África



África

Wanderson Boareto

Graduado em História, Bacharel em Direito, Pós Graduado em História e Construção Social do Brasil, Docência do Ensino Superior e Educação Empreendedora.

Resumo

O continente africano sofreu durante a sua história várias invasões de diversos povos. Roma domina por vários séculos, mas a partir do século V, os Árabes dominam o mercado e assim expande a sua cultura e religião.

Palavras Chave

África, Islamismo, Árabes, Comércio, Escravos.

Para identificar as mudanças sociais e culturais no continente africano temos que pensar que a partir do século V com a queda do Império Romano do Ocidente, outros povos invadiram a África, mesmo com o poder de Constantinopla continuar dominando parte da África branca, não conseguiu conter a invasão islâmica através dos árabes.

Entre as várias invasões, a mais significativa, foi a tomada das terras africanas que antes pertencia ao antigo Império Romano do Ocidente. Agora território dominado pelos árabes que são entre outros atributos povos dedicados ao comércio e a fé Islã. Nesse sentido, a fé islâmica se enraíza no coração de vários povos nômades do deserto e de cidades e tribos do Sudão, apesar de que somente a nobreza desfrutava totalmente dos ensinamentos do Alcorão.

Nesse contexto, a escravidão sempre fez parte da sociedade africana. Os escravos eram capturados em guerras e trazidos pelos vitoriosos às aldeias, e utilizados em todos os trabalhos possíveis. Muitas vezes os escravos eram obrigados a trabalhar nas plantações dos reis, e para senhores ricos e com prestígio.

Os escravos eram muito comuns nos exércitos e participavam ativamente das guerras, em alguns casos ocupando cargos de comando. Na maioria das vezes estes cargos eram por merecimento ou por bravura. Os escravos eram trazidos para dentro das casas de seus senhores, e passava a fazer parte da família, a única diferença era que eles eram submetidos a trabalhar mais que os moradores da mesma casa.

A rota comercial do Saara era uma fonte inesgotável de escravos, e os árabes buscavam e comercializavam os escravos trazidos do norte da África. As rotas comerciais foram fundamentais para a ocupação dos árabes e a expansão da fé islâmica. 

No entanto, apesar da escravidão masculina ser muito comum e de excelente valor nas caravanas, os mulçumanos davam um grande valor nas mulheres, já que eles as transformavam em concubinas. Na religião islâmica era comum e ate incentivado o hábito polígamo, as concubinas eram formas de status e poder entre os mais ricos.

O Sudão era um dos principais comerciantes de ouro e pedras preciosas os reinos de Gana e Mele eram senhores das principais minas e extração dos metais preciosos. Nesse sentido, o Saara é o portal de todo o escoamento das riquezas da África.

Esta experiência e tradição do comercio de escravos vão ser o fator gerador de mão de obra escrava, para as colônias Americanas. Os portugueses usavam os negros para dar suporte nas fazendas do Brasil. Sem à contribuição dos negros africanos os engenhos de açúcar do nordeste brasileiro não prosperado e ocupado uma forma de controle econômico e territorial do Brasil colônia.

Bibliografia

TARNAS, Richard, A Epopeia do Pensamento Ocidental, Ed Bertrand Brasil, 2002, Rio de Janeiro, RJ;

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BIRMAN, Joel, Ensaios de Teoria Psicanalítica, Ed Jorge zahar,1993, Rio de Janeiro, RJ;

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Autor: Wanderson Boareto


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