófona, o Jornal do Fundão, o Instituto de Estudios Europeos e Derechos Humanos da Universidade Pontifícia de Salamanca e a Câmara Municipal do Fundão, em que o Professor Doutor Carlos Parra Jeri, da Universidade de S. Martin de Porres (Lima-Perú), proferiu uma conferência subordinada ao tema “O doente em fim de vida - abordagem psicossociológica”.
  • 20.10.1995 – Comemorados os 40 anos do Hospital Distrital do Fundão. Uma brochura alusiva, baseada no noticiário do Jornal do Fundão, dá eco da criação da Unidade de Tratamento da Dor, em 20 de Novembro de 1992, e da Fundação do Voluntariado em Junho de 1994. Inclui ainda um texto da Jornalista Maria Augusta Silva sobre a Unidade de Tratamento da Dor do Fundão, publicado no livro “Em nome da Vida” (Editorial Notícias).

1996

  • 16.07.1996 - Nomeação da Comissão de ética do Hospital Distrital do Fundão, constituída pelos seguintes elementos: Padre Mário Gonçalves – Vice-reitor do Seminário do Fundão; Padre Doutor Virgílio Costa Oliveira – Capelão do Hospital Distrital do Fundão; Dr. António Lourenço Marques Gonçalves – médico; Enf. Maria de Lurdes Martins Soares; Dr. Joaquim Neves – jurista; Dra. Olímpia Fonseca – Tec. Superior de Farmácia; Dra. Paula Moura – Tec. Superior de serviço Social. A primeira reunião da CES teve lugar no dia 19.09.2007, sendo designado presidente o Dr. Lourenço Marques. A CES do Hospital do Fundão, que reuniu regularmente, até 25.01.2001, veio a extinguir-se após a CES do Hospital da Covilhã assumir unilateralmente as funções da Comissão de Ética do CHCB.

 1997

  • 27.01.1997 - Formação de Júri para selecção de profissional de a Psicologia Clínica que passará a desempenhar funções na UTD.
  • 08.08.1997 – Nomeação, pela nova administração, do Dr. Lourenço Marques como assessor da Direcção Clínica, para as funções de responsável pela U.T.D. e Unidade de Hemoterapia.
  • 10.12.1997 – Iniciou funções como Assistente Hospitalar de Anestesiologia, do Hospital Distrital do Fundão, a Dra. Maria de Lurdes Reis Borges Fernandes que passou a colaborar na UTD.
  • 01.04.1998 - Dr. Lourenço Marques atinge a categoria de Chefe de Serviço de Anestesiologia, do quadro do Hospital Distrital do Fundão - D.R. II Série, N. 25 - 01-04-98.

 1999

  • 07.01.1999 – Publicada uma Circular Informativa do Hospital Distrital do Fundão, referindo-se aos Centros de Custos para vigorar em 1999, que inclui a U.T.D. na Secção de Medicina/Especialidades Médicas. O responsável da UTD reage a esta medida, porque, do seu ponto de vista, colocaria em causa a continuidade do serviço.
  • 25.02.1999 – Ofício dirigido ao Director do Hospital Distrital do Fundão, assinado pelo Presidente do INFARMED, Prof. Aranda da Silva, pronunciando-se sobre “Pedido de autorização para dispensa de estupefacientes e psicotrópicos a doentes em ambulatório” da UTD:

  “Através do ofício referenciado em epígrafe, dirigiu-se V. Exa. A este Instituto, solicitando autorização para dispensa de medicamentos contendo estupefacientes e psicotrópicos a doentes do Hospital Distrital do Fundão, em regime ambulatório, afectos à Unidade de Tratamento da Dor. Como V. Exa. Certamente sabe, é expressamente vedado, por lei, às farmácias hospitalares vender medicamentos ao público (artigo 11º do Decreto-Lei nº 44 204, de 22 de Fevereiro de 1962. No entanto, tratando-se de doentes em tratamento efectivo no Hospital, e tendo para mais em atenção o tipo de medicamentos em causa, o INFARMED é de opinião que nada obsta a que esses medicamentos sejam dispensados no âmbito da mencionada Unidade de Tratamento da Dor, desde que a título gratuito”.

  • 26.06.1999 – Visita à Unidade de Tratamento da Dor pelo Senhor Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, tecendo palavras de felicitação e estímulo a esta iniciativa (Ver livro Dor Oncológica e Unidades de Dor, Fundão, 1999, pp. 25 e 26).
  • 07-07-1999 – Importante Circular Informativa da Secretaria-geral do Ministério da Saúde, assinada por Rita Magalhães Collaço:

 Assunto: Unidade de Tratamento da Dor (UTD) do Hospital do Fundão. Para conhecimento de todos os serviços e estabelecimentos dependentes do Ministério da Saúde. A pedido do Hospital Distrital do Fundão, formulado com o objectivo de obter uma melhor articulação entre as várias instituições de saúde e um correcto acompanhamento e tratamento dos doentes, dá-se conhecimento do seguinte: O Hospital Distrital do Fundão dispõe desde 1992 de uma Unidade de Tratamento da Dor (UTD) que viu recentemente a sua lotação aumentada de 6 para 10 camas. Esta Unidade, pioneira a nível nacional, cujos critérios de admissão se anexam, está inserida no Serviço de Anestesiologia, sendo responsável o Dr. António Lourenço Marques, chefe de Clínica de Anestesiologia e Reanimação do Hospital Distrital do Fundão, e foi recentemente reconhecida pelo Conselho de Administração da Administração Regional de Saúde do Centro” – A Secretária-Geral (assinado) (Rita Magalhães Collaço).

  • 21-10.1999 – Publicação no DR I Série A do Decreto-lei nº 426/99 que cria o Centro Hospitalar da Cova da Beira.
  • 22.11.1999 – Oferta pelo Pintor Ribeiro Farinha, à Unidade de Tratamento da Dor do Fundão, de duas obras: o quadro intitulado “Ode à Esperança”, pintura sobre tela e um desenho a tinta-da-china, intitulado “Drama Familiar” (publicado no livro “Unidades de Dor e Dor Oncológica”).
  • 13-12.1999 – Os médicos da UTD informam o Director do Hospital do Fundão da sua disponibilidade em manter contacto telefónico permanente, de forma graciosa, com os doentes em tratamento no serviço (internamento e ambulatório).

2000

  • 02.01.2000 – Oferta à UTD da escultura em poliester/fibra de vidro intitulada “A Última Ceia do Senhor”, pelo escultor Gil Soeiro, que integrou a Exposição “Outras Visões da Dor” realizada durante o I Encontro sobre o Estudo e Tratamento da Dor, na Universidade da Beira Interior (1999).
  • 24.01.2000 – Tomada de posse da Comissão instaladora do Centro Hospitalar Cova da Beira.
  • 01.03.2000 – Carta do responsável da UTD ao senhor Presidente da República anunciando o livro “Dor Oncológica e Unidades de Dor”, a ser lançado no Centro Cultural de Belém, no dia 28.03.2000 e solicitando o patrocínio para a causa da Dor, por parte da Esposa do Presidente da República.
  • 20.03.200 – O responsável da UTD é mantido como director de Serviço, através de informação da Comissão Instaladora do Centro Hospitalar da Cova da Beira, datada de 20-03-2000.
  • 19.10.2000 – Início de um Projecto na Unidade da Dor intitulado “Um sorriso à leitura”, da iniciativa da Coordenação Concelhia do Ensino Recorrente no Fundão, sendo coordenador do projecto o Professor Henrique Manuel Pereira Dias.
  • 11.12.2000 – Participação no Projecto “Doente com Dor crónica”. Administração Regional de Saúde do Centro. Informação oficial:

 “No Hospital do Fundão funciona, desde 20 de Novembro de 1992 a Unidade de Tratamento da Dor, com camas de internamento, tendo uma consulta associada. Os doentes assistidos, segundo critérios autorizados, são doentes oncológicos, com dor crónica e pela sua natureza esta Unidade de Tratamento da Dor pratica Cuidados Paliativos. Existe uma proposta para assistir também doentes avançados com Sida. A consulta é realizada por 2 anestesistas e na Unidade de Tratamento da Dor trabalham 7 enfermeiros e colabora 1 psicóloga, 1 assistente social, 1 dietista, além de pessoal administrativo e auxiliar”.

2001

  • 03.01.2001 – Criada a reunião multidisciplinar semanal “para avaliação da situação biopsicossocial dos doentes internados ou em assistência domiciliária” (Segundas-feiras).
  • 04.01.2001 – Pedido pelo responsável da UTD de equipamento informático para dar “suporte ao processo clínico dos doentes assistidos”.
  • 20.03.2001 – Aprovados dois projectos de co-financiamento de Projectos de Humanização 2001 relativos ao Serviço: Aquisição de camas eléctricas (3.500.000$00) e Projecto de Musicoterapia na Unidade de Tratamento da Dor/Medicina Paliativa (800.000$00).
  • 27.05.2001 – Oferta pelo pintor Ribeiro Farinha da tela intitulada “Serenidade.”

 “Ao Pintor Ribeiro Farinha: Mais uma vez, a Unidade de Tratamento da Dor do Hospital do Fundão (Centro Hospitalar da Cova da Beira) foi objecto de uma valiosa oferta de obra de arte da autoria de V. Ex.ª. Trata-se de um belíssimo óleo, identificado por “Serenidade”, que passou a estar exposto no vestíbulo deste Serviço hospitalar. A qualidade da pintura não só contribui para o enriquecimento material do serviço como favorece também, e isto é o mais importante, a tranquilidade do seu ambiente, tão necessária. Bem-haja, Ribeiro Farinha, pela sua generosidade. Assina: Dr. António Lourenço Marques”.

 25.07.2001 – Informação do Vogal Médico da Comissão Instaladora (Director Clínico) referindo que “está em curso o processo de discussão com a ARS Centro, a criação de Novos Serviços, com quadro próprio nomeadamente a “Unidade de Cuidados Intensivos no H. Covilhã e a “Unidade de Dor”, no H. Fundão. Logo que esteja concluída a aprovação do quadro, conto com o Exmº Colega para dirigir a Unidade do Fundão, como tão bem o tem feito até hoje”.

  • 04.08.2001 – O Director da UTD solicita ao Presidente da Comissão Instaladora do CHCB “que sejam equacionadas as transformações imprescindíveis da estrutura física da Unidade de Tratamento da Dor, face ao crescimento muito significativo do seu movimento.”
  • 21.09.2001 – Autorizada pelo CA a nova denominação “Unidade de Tratamento da Dor e Medicina Paliativa”, por proposta do responsável da UTD.
  • 17.12.2001 – Termo de funções da Comissão Instaladora e início de funções do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Cova da Beira SA, presidido pelo Dr. Miguel Castelo-Branco.

2002

  • 08.07.2002 – Instalação de 10 camas eléctricas no Serviço.
  • 22.11.2002 – Comemoração de dez anos de existência, com uma sessão solene realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal do Fundão, sob a presidência do Dr. Manuel Frexes. Na Estalagem da Neve, teve ainda lugar uma sessão científica onde participaram diversos especialistas nacionais e estrangeiros.

O programa do 10.º Aniversário:

22.11.2002 – Sessão Comemorativa no Salão Nobre da Câmara Municipal do Fundão, seguido de Concerto pela Academia de Música do Fundão.

23.11.2002 – Programa científico que teve lugar na Estalagem da Neve do Fundão:

 1) Mesa redonda subordinada ao tema: “A importância, o lugar e o funcionamento dos Cuidados Paliativos no Sistema de Saúde” – Coordenação: Dr. José Luís Portela (Lisboa). Participantes: Prof. David Weissman (EUA) “O Ensino dos Cuidados Paliativos”; Dra. Isabel Galriça Neto (Lisboa) “O Lugar dos Cuidados Paliativos”; Dr. Ferraz Gonçalves (Porto) “O Funcionamento Interdisciplinar da Equipa”; Prof. Paula Sapeta (Castelo Branco) “Cuidados Paliativos em Portugal”; Prof. Carlos Centeno (Espanha) “Cuidados Paliativos na Europa”; Prof. José Pereira (Canadá) “Cuidados Paliativos no Mundo” (Intérprete de línguas: Dra. Maria José Nicolau).

2) Conferência – Dr. Lourenço Marques (Fundão) “O dever de aliviar a dor e o acesso aos opióides”.

(Organização: Lourenço Marques, Lurdes Borges, Celeste Soares e Vasco Rodrigo; Secretariado: Teresa Sampaio e Maria Cândida)

 2003

  • 14.03.2003 – Visita do Ministro da Saúde à Exposição “10 anos de vida da Unidade de Tratamento da Dor”.
  • 28.04.2003 – Contributo de D. Maria Cândida Paulouro para aquisição de mobiliário (estantes) para a sala dos doentes.
  • 06.06.2003 - Circular Informativa Nº 52-CA/03: “Nomeação do Dr. António Lourenço Marques Gonçalves como Director do Serviço de Medicina Paliativa e do Enf. Vasco Alberto Afonso de Freitas Rodrigo como Enfermeiro Responsável do Serviço de Medicina Paliativa.”

Unidade de Dor vai ganhar autonomia

A unidade de Dor do Hospital do Fundão, que está a funcionar integrada no serviço de Anestesiologia, vai ser autonomizada como serviço de medicina paliativa, garantiu Miguel Castelo Branco. Com um trabalho considerado exemplar, aquela estrutura tem partilhado os recursos com o serviço de Anestesiologia, nomeadamente os profissionais de saúde”.

Jornal do Fundão 20.06.2003

  • 16.06.2003 – Integração do Serviço de Medicina Paliativa no Departamento de Medicina do CHCB.
  • 30.09.2003 – Encerramento do Serviço de Cirurgia do Hospital do Fundão.
  • 07.10.2003 – Convite pelo Director dos Serviços de Saúde da Fundação Calouste Gulbenkian, Prof. Manuel Rodrigues Gomes, ao director do Serviço de Medicina Paliativa para iniciar a organização de um Congresso sobre Cuidados Paliativos (II Congresso Nacional de Cuidados Paliativos).
  • 10.10.2003 – Reforço pelo director do serviço, junto da Administração para ser formalizada oficialmente, com reflexo no registo informático, a realização das visitas domiciliárias no Serviço de Medicina Paliativa.
  • 28.11.2003 – Atribuído o nome do médico e investigador D. Fernando de Almeida à Biblioteca do Hospital do Fundão.

2004

  • 04.06.2004 – Início das obras de beneficiação do Serviço de Medicina Paliativa.

 “Histórico

Em 20 de Novembro de 1992 foi criada, no Hospital do Fundão, a Unidade de Tratamento da Dor D. Eva Nunes Corrëa, com 5 camas de internamento, destinada à assistência de doentes oncológicos em fase +/- avançada. Foi reconhecida pelo Ministério da Saúde, em 07.07.1999. Em 26 de Julho do mesmo ano, foi visitada pelo Presidente da República. Em 2001, passou a incluir a designação de Medicina Paliativa. Em 14.03.2003, foi visitada pelo Ministro da Saúde. Em Junho 2003, foi criado no Centro Hospitalar Cova da Beira, o Serviço de Medicina Paliativa, doando continuidade a esta experiência.

 Desde a fundação, até 31.12.2003, foram internados 1300 doentes e faleceram no Serviço, 679 pessoas.

Tem 10 cama e destina-se à prestação de cuidados paliativos  a doentes oncológicos ou não, segundo critérios de admissão.

A equipa é multiprofissional, com médicos, enfermeiros, assistente social, psicóloga, dietista, fisioterapeuta, farmacêutico, auxiliares de acção médica, assistente religioso e voluntariado”

(Informação ao CA)

 

“Obras melhoram serviço de Medicina Paliativa
In "Jornal do Fundão" – 04-06-2004

 

Capacidade de internamento aumentará para 12 utentes depois da realização das obras, que arrancaram esta semana numa unidade pioneira e de referência no tratamento da dor Arrancaram esta semana as obras de beneficiação do Serviço de Medicina Paliativa do Hospital do Fundão, Centro Hospitalar da Cova da Beira.
Orçadas em cerca de 255 mil euros, as obras serão comparticipadas no âmbito do Programa Operacional Saúde XXI e pretendem “dar melhores condições aos doentes e familiares”, disse o director do Centro Hospitalar ao JF. Miguel Castelo Branco sublinha que “o Serviço de Medicina Paliativa requer condições que promovam uma maior interacção entre os doentes e a família”, pelo que eram indispensáveis para que as pessoas internadas possam estar acompanhadas. Estão previstas obras para climatização do espaço e o aumento da capacidade de internamento de uma dezena para uma dúzia de utentes.
Segundo o director do Centro Hospitalar da Cova da Beira, em que o Hospital do Fundão está enquadrado, “as obras deverão ficar prontas dentro de três meses”, estando o serviço a funcionar normalmente noutro espaço do hospital onde foi recolocado até que fiquem concluídas as obras de beneficiação. O Serviço de Medicina Paliativa do Centro Hospitalar da Cova da Beira é pioneiro a nível nacional no tratamento da dor. Aquela unidade foi criada no Hospital do Fundão na sequência de um caso dramático denunciado pelo JF e que dizia respeito a um doente oncológico que os hospitais mandaram para casa. Actualmente, a unidade da dor, dirigida por Lourenço Marques é uma referência no país”.

“Obras no serviço de medicina paliativa do hospital do Fundão estão concluídas

Rádio Cova da Beira - 06-12-2004

 

As obras de remodelação global do serviço de medicina paliativa do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), SA (Hospital do Fundão) estão já concluídas e decorre, durante esta semana, o processo de transferência dos doentes para as novas instalações. Segundo o conselho de administração do CHCB a concretização deste projecto, participado pelo FEDER, no valor global de 260 mil euros, permite criar as condições físicas e técnicas adequadas à especificidade daquele serviço que ocupa gora um espaço próprio com 5 quartos individuais com wc e enfermarias, num total de 10 camas.”

         
  • 29.07.2004 – Introdução de metadona para tratamento da dor crónica, na Farmácia do CHCB, por necessidades no Serviço de Medicina Paliativa.

2005

  • 05.01.2005 – Pedido de aperfeiçoamento do processo electrónico SAM, iniciado no Serviço, pelo seu director.
  • 07.01.2005 - Inauguração do Serviço remodelado, pelo Ministro da Saúde.
  • 7.04.2005 – No âmbito da colaboração entre os HUC e o CHCB S.A. para a implementação do sistema de Gestão Integrada do Circuito do Medicamento (S.G.I.C.M.) o Serviço de Medicina Paliativa foi escolhido como um Serviço Piloto.
  • 22.02.2005 – Ofício da Coordenadora do Internato Complementar de Clínica Geral – Estágio de Oncologia (Dra. Marta Pinguel) dando conta da idoneidade do serviço de Medicina Paliativa para o Estágio de Oncologia – Cuidados Paliativos e Dor.
  • 18.05.2005 – Início do funcionamento do sistema ALERT (SAM, SAPE) no Serviço de Medicina Paliativa.
  • 26.07.2005 – Aprovadas pelo Conselho de Administração as “listagens da estrutura dos serviços da área clínica dos Hospitais do CHCB”. “Serviço de Medicina Paliativa; director: Dr. Lourenço Marques; Enfermeiro Chefe: Enf. Vasco Rodrigo; Departamento: Fundão; Directora do Departamento: Dra. Mª. Eugénia André; Enfermeira responsável: Enf.ª Conceição Rodrigues). (Circular informativa N.º 126-CA/05 de 01.08.2005).
  • 28.07.2005 – Biblioteca D. Maria Cândida Paulouro. Proposta do director: “Informo V. Ex.ª que, por donativo proveniente de D. Maria Cândida Fonseca Paulouro, já falecida, o Serviço de Medicina Paliativa dispõe de uma biblioteca constituída por três móveis de estante e um móvel para instalação de material informático, que estão colocados na sala de actividades dos doentes. Informo também, que foram doados vários livros (lista anexa) destinados a esta biblioteca. Pelo significado que a família de António Paulouro, ilustre fundanense fundador do Jornal do Fundão, falecido neste Serviço de Medicina Paliativa, no dia 29 de Agosto de 2002, representa para a nossa comunidade, proponho que a referida Biblioteca seja identificada por Biblioteca D. Maria Cândida Paulouro, através de um acto a inserir nas Comemorações dos 50 anos do Hospital do Fundão. Assina: António Lourenço Marques.”
  •  12.09.2005 – Concretizada a instalação do equipamento musical do Serviço.
  • 15 a 21 de Outubro de 2005 – Exposição “A Arte ao Serviço da Vida”, na Biblioteca Eugénio de Andrade, Fundão, organizada pelo Serviço de Medicina Paliativa e pela Associação Nacional dos Cuidados Paliativos, integrada nas comemorações dos 50 anos do Hospital do Fundão.
  • 30.12.2005 – Cessação de funções do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Cova da Beira SA.
  • 30.12.2005 – Intercâmbio com o Escultor Gil Soeiro, na oportunidade do envio do catálogo referente à Escultura Monumental “A Última Ceia”, inaugurada em 2004, no Quartel do Carmo Lisboa. O referido catálogo inclui uma fotografia da Escultura oferecida pelo artista à Unidade de Tratamento da Dor do Hospital do Fundão.

 Resposta do director: “Fico-lhe muito grato, em nome do Serviço de Medicina Paliativa do Hospital do Fundão – Centro Hospitalar Cova da Beira (antiga Unidade de Tratamento da Dor), profundamente grato pela oferta da publicação “A Última Ceia de Cristo”, onde descreve de forma tão expressiva e íntima a sua experiência criativa da “Ceia de Cristo”, da qual temos uma versão admirável. Várias perspectivas. A nossa, nessa aparente inversão das figuras, dando relevo ao aparentemente “desprezível”, exalta ainda mais o cerne do conjunto, ou seja, a verdadeira centralidade da cena (“por excelência o coração do Evangelho”) da história do cristianismo. É uma grande honra possuir esta obra notável no nosso Hospital, ligada ao serviço que dirijo com a função de ajudar as pessoas no limite da vida. “A Ultima Ceia de Cristo” tem pois também um grande simbolismo para esta realidade. Com enorme admiração…“

 2006

  • 02.01.2006 – Início de funções do novo Conselho de Administração do CHCB - EPE.
  • É proposta uma nova redacção para o Regulamento Interno do Centro Hospitalar Cova da Beira E.P.E., alterando-se a denominação do Serviço de Medicina Paliativa, integrado no Departamento de Medicina, para “Unidade de Medicina Paliativa”. O director do Serviço chamou a atenção, em nota de Serviço, para o significado redutor desta alteração, sendo o texto definitivo do Regulamento rectificado.
  • 07.02.2006 – Deliberação do Conselho de Administração para nomeação dos directores de serviço do Centro Hospitalar Cova da Beira, onde se inclui a nomeação do Dr. Lourenço Marques, como director do Serviço de Medicina Paliativa.
  • 29.08.2006 – Diário da República, 2.ª série - Despacho n.º 17516/2006 – Ministérios do Trabalho e da Solidariedade e da Saúde: “Aprova as experiências piloto da Rede de Cuidados Continuados Integrados”, onde inclui na Sub-Região de Castelo Branco “Unidade de internamento de cuidados paliativos Hospital do Fundão – 8 camas) ” (10?). Sem referência ao Centro Hospitalar Cova da Beira.
  • 13.11.2006 – Visita ao Serviço pela Bastonária da Ordem dos Enfermeiros.
  • 20.11.2006 – Comemoração, na Biblioteca Municipal Eugénio de Andrade, do 14.º Aniversário dos Cuidados Paliativos no Fundão: “Cuidados Paliativos um direito – Fundão 14 anos depois”. 1. Momento Musical pela Academia de Música e Dança do Fundão; 2. Inauguração da Exposição de Pintrura de Costa Camelo; 3. Conferência pelo Prof. Daniel Serrão; 4. Debate pela Equipa Multidisciplinar do Serviço “14 anos de actividade”. Não houve representação da Administração do CHCB ou do Hospital do Fundão.
  • 26.11.2006 – Comissão de Avaliação Curricular para Assistente Graduada de Anestesiologia, sendo candidata a Dra. Maria de Lurdes dos Reis Borges Fernandes, com aprovação.

 2007

  • 26.01.2007 – Diário da República, 2.ª série - Despacho n.º 1281/2007 – Ministérios do Trabalho e da Solidariedade e da Saúde (com efeitos a 01.11.2006) – Vem referido o Hospital do Fundão (sem referência ao Centro Hospitalar Cova da Beira) como tendo 10 camas em “Unidade de internamento de cuidados paliativos”, num “elenco das experiências piloto, incluindo novas tipologias, de modo que as mesmas possam, de forma mais adequada, funcionar como modelo futuro da RNCCI”.
  • 15.03.2007 – Divulgado o protocolo entre a Câmara Municipal do Fundão e a Administração Regional de Saúde do Centro que determina o encerramento da Urgência e a “integração do Hospital do Fundão na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados”.
  • 31.12.2007 – Encerramento do Serviço de Urgência do Hospital do Fundão.

2008

  • 21.07.2008 – Assinado pelos presidentes da Administração Regional de Saúde do Centro e do Centro Hospitalar Cova da Beira o acordo financeiro para a requalificação do Hospital do Fundão. A cerimónia, que decorreu em Coimbra, foi presidida pela Ministra da Saúde num plano de assinaturas de protocolos “que têm como finalidade a reconversão de serviços do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em unidades de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados".

2009

  • 21.01.2009 – O Diário da República, 2ª série, N.º 14 publica o Despacho n.º 2732/2009 dos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade e da Saúde sobre as Unidades da RNCCI, incluindo no Distrito de Castelo Branco em “Unidades de Cuidados Paliativos, o Centro Hospitalar Cova da Beira EPE – Hospital do Fundão”. Não é referido o número de camas.
  • 10.09.2009 – O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde “visitou as obras do Hospital do Fundão (Requalificação no âmbito da RNCCI para desenvolvimento da Unidade de Paliativos e criação da Unidade de Convalescença) ”. Estando também em causa o Serviço de Medicina Paliativa, o seu director nunca foi envolvido em qualquer participação.
  • 05.10.2007 – Comemorado, no Fundão, o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos. “Vida com cuidados Paliativos”.

 Programa:

09.00 Horas – Concentração no Hospital do Fundão e início do Peddy-paper “Conhecer o Fundão”; Visita ao Museu Arqueológico Municipal Dr. José Minteiro; 11.00 horas – Sessão/debate: “Vida com Cuidados Paliativos” pela Equipa Multidisciplinar na Biblioteca Eugénio de Andrade; 13.00 horas – Almoço/convívio no largo da Senhora da Luz, com entrega dos troféus.

2010

  • 19.02.2010 – Ordem do director clínico para termo da autorização de 05.03.1993 da dispensa em unidose de opióides pela Farmácia do Hospital.
  • 07.04.2010 – Diário da República N. 67, Série II. Actualiza novamente as unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Desaparece definitivamente a referência aos cuidados paliativos do Hospital do Fundão.
  • 20.10.2010 – Aposentação do director do Serviço.

 

Documento:

 Critérios desenvolvidos para a admissão dos doentes (2009):

 SERVIÇO DE MEDICINA PALIATIVA

ü  NEOPLASIA COM CONFIRMAÇÃO HISTOLÓGICA (A CÓPIA, SEMPRE QUE EXISTE EXAME HISTOLÓGICO, DEVE ACOMPANHAR OBRIGATORIAMENTE A DOCUMENTAÇÃO DO DOENTE).

ü  INFORMAÇÃO CLÍNICA (EXTENSÃO DA DOENÇA, E TRATAMENTO EM CURSO).

ü  INDICAÇÃO DO MÉDICO DE FAMÍLIA OU DO MÉDICO ASSISTENTE.

ü  INDICAÇÃO EXPRESSA DE CUIDADOS PALIATIVOS PELO MÉDICO PROPONENTE.

  1. Em todos os casos oncológicos, se não existir o documento do exame histológico, na informação clínica deve constar a data do diagnóstico e como foi este determinado (histologia, cirurgia, imagiologia, bioquímica, etc.), por exigência do Registo Oncológico Regional (ROR).
  2. Deve ainda constar sempre a informação de enfermagem que identifica os níveis de dependência do doente e ainda a respectiva informação do Serviço Social da Instituição a partir da qual é proposta a continuidade de assistência em cuidados paliativos.
  3. Para garantir a continuidade para cuidados paliativos exige-se contacto directo com um dos médicos do Serviço de Medicina Paliativa* (Dr. Lourenço Marques TM 961040961; Dra. Lurdes Borges TM 961040965).

OUTROS CASOS (NÃO ONCOLÓGICOS) A CONTEMPLAR SÃO: INDIVÍDUOS ADULTOS, COM DOENÇA INCURÁVEL E PROGRESSIVA, DOCUMENTADA, EM FASE AVANÇADA, PARA CONTROLO DE SINTOMAS E/OU COM PROBLEMAS DE ÂMBITO SOCIAL (FAMILIAR, COMPETÊNCIA DE CUIDADOR PRIMÁRIO…) SEM SOLUÇÃO NO CONTEXTO DOMICILIÁRIO, E/OU PARA CUIDADOS DA FASE TERMINAL.

Prioridades no internamento:

  1. Doentes já em Programa de Cuidados Paliativos (garantia da continuidade).
  2. Ordem cronológica da proposta.
  3. Urgências apuradas através do contacto médico.

 Fim da primeira parte


Autor: António Lourenço Marques Gonçalves


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Portaria Conjunta Nº 001 – Smf/smp, De 05 De Agosto De 2009