George Bush e a formiguinha



GEORGE BUSH E A FORMIGUINHA

A vida de George Bush vale mais do que a vida de uma formiguinha? Não. Mais vale ser George Bush do que ser uma formiguinha? Não. George Bush merece continuar vivendo? Não. Estas respostas negativas tão positivas resultam de simples comparação entre a besta loira do Texas e uma Iridomyrmex humilis (formiga-açucareira). 

Eis a primeira grande diferença entre Bush e uma formiguinha: esta última é completamente inofensiva para nós. Quanto a isto, mais fácil seria comparar Bush a uma cobra, ou melhor, a uma serpente, pois toda serpente é uma cobra, mas nem toda cobra é uma serpente. A diferença: as serpentes têm peçonha, uma cobra pode não ter. A serpente Bush lançou sua peçonha por boa parte do mundo,  fazendo grassar o veneno entre povos e gerações. Já a pobre formiguinha, que mal pode fazer? Contaminar o bolo? Roubar um grão de açúcar? Ora, comparado ao mal que irradiam o coração pervertido e o cérebro doentio de Bush, isso não é nada.

Imaginemos uma formiguinha que pica a pata de um elefante, ou um dedo de nossa mão... Que brava formiguinha essa! Ela desafia um oponente infinitamente mais poderoso. Por tanta coragem, a formiguinha mostra-se como que ensandecida em sua bravura. Já George Bush, esse se mostrou enlouquecido em sua covardia. Bush só agrediu os incapazes de responder à agressão, resguardando-se ele mesmo de qualquer risco pessoal. A guerra de Bush emprega mercenários. A empresa bélica dele também tem a participação de muitos sócios, localizados nos países imperialistas da Europa, como também no Estado judeu. Este aqui é um elefante na aparência de uma formiguinha. E superfingido: mostrando-se pequena vítima indefesa cercada de inimigos e agressores, o paquiderme vai tomando vidas e territórios, matando quem quer matar, seletiva e “preventivamente”. Jesus Cristo nos ensinou a nunca lançar a primeira pedra, mas Bush, seu continuador Obama e seus cúmplices ocupantes da Palestina sempre lançam o primeiro míssil.

Vê-se então que, se pudéssemos nos comunicar com uma formiguinha, este ínfimo animal revelaria amizade e honestidade faltantes a Bush. A besta ianque, moralmente falando, está bem abaixo de uma formiguinha. De fato, se alguém disser, por exemplo, que fulano é um Bush, vai-se entender que fulano tem o caráter de um grande canalha, um grande mentiroso, um grande assassino, um grande covarde, um agressor, um ladrão, vândalo, louco, sionista... Porém, se alguém dissesse de outra pessoa que esta é uma formiga, a qualificação denotaria elogio, porque em português “formiga” também quer dizer “pessoa diligente e econômica”.

Bush, ao contrário, nunca primou pela economicidade, nem poderia. Seu governo representou um desastre, como desastroso é o seu Estado ianque, e nenhum desastre é econômico. Bush mostrou-se diligente apenas na sua brutalidade. A diligência de Bush consistiu no roubo de petróleo, no genocídio, no fomento da indústria armamentista, na espoliação financeira, em invasões e em toda sorte de monstruosidades nisso tudo implicada.

Bush agiu tão bestialmente que sua política teve ação dissolvente sobre sua própria sociedade. Ainda assim, foi eleito e reeleito, pelo mecanismo viciado da pseudodemocracia do capital, da usura e do sionismo, dos monopólios e oligopólios internacionais. Na parede da caverna midiática, a propaganda mentirosa mostrava o monstro ianque como fautor da paz e da segurança mundiais! Bem ao contrário, uma formiguinha não pode, por sua própria natureza, agir contra a sua sociedade. Ela atua sempre de forma funcional para a manutenção de sua colônia. Com o trabalho dela, todo formigueiro só tem a ganhar. Donde surge mais uma diferença entre Bush e uma formiguinha: os concentradores capitalistas, os usurpadores, os sionistas, os imperialistas, os agiotas, os milionários adoram Bush e odeiam a formiguinha; enquanto os patriotas e proximistas de todo o mundo amam a formiguinha e odeiam Bush.     

A nossa formiguinha, deve-se reconhecer, não pratica o bem de forma consciente, não tem livre-arbítrio. Isto pesa contra a qualificação moral de seu proceder, reduzido a mecânico reflexo de seu instinto.  Por outro lado, cabe perguntar: a formiguinha que pratica o bem, mesmo não tendo inteligência, não seria melhor do que Bush, que, tendo inteligência, embora pouca, pratica o mal?

A resposta depende de duas perspectivas sob as quais se apresenta a questão, que pode ser vista de ângulo individual ou social. Evidentemente cada um de nós preferiria ser George Bush a ser uma formiguinha. Ocorre que, do ponto de vista da sociedade, a formiguinha é útil, e Bush, nocivo: quantas vidas a nossa escolha desgraçaria! Este juízo, claro, não se aplica à sociedade que grassa como um cancro na Palestina ocupada, tampouco àquelas dos países centrais do capitalismo, onde o mal está coletiva e institucionalmente organizado. Essas têm parte no mal. Essas dividem a sociedade humana entre os que matam e os que morrem, estando sionistas e europeus entre os primeiros. Para o “resto” da humanidade, para a populosa China, para o molestado Irã, para o nosso sofrido Brasil a superioridade ontológica de Bush a par da formiguinha não o salva. A razão é muito simples: o animal Bush está acima da formiguinha na escala zoológica, mas justamente por seu status superior ele pôde representar o pior para a humanidade, voltando contra esta todo o poder do mal altamente tecnificado. A vida dele, um valor para ele mesmo, consiste em desvalor para a Humanidade.

Quem ou o que faz pior a humanidade não pode existir. O mal não pode dispor de poder. Por isso as camarilhas dominantes em Israel, na Europa e em Ianquelândia devem ser destruídas, antes que cumpram seus desígnios, de cuja malignidade a destruição do Iraque deu prova. Não se deve esperar que o mal complete a sua obra de choque e pavor.  O senhorio saxônio e todo o seu lacaiato, dentro e fora da Europa, querem estar no mundo assim como um rei em seu castelo. Neste, quem não for cortesão será um serviçal, e muitos serão os bobos da corte. De todo esse diabólico sistema que ameaça criar uma humanidade indigna de si mesma, Bush foi a encarnação, Obama é a máscara negra de humildade cobrindo a face branca do dominador, e Ianquelândia, a fortaleza a ser derrubada no soerguimento da espécie humana.  Assim, devemos concluir que Bush, bem diversamente da formiguinha, assimilou-se a um rato bípede à frente dos exércitos de roedores reunidos na Otan para saquear e oprimir povos e países desprovidos de defesa.

Se a severidade de uma pena deve corresponder à gravidade do crime a que se aplica, Bush não pode continuar vivendo. Ele, que vivo serviu a morte, morto servirá a vida. Quanto à nossa pacífica formiguinha, se alguém a vir na pia da cozinha, ou do toalete, não deve abrir a torneira.              


Autor: Chauke Stephan Filho


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