O Ensino através das Tecnologias



 

          O  Ensino através das Tecnologias

Com a chegada das novas tecnologias à sala de aula, o professor esta diante dos desafios que estas tecnologias irão desencadear. O importante nesse momento é o posicionamento critico que o professor deve ter diante delas, procurando identificar os benefícios e os malefícios que trazem, para poder utilizá-las da melhor maneira possível, contribuindo para um melhor aprendizado. Não há centro e sim centros, todos participam atualmente do processo de ensina-aprendizagem.

Oliveira (2000, p. 21) comenta que:

Vivendo em meio a diferentes conceitos do que viria a ser TE, caracterizados pela compreensão fragmentada do processo educativo e pela ausência de um modelo próprio e adequado à realidade socioeconômica brasileira, os educadores ligados a esta ares possam a buscar uma nova conceituação da TE, que tinha como norteador filosófico não apenas uma escola mais eficiente, mas sem um escola melhor parar as classes trabalhadoras. Compreendida assim, a TE poderia vir a ser encarada como algo a contribuir no processo de mudança da escola brasileira.

Essa nova TE, visa mudanças significativas no aprendizado como era digital, passa a ser mais dinâmico e a figura do professor assume outros aspectos não destacados com a oralidade e com a escrita, principalmente com a aproximação entre o professor  e o aluno, com a arrumação de sala de aula, onde o professor não fica mais sentado em um patamar mais alto que o aluno, como que evidenciando a superioridade daquele sobre este. O aluno senta-se frente ao computador e o professor circula pela sala de aula, auxiliando quando for necessário. Os alunos não ficam mais parados, olhando apenas para o professor e a conversa grupal torna-se importante para o aprendizado. O professor “sabe tudo” e o aluno como único aprendiz, típicos da oralidade e da era da escrita, não fazem mais parte da era digital.

Não basta os professores apenas possuir conhecimento técnico sobre as novas tecnologias intelectuais, mas compreender as novas formas de aprender e de transmitir o conhecimento.

Segundo Kuenzer e Machado (1986) apud Oliveira (2000, p. 10):

/.../ por ter sido visualizada como tendo um caráter racionalizador e sendo propulsora do aumento da produtividade, a TE passou a ser empregada dentro da escola como forma de garantir que esta se adequasse ao modelo de desenvolvimento econômico que buscava para cada pais. Um outro elemento merece destaque para se ter uma nova compreensão da escola publica refere-se à necessidade do desenvolvimento de uma tecnologia própria, voltada para nossa realidade, embasada no conhecimento das peculiaridades de nossos problemas e percebendo-os não como originários de disfunções internas ao aparato escolar mas como expressões da estrutura social existente.

Mediante tais colocações citadas anteriormente, o professor deve observar que as novas tecnologias intelectuais mudam a relação entre aluno e professor, contribuindo para um maior envolvimento sensorial de ambos, com o lado sensorial sendo desenvolvido, havendo uma mesclagem entre o racional e o sensorial. A função do professor passa a ser de um orientador para o aluno, ajudando-o na aquisição do conhecimento e não sendo o único possuidor do saber, o que não tem mais nada a aprender. Aluno e professor, agora são companheiros no ambiente educacional. Trabalham conjuntamente para que ocorra um melhor aprendizado. Não há centro e sim centros, todos participam ativamente do processo de ensino-aprendizagem.

As escolas que adaptarem as novas tecnologias como auxiliares no processo educacional, deverão ter o compromisso de capacitarem os seus professores, para que possam aproveitar todos os recursos pedagógicos que essas tecnologias oferecem e para que possam participar da elaboração dos programas “educativos” criados apenas por técnicos de informática, que pouco ou nada entendem de educação.

O uso de WebQuests no processo de ensino poderá estimular o interesse dos alunos, tornado-as participantes ativos dos seus próprios projetos, promovendo sua imaginação e autonomia, ajudando-os a organizar a informação e desafiando-os na resolução de problemas na vida real.

Penso, que dada a utilização de WebQuests por parte dos professores, será benefícios analisá-los de forma a perceber de que modo a avaliação é tida em conta a sua utilização. Tem como intenção, a analise critica do WebQuests, não visa a pretensão debruçar-se sobre sua organização dos conteúdos, mas sim de que forma provavelmente, terão novas visões. Sobretudo neste ultimo ponto, ou seja, de que forma a avaliação esta presente neste instrumento pedagógico.

Isso confirma que o processo de assimilação dos conteúdos, em consonância com o ponto de vista construtivista os alunos necessitam de muitos exemplos com muita informação e opinião sobre um determinado tópico, pelas quais eles possam navegar até construírem uma nítida compreensão que não só se relaciona com o conhecimento que possuíam anteriormente, mas também constitui um novo esquema cognitivo que provavelmente, vão melhorar quando retornarem ao encontro desse conteúdo em outras modalidades de ensino.

São essas potencialidades e limitações que fazem as WebQuests serem consideradas como instrumentos de real significado e segura à utilizá-las na internet, onde as matérias utilizadas são previamente selecionadas e, tendo em conta o público a que se destina, e que vão de encontro aos interesses dos alunos. Ampliam os espaços de aprendizagem para além da sala de aula, estimula a turma tornando os alunos participantes ativos dos seus próprios projetos promovendo a organização e sintetização da informação, devendo por isso ser construídas pelos próprios professores, pois estes conhecem os seus alunos e sabem quais lacunas a formatar

A obrigatoriedade da utilização de computadores com acesso à internet poderá funcionar como uma limitação bem como a possibilidade de o utilizador não encontrar um papel adequado à sua realidade; do ponto de vista do utilizador existe ainda a possibilidade de este não estar ainda familiarizado com o ambiente informático, tanto hardware como software, criando uma necessidade primária de informação do aluno vistas áreas antes da abordagem da WebQuest (op. cit., p. 4)

Difícil descrever com exatidão de significador que WebQuest propicia ao processo educativo, modernidade, produção e conhecimento, sem que eles nos levem a diversos significantes, ora por força das correntes de pensamentos,pelas quais temos a mais ou menos afinidades intelectuais e ideológicas, ora por força da própria pratica profissional que nos faz próximos dos alunos e dos procedimentos metodológicos que oferecem à cliente escolar.

Busca realmente integrar a utilização de uma metodologia baseada em problemas para o desenvolvimento de processos colaborativos suportados por ferramentas da Internet em ambientes educacionais, para entendimento do procedimento metodológico e importante, resgatar-se e discutir-se sobre escritas de Vygotsky (1994:2003) sobre o aspecto social da aprendizagem assim como o seu concerto Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP)que nos ajuda a entender a colaboração como forma de superar o desenvolvimento real e criar novas ZDPs.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

KUENZER, Acácia, Z. Exclusão Excludente e Inclusão Excludente: a nova forma de dualidade estrutural que objetiva as novas relações entre Educação e Trabalho. In: LOMBARDI, José C. et ali. Capitalismo, Trabalho e Educação. Campinas: Autores Associados, HISTEDBR. 2004.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. São Paulo: 34, 1993.

 

OLIVEIRA, Avelino da R. MARX e a exclusão. Pelotas, RS: Seiva, 2004.

VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. 4ª ed. São Paulo, SP: Martins Fontes, 1991


Autor: Claúdia Marisa Serafim


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