A utilização de Celulares e outros aparelhos móveis nas escolas: Avanço tecnológico ou dor de cabeça ?



É bem certo que nos dias atuais, “ninguém” vive mais sem celular, pois no corre-corre do dia-a-dia, as pessoas acabam não encontrando tempo para resolver seus problemas pessoais, devido ao desespero em que o capitalismo obrigatoriamente nos coloca e acabamos como escravos do mesmo, não sobrando tempo para quase nada.

A comunicação, como parte da informação, tem sido uma constante em nossas vidas, havendo assim uma enorme necessidade de se comunicar. Dentro dessa afirmativa estão algumas atividades que realizamos pelo telefone celular, notebook, Ipones, Iped, tablets entre outros aparelhos encontrados no mercado, numa variedade de modelos e preços acessíveis a quase todas as classes sociais, atividades tais como marcação de consultas em médico, salão de beleza, entre outras; ainda são disponibilizados serviços como operações bancárias, compras on-line, conversas on-line, que se encontram em um universo de atividades relevantes dentro do nosso cotidiano. Pontos que são vistos como positivos em meio a uma sociedade em constante crescimento tecnológico.

E AS CRIANÇAS ?

Será que existe mesmo a necessidade de colocarmos um aparelho celular nas mãos de uma criança ? A pergunta é um pouco polêmica, tendo em vista que muitos pais tem uma visão diferente desta questão, pois em meio a muitas violências que temos presenciado ao nosso redor e no acompanhar dos noticiários, o telefone celular acaba sendo uma ferramenta de comunicação, onde os pais conseguem se comunicar com os filhos  também saberem onde os mesmos se encontram em qualquer hora do dia, justificativa aceitável segundo a realidade violenta em que vivemos.Neste momento, podemos reformular a pergunta: Mas será que existe a necessidade de dar nas mãos de uma criança um Samsung Galaxy, que custa entre R$ 1.700,00 e R$ 2.000,00 ? Com funções como navegação pela web em alta velocidade, até oito horas de reprodução de vídeo ininterruptas. De maneira alguma, estamos aqui para afirmar que uma criança não seria capaz de utilizar todos os recursos disponíveis em um aparelho como esse, muito pelo contrário, queremos dizer que diante de um aparelho como esse, uma criança pode ficar “presa”, ou seja, novidades tão interessantes assim podem fazer com que uma criança perca o interesse nas mais variadas atividades disponíveis existentes para que uma criança possa fazer e desenvolver e cooperar para um crescimento saudável. Talvez sejamos os maiores defensores da tecnologia e seus avanços, mas precisamos a cada dia nos defender contra inúmeras novidades diante do comportamento das crianças. Ao mesmo tempo que pode ser uma excelente ferramenta para o desenvolvimento mental de uma criança,  estes recursos podem prejudicá-las e talvez com danos irreparáveis.

Poderíamos, através desse artigo colocar todas as reações adversas que o mundo cibernético pode causar em uma criança, mas queremos ressaltar aqui, como os educadores, instituições de ensino tem tratado essa questão?

Queremos, de forma bem conservadora deixar bem claro que escola é lugar de estudar, não sendo tão ignorantes a ponto de sabermos que nela também deve existir momentos de lazer. Aliás, temos uma visão que a metodologia de ensino aplicada em 99% das escolas já está ultrapassada. O lazer aqui colocado se refere ao lazer que traz ensinamentos, onde a criança tira o conhecimento e não simples lazer como um outro qualquer.

As instituições de ensino devem, de alguma forma tomar uma posição com relação a utilização desses aparelhos e o avanço tecnológico a que estamos expostos. Ou essas instituições proíbe a utilização desses aparelhos ou elas trazem para o lado educativo, mas o que temos percebido é que não existe uma posição com relação a essa questão.

Observem a seguinte lei:

“A Lei foi regulamentada pelo Decreto número 52.625 de janeiro de 2008, que prevê que:
Artigo 2º - Caberá à direção da unidade escolar:
I - adotar medidas que visem à conscientização dos alunos sobre a interferência do telefone celular nas práticas educativas, prejudicando seu aprendizado e sua socialização;
II - disciplinar o uso do telefone celular fora do horário das aulas;
III - garantir que os alunos tenham conhecimento da proibição.”

Fonte: http://www.vooz.com.br

 

Para concluirmos esse artigo, queremos deixar o nosso incentivo ao nosso país, que tem valorizado tão pouco a tecnologia e o avanço da mesma, embora tenhamos excelentes instituições de desenvolvimento e pesquisa nessa área e excelentes profissionais. É necessário que a tecnologia seja vista de forma diferente pelo nosso governo e que tenhamos regras e salários dignos para profissionais que atuam nessa área e que além disso a área da educação também seja extremamente valorizada. Se educadores ainda encontram problemas com esse tipo de recurso, porque não aproveitá-los para a própria educação? Professores são figuras passivas, meros espectadores nesse jogo que, sinceramente não sabemos onde vai parar e quando terá um verdadeiro cotrole.  

    Por Cláudio Marcos S. Soares


Autor: Cláudio Marcos Da Silva Soares


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