Avaliação Educacional



A avaliação norteia todo o viver da humanidade ao longo da sua trajetória. A exemplo, encontramos citações no Velho Testamento e Novo Testamento quando determina o certo e errado, o belo e o feio, o moral e amoral.

Todo esse processo é permeado de subjetividade, normas, condutas e códigos criados pelo homem.

Avaliar é um ato que exercemos constantemente no nosso cotidiano. Toda vez que precisamos tomar alguma decisão avaliamos prós e contras. Quando avaliamos processos, atos, coisas, pessoas, instituições ou o rendimento de um aluno, estamos atribuindo valores. Podemos fazê-lo através de um diálogo construtivo ou, ao contrário, transformar a avaliação num momento autoritário e repressivo. Esta ou aquela opção dependerá da nossa concepção educacional e dos objetivos que desejamos atingir.

A avaliação vem se constituindo em instrumento de aprovação/reprovação como uma prática, para se alçar ou não o saber, e a ascensão social.

No dicionário Básico da Língua Portuguesa, Ferreira (1995, p. 205) refere que a avaliação é um "Ato ou efeito de avaliar (se)". Apreciação, análise. Valor determinado pelos avaliadores.

Avaliar é determinar a valia ou valor de. Apreciar ou estimar o merecimento de. Calcular, estimar, computar. Fazer a apreciação; ajuizar; avaliar as causas; de merecimentos.

A avaliação é um processo pelo qual se procura identificar, aferir, investigar as modificações do comportamento e rendimento do aluno, do educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento se processou, seja este teórico (mental) ou prático.
A avaliação para a mudança desejada na educação é aquela que ajuda o aluno a aprender e o professor a ensinar, onde o erro possa ser entendido como indicativo das construções de estratégias de conhecimento do aluno e que tenha como meta o seu crescimento; preocupada com a transformação social, liberada da carga de autoritarismo e medo que a avaliação tradicional carrega.

No dizer de Hoffmann (1996), "a avaliação é como uma ação provocativa do professor, desafiando o aluno a refletir sobre as experiências vividas, a formular hipóteses, direcionando para um saber enriquecido".

Luckesi (1995, p.69) entende a avaliação "como um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão". Estes são os elementos que compõem a compreensão constitutiva da avaliação.

As diferentes etapas da avaliação desempenham um papel decisivo e nenhuma delas exclui avaliar e avaliado do compromisso de ser o seu próprio agente de decisão e o responsável pelo processo educativo.

A avaliação implica postura do "ver julgar para agir", segundo Luckesi (2001, p.107).

A avaliação sofre interferência de critérios até certo ponto arbitrários. Alunos e professores não estão suficientemente preparados para a auto avaliação.

Frequentemente o instrumento utilizado para avaliar é confuso, ambíguo, inconsistente e desvinculado do processo. Instrumentos válidos e fidedignos necessitam preparo do professor com relação ao conteúdo e também a própria técnica de construção. Exigem também análise dos resultados após a aplicação, é pouco comum o professor utilizar resultados para analisar o próprio instrumento, modificar procedimentos, repensar a atividade docente, mesmo que evidencie a incidência de erro cometido pela maioria da classe.


Autor: Thaís Costa


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