As Conseqüências De Uma Eleição



As conseqüências de uma eleição


Há duas semanas para a eleição municipal, infelizmente, como sempre, continuamos vendo baixarias e ataques. Como já dissemos, a campanha deveria ser bela oportunidade de se conhecer o candidato e saber quais são suas propostas e, verificar sua competência para administrar (no caso o prefeito) e legislar (caso o vereador). Em meio à poluição sonora e os propalados “santinhos” que tomam conta da cidade, parece que mais serve para as crianças brincar e fazer ‘sujeira’ por todos os lados, a campanha vai chegando ao seu final e os candidatos vão usando suas estratégias para fazer sua mensagem chegar até a população.
Não vamos nos cansar em afirmar que somente a sociedade esclarecida, torna-se capaz de optar conscientemente pelos rumos que deseja seguir. Mas, ainda ficamos indignados ao ver, eleitores vendendo de forma descarada seu voto. Se você duvidar ande pelas ruas e converse com o eleitor. Fazer o que, muitos ‘políticos profissionais’ acabaram acostumando os eleitores a ter essa forma de pensar. Escrevemos para um grupo seleto e, muitos nem fazem questão de ler artigos de opinião para mudar sua forma de pensar, continuamos enfatizando que somente pela participação consciente no processo político, poderemos fazer escolhas conscientes.
Não faça em cinco de outubro uma escolha impensada e, muito menos por ‘troca de dinheiro ou de favor’. O eleitor consciente precisa nesse exato momento fazer a grande reflexão de sua vida e um exame de quem é esse candidato em que vai votar: veja o seu passado, analise as preocupações para com seu município em todos os sentidos, principalmente se ultimamente fez algo de relevante para sua população. Sabemos que o brasileiro deixou de ser ‘manipulado’ e anda bem informado. Aliás, quem disse que o povo não tem memória? Portanto, no dia cinco de outubro, ao apertar os primeiros cinco botões (voto para vereador) e depois apertar os dois derradeiros botões (voto para prefeito), não faça daquele ato algo qualquer, lembre-se: voto tem conseqüência. Não pense pequeno, pense grande e pense por todos. Não se deixe levar por conversa, enganação e tapeação.


Portanto, o presente artigo é convite para que todos pensem e façam sua análise e votem com consciência. No caso de candidatos que já estiveram no comando do poder ou exercendo algum tipo de mandato, somos da opinião que não podemos ter mente curta e se deve analisar o trabalho desses canditados. Quando essa criatura estava no poder, será que toda a comunidade foi beneficiada? Como se trata de eleição para órgão público, devemos verificar como os funcionários públicos eram tratados e como recebiam seus salários? Que reputação esse candidato tem como figura pública e, como anda sua imagem na sociedade, como é sua vida pessoal e familiar? Assim, caro amigo, quem deseja ser candidato, não tem saída, vai expor sua vida ao público e, principalmente deve demonstrar se sua preocupação é com o seu bolso ou com a implantação do bem comum. Nesse sentido, vemos que há muita ingratidão e muita gente mesquinha, apenas vê seu próprio umbigo e, faz da campanha política um mero sustento pessoal, esquecendo que de seu voto inconseqüente todos irão pagar.
Nossa esperança e ter a crença que muitos já se decidiram, fizeram sua análise consciente e escolheram o candidato ideal para o destino de sua cidade. Mas, queremos pedir para quem está em dúvida, ou vai votar pela troca de algum favor que aprofunde sua análise e conheça mais quem é esse candidato em quem vai votar. Vote com consciência, tendo a sabedoria que teremos quatro anos de conseqüência. Não se deixe levar por berros, gritos, enganos de discursos, promessas vazias e infundadas. Observe que há promessas enganosas que demonstram retrocesso e alguém vai pagar por isso. Não será o candidato. Assim, tenha muito cuidado e saiba fazer do seu voto a sua principal arma para derrubar os profissionais que desejam fazer da política seu meio de vida.
Somos da opinião que o atual pleito eleitoral, por meio das ações da justiça eleitoral, veio tirar muitas ‘armas’ dos políticos astutos e espertalhões. Vivemos o tempo em que à opinião pública anda mais refinada e preocupada com o avanço da história da democracia. Muitos eleitores - precisaria ter mais - já entenderam que muitos demagogos passam em suas casas de quatro em quatro anos, fazem vazias promessas eleitoreiras, não apresentam projetos e só fazem criticas do adversário. Contundo, caso continue existindo esse tipo de político que se tornaram ‘mestres’ da demagogia e enganação, não sei onde vamos parar. Temos plena convicção que a existência desse tipo de político se dá pela crença dos ventos da ignorância que sopram sempre ao seu favor, mas a história é capaz de mostrar: quanto menor o grau de sabedoria, maior pode ser o índice de surpresas.
É preciso maturidade para ver se o candidato pode cumprir aquilo que promete. Vai um lembrete: a última eleição foi em 2006: você lembra em votou em senador, deputado federal, deputado estadual e governador? Dois anos se passaram. Quem se comprometeu e trouxe algo para seu município nesses últimos dois anos, independente da sigla partidário que o prefeito tem? Não se trata aqui de defender alguém, mas importa abrir os olhos e perceber quem de fato é preocupado com o crescimento e prosperidade do lugar onde vive, onde tem família e projeta sonhos e realizações para prosperar na vida.
A eleição não é jogo ou aposta é algo sério que legitima ao eleitor o destino dos próximos quatro anos do andamento de sua cidade. Se desejarmos participar desse pleito eleitoral com convicção, precisamos como cidadãos, comparecer às urnas, avaliar as alternativas e escolher. Assim, teremos todo o direito de se queixar e de mostrar nossa satisfação ou insatisfação com quem for vencedor, pois, pela nossa escolha, dizemos quem preferimos e, recebemos o direito "moral" de avaliar a situação dos quatro anos de governo daquele candidato. Quem anula seu voto ou vota em branco, delega aos outros cidadãos a responsabilidade e, afirma que os outros devem resolver por ele. Esse tipo de eleitor não se importa com sua cidade, torna-se o grande desastre da democracia e demonstra que a eleição e voto não têm conseqüência. Isso é comodismo e perigo para quem deseja viver a plena liberdade democrática. Pensemos nisso.

AUTOR: Prof. Me. CIRO JOSÉ TOALDO (Naviraí – MS).


Autor: Julcelho Marins da Silva


Artigos Relacionados


Só As Urnas Para Barrias Os Corruptos

Fraude Nas Urnas Eletrônicas

Escolinha Para Político.

Marcelo Miranda É Premiado Com CassaÇÃo

Falta Democracia Nas Eleições No Brasil

PolÍtica ComunitÁria

Das Pesquisas Eleitorais