Em nome de Deus



Em uma de suas obras Freud fala do inicio das religiões: “Quando o Indivíduo em crescimento descobre que não permanecerá uma criança para sempre, que não mais terá proteção contra estranhos poderes superiores, assim, seu anseio por um pai constitui um motivo idêntico à sua necessidade de proteção contra as consequências de sua debilidade humana. É a defesa contra o desamparo infantil que empresta suas feições características à reação do adulto ao desamparo que ele tem de reconhecer — reação que é, exatamente, a formação do conceito de  religião”. A religião possui o poder de trazer essa sensação de amparo tem também o mesmo poder de coação física e moral que um pai tem sobre seu filho, essa coação moral é a fonte de todos os abusos que se pode imaginar dentro das religiões nos dias de hoje como se pode observar na mídia o nível de alienação das pessoas que delas participam, nas madrugadas é fácil ver a forma de pregação sempre voltada para a busca de valores financeiros em nome de uma remição de pecado ou curas milagrosas Podemos claramente observar que a religião nesses casos é utilizada para o enriquecimento de seus lideres, Esses líderes aproveitam também do fato de igreja ser uma instituição que não tem fiscalização da receita federal (art. 150 c.f), ou seja, não paga impostos.

A realidade da religião cristã protestante do Brasil é uma verdadeira Miséria religiosa.

Segundo Karl Marx: “A miséria religiosa é, ao mesmo tempo, a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o âmago de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. É o ópio do povo”. Sendo assim a situação religiosa hoje no Brasil está intimamente ligada a miséria cultural e política da qual vivemos, onde temos uma política desacreditada em uma mídia que dissemina uma cultura de massa vazia e sem moral, formando assim uma sociedade com baixa autoestima e que vive a procura de um remédio para soluções de seus problemas interiores e dificuldade que a vida impõe a todos, e sabendo da fraqueza intelectual dessa grande massa de manobra, os líderes religiosos que utilizando suas técnicas de manipulação psicológicas e em nome de Deus agitam grandes rebanhos para seguram suas condutas morais e regras que ferem princípios éticos outros artigos de nossa constituição federal como dignidade da pessoa humana, liberdade de expressão, e ferindo até o próprio inciso que o protege, que é não repeitando a liberdade de expressão de outras religiões que não seja a deles, como alguns anos atrás um “Pastor evangélico” apareceu chutando a imagem de nossa senhora aparecida em um programa de televisão.

Segundo pesquisa feita pelo IBGE  (instituto Brasileiro de Geografia e estatística ) mostra que os protestantes são 20,2% da população em 2011 e esse crescimento vêm gradualmente dês do final do século passado, mas não só as instituições religiosas protestantes são conhecidas pelos seus abusos em seus cultos, mas também algumas religiões africanas conhecidas pela cultura popular como “Macumba”, que como base de seus cultos sacrificam animais e algumas religiões que são mistura de religiões indígenas africanas e cristianismo utiliza de drogas alucinógenas como o mesmo poder alucinógeno de outras drogas como LSD, e como parte de seu culto eles servem essas drogas para todas as pessoa presentes incluindo as crianças, sem levar em conta os riscos que essa droga que para elas sagrada pode levar ao desenvolvimento mental destes jovens e crianças, como visto no caso do cartunista Glauco e seu filho que foram mortos por um integrante de uma seita que faz uso de uma droga alucinógena chamada Santo Dime que possui esquizofrenia que foi agravada por uso de drogas. 

 O inciso V l do artigo 5° da nossa constituição federal em seu texto diz: ‘é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. A meu ver, esse inciso deveria ser revisto para que a nossa população na seja vitima deste tipo de abuso que não fere apenas a dignidade das pessoas que mais necessitam de ajuda, mas a moral religiosa de toda uma sociedade que busca por um conforto que apenas a fé praticada com razão e ética pode nos trazer.

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Autor: Bruno Monteiro Barros De Souza


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