Para Você Que Ama Os Felinos



Existem mais raças de gatos do que você pode imaginar, alguns deles mais comuns e outros mais raros. Neste artigo resolvemos falar sobre os gatos domésticos. Nada contra gatos selvagens, porém a probabilidade de você querer um animal de 350 quilos no seu apartamento, no centro da cidade de São Paulo, é muito menor do que a de você almejar um delicado felino de 4 a 6 quilos para acariciar enquanto assiste TV.

Existem muitas curiosidades sobre os gatos. Uma delas é sobre os pêlos do animal, que servem não só para aquecer o animal, mas também para protegê-lo do calor. A resposta está escondida nos folículos capilares: enquanto nós humanos só produzimos um tipo de pelo saído de um folículo, os gatos têm dois sistemas de crescimento de pêlos.

A pelagem externa do gato é similar a do humano, porém a camada de pêlos secundários, ou seja, os pêlos que crescem mais curtos e próximos ao corpo, nascem de um modo diferente, sendo que muitos pêlos nascem dos mesmos folículos. Esses aglomerados de pêlos formam uma cobertura térmica, porém não homogênea. Dentro desses aglomerados vamos encontrar desde os fios mais curtos e sedosos, até os mais longos e ondulados. É graças a essa cobertura que o gato pode sobreviver nas mais variadas temperaturas.

Muitos dizem que antes dos gatos serem domesticados, a pelagem do animal era somente em cores básicas e neutras. Porém com a domesticação do animal, e o fato de que caçar não é mais uma necessidade de sobrevivência para muitas espécies, hoje em dia, com a evolução e a miscigenação de raças, existem gatos das mais variadas cores.

Outra curiosidade sobre gatos é a visão. Muitos acreditam (erroneamente) que os gatos enxergam no escuro. Os gatos, assim como os humanos, têm dificuldade em ver na escuridão total. O gato pode ver bem com o mínimo de claridade, porém na ausência total de luz, eles não enxergam absolutamente nada.

A audição é outro sentido muito desenvolvido nos felinos, podendo se mover em até 180°, como um radar, para ouvir os menores dos ruídos. Os felinos conseguem ouvir sons em freqüências maiores do que os cães, só perdendo para esses nas freqüências mais baixas. Uma habilidade surpreendente destes animais é que eles conseguem distinguir variações de som com um décimo de tom. E só para deixar qualquer critico musical com ciúmes, eles ainda conseguem ouvir sons de distâncias relativamente grandes, quatro ou cinco vezes mais do que nós humanos.

O olfato dos felinos também merece ser comentado. Não tão apurado quanto os dos caninos, porém bastante útil, seu olfato os ajuda a identificar se o alimento que vão comer é próprio ou impróprio. Na reprodução, os gatos também sabem se uma gata está pronta para o cruzamento devido ao odor que elas excretam juntamente com a urina.

As famosas garras... As garras, ao contrário do que se pensa, não são retráteis, elas ficam lá. O gato apenas controla o movimento de estender suas patas e não o movimento de retrair as mesmas para dentro da pele. As garras são armas potentes, tanto para subir em lugares, quanto para a defesa.

Arranhar faz parte da natureza do gato. Eles fazem isso devido à necessidade de afiar as garras, alongar os músculos e retirar as garras velhas, para dar espaço para as garras novas, que já estão em crescimento.

A coluna vertebral dos gatos também é de se invejar. Com 30 vértebras, e discos de cartilagem resistentes e maleáveis entre elas, os bichanos são extremamente flexíveis e ágeis. A cauda do animal também tem um papel muito importante, não só na comunicação do animal, mas também em manter o balanço do corpo. Sem o rabo os gatos não poderiam se equilibrar do jeito que se equilibram nas beiradas de janelas e móveis. A cauda também ajuda o animal a se orientar: quando em movimento, seja um andar ou uma corrida, a cauda auxilia o gato para não sair por ai esbarrando em todos os objetos que o cercam.

Todos os sentidos desses animais são perfeitamente adaptados para a vida selvagem. Mesmo que o seu gato nunca saia de casa, ele continua com uma comunicação constante com seus instintos e reações. Os felinos podem ir do estado de sono profundo e entrar em uma posição de ataque em menos de meio segundo.

Gatos vivem entre 15 e 20 anos. Eles são muito mais independentes da presença constante do dono do que um cão, mas mesmo assim eles precisam de atenção e cuidados. Quando resolver comprar ou adotar um gato você vai ter que fazer sua escolha baseada no comportamento e necessidade de atenção da raça. Existem muitas raças de gatos que são extremamente independentes e não precisam de cuidados constantes, sendo esses felinos perfeitos para o tipo de pessoa que passa pouco tempo em casa, especialmente se você pegar dois filhotes ao mesmo tempo.

Se você estiver na dúvida se felinos são animais ideais para você, peça para um de seus amigos que tenham gatos para deixarem você levar o animal emprestado por uma semana. Pode parecer uma idéia sem cabimento, porém, após conviver por uma semana com um gato, você saberá se esse é o tipo certo de animal para você ou não e, principalmente, você terá a chance de descobrir se você ou algum membro de sua família é alérgico a o animal.

A maior parte dos gatos encontrados hoje em dia não tem pedigree. É estimado que 95% dos gatos domésticos de hoje em dia sejam vira-latas. Nunca desmereça um gato por ele não vir de uma linhagem nobre. Existem muitos gatos que você vai olhar e pensar que são de raça pura mais na verdade são produtos de misturas de raças diferentes. Talvez a única desvantagem de um gato que não é de raça pura é que seu temperamento é menos previsível do que de um gato de raça, porém a maior parte do comportamento desse animal vem de convivência e tratamento não de características genéticas.

Gatos de raça são mais almejados pela beleza da espécie do que pela função genética de ter um gato de raça pura. Diferente dos cães, que variam extremamente de tamanho, pêlo, e temperamento em grandes proporções, a maior diferença que você vai encontrar entre raças de gatos é que alguns apresentam modificações que podem ser chamadas de básicas, na estrutura corporal, no pêlo e de personalidade.

Alguns cruzamentos geraram aos poucos novas raças de gatos domésticos. Essas mudanças nem sempre são aceitas pelas associações de registro de gatos mais conservadoras. Enquanto várias associações estimulam o cruzamento entre raças para a obtenção de novas linhagens, outras associações condenam essa prática brutalmente.

Conseguir que uma nova raça seja aceita não é tão simples quanto parece. Mesmo as associações mais liberais exigem que a nova raça apresente diferenças físicas óbvias de raças existentes. Antes de qualquer coisa essa nova raça será checada para saber suas condições de saúde são perfeitas e se a ausência de defeitos genéticos tem que óbvia.

Porém, mesmo com esse controle, a tentativa de obter novas raças nem sempre é um sucesso. Para o desenvolvimento dos felinos, podemos citar como exemplo, a raça que se chama munchkin, que tem pernas muito curtas, pois é um desenvolvimento de uma linhagem de gatos anões. Essa raça sofre com problemas como perda de agilidade e seus pulos também são afetados. Gatos da raça Sphinx, que não têm pêlos aparentes, são aceitos apenas por uma associação de criadores de gatos.
Autor: Adriana Zimbarg


Artigos Relacionados


Os Maiores Blogs Sobre Cães E Gatos Do Brasil

Cuidados Básicos Para Cães E Gatos

Cão, A Expressão Maior Do Amor Gratuito

Jogos De Animais

Eu Vi Um Gato

Gata De Rua

CoraÇÃo De Papelo - Kiko: O Gato Medroso