CARÊNCIA AFETIVA, O QUE É ISSO?



CARÊNCIA AFETIVA, O QUE É ISSO?

Afetividade é a capacidade de experimentar sentimentos e emoções.

No desenvolvimento da afetividade o recém-nascido possui um raio de conhecimento limitado, a começar pelo seu espaço vital que é muito restrito. Limita-se ao berço, de onde quase não sai, por causa da imobilidade, seus movimentos também são limitados.

O mesmo sabe pouco porque tem pouca coordenação de seus movimentos oculares, seus olhos não se fixam em ponto algum, mas isto é normal e à medida que ele se desenvolve vai aprendendo a se movimentar mais e a fixar os olhos nos objetos, no rosto da mãe e em outras pessoas.

O recém-nascido não é capaz de registrar e fixar na memória suas experiências, pois certas aprendizagens dependem do amadurecimento do sistema nervoso, e isso vai acontecendo aos poucos, de acordo com o desenvolvimento da criança.

O mundo fechado do recém-nascido satisfaz suas necessidades através da mãe, por isso a criança vê o mundo de acordo com o que ela recebe. O mundo será bom se as suas necessidades são plenamente satisfeitas, ou será mau se suas necessidades não são satisfeitas, o que lhe causará frustações.

O aleitamento materno fornece não só a satisfação ao estímulo da fome, mas também lhe fornece calor, afeto, carinho, atenção, amor e movimento rítmico variado de que ele necessita para seu desenvolvimento físico e emocional.

O nascimento é o momento sublime do encontro da mãe com o filho fora do útero. As relações mãe e filho são fundamentais nessa readaptação. A mãe precisa se adaptar à criança e a criança a mãe. É um período difícil para ambos. Tudo exige paciência e compreensão.

RELAÇÕES COM OS PAIS

Depois da primeira infância, a criança passa para uma situação feliz e a mãe também, é um período de paz com a autoridade materna e conquista o amor incondicional da mãe. É o período de ligação com o pai como a figura valorosa e corajosa que ele procura imitar. Quando falta o afeto e muito castigo é frequente, a criança fica sujeita a defeitos de personalidade como egocentrismo e incapacidade de autodomínio.

Existem os maus hábitos por causa de perturbações afetivas como chupar o dedo, roer unhas, dedo no nariz, mentira, furto e medo. A criança procura compensação nesses movimentos. Estes comportamentos aparecem quando a criança está se sentindo abandonada, cansada ou aborrecida. A mentira, o furto e o medo são causa de preocupação.

No principio a criança não distingue entre fantasia e realidade, mais tarde ela aprende a ter medo do castigo, desejo de aparecer ou prejudicar alguém. Sistema severo na família como acusações, leva a criança a mentir, a ter medo e a tirar escondido.

A criança bem tratada e compreendida, cercada de benevolência e sabendo que é amada, não tem necessidade de mentir ou furtar. O furto no começo, a criança não tem noção de propriedade, ela tira por gostar do objeto. Deve se inquirir as causas. Não se deve deixar que a criança fique com o objeto furtado. Restituir é importante. O furto doméstico implica hostilidade latente com os próprios pais quando adotaram comportamentos errados com os filhos.

Deve-se tomar cuidado na adolescência, pois muitas vezes a causa do furto pode estar ligada à causa a compra ou venda de drogas.

Portanto, há uma grande necessidade de afeto na primeira e segunda infância. Na carência afetiva, o desenvolvimento físico e mental sofre prejuízo. A carência afetiva pode levar à doença e à incapacidade de adaptação social. Quanto maior a privação do afeto menos socializada e mais introvertida será a criança. Crianças privadas de afeto dentro e fora do lar são fontes de infecção social.

OS FILHOS QUEREM COLO... SEMPRE!

Hoje em dia, os pais trabalham praticamente o dia todo, sempre com a mesma desculpa de querem dar aos filhos tudo aquilo que nunca tiveram, na maioria das vezes, eles estão conseguindo. Eles estão dando um estudo no melhor colégio, cursos e sempre cobrando boas notas, pois estão investindo muito.

Na maioria das vezes, os pais não têm mais tempo para os filhos, não conversam mais não fazem um carinho...

Os filhos, geralmente quando chega em casa, o que mais querem é o colo da mãe. Quando vai mal nas provas ou quando acontece alguma coisa ruim, querem colo.

Hoje tantos jovens são quase revoltados, pois, na maioria das vezes, eles estão querendo chamar a atenção, ser notados... Só no lugar errado e de forma errada, ou seja, na rua e com violência.

Os pais devem repensar em suas atitudes para com seus filhos e perceber que o tempo e o amor são os melhores investimentos que podem fazer pelos filhos. O resto é consequência. Nada é mais importante que estes meios essenciais para a felicidade dos filhos. E, sem dúvida, só assim, os pais podem também ser felizes com a consciência tranquila de ter cumprido bem a missão de pais.

AUTOESTIMA

Estudos têm demonstrado que aquilo que os estudantes creem acerca de si mesmos e de suas habilidades contribui também para o sucesso ou fracasso acadêmico.

Há diferença entre autoconceito e autoestima. O autoconceito é um dos constructos centrais de várias teorias da personalidade. Estas teorias focalizam o desenvolvimento do autoconceito a partir das experiências sociais por meio das quais a criança adquire a autoconsciência aprendendo a noção de si mesma, da própria individualidade.

Autoestima é um julgamento pessoal de valor que se expressa nas atitudes que a pessoa mantém em relação a si mesma. Amente influencia nosso corpo nas atitudes e comportamentos.

I-             A FORMAÇÃO DA AUTOESTIMA

  A família é a primeira escola responsável pela formação dos filhos. A escola é o segundo lar. Para formar uma levada autoestima nos filhos, os pais têm que estar bastante preparados-amadurecidos e conscientes para fazerem as coisas certas. As palavras dos pais e professores têm grande poder sobre as crianças.

As atitudes firmes dos pais e professores servirão de exemplo para que filhos e alunos os imitem. Eles são espelhos em que as crianças se miram. As palavras têm que ser ditas na hora certa.

Pais e professores são as pessoas SIGNIFICATIVAS para as crianças, por isso suas palavras têm poder de vida e de morte sobre elas. As crianças estão acostumadas a ouvir a palavra “não”. “Não corra”, “não mexa”, etc.

Geralmente, as crianças tendem a fazer exatamente o contrário do que os pais querem, por isso, para corrigir e mudar as atitudes “negativas” das crianças, os pais devem também mudar a maneira de falar com elas. Em vez de  “não grite” ( o que nós falamos também gritando.. ), digamos: “Vamos falar mais baixo?”. Em lugar de dizermos “Guarde já os brinquedos...”, digamos: “Vamos guardar os brinquedos agora?”.

Damos as mesmas ordens, usando as mesmas palavras, só que outro tom. A criança vai aprender a ouvir e a obedecer melhor se as ordens forem dadas de maneira positiva.

DAR RESPONSABILIDADE

Crianças gostam de ser úteis. As fases do desenvolvimento apresenta o conflito inferioridade x produtividade, mostrando a importância de estimular e ajudar a criança a aprender “fazer coisas” para desenvolver o sentido de produtividade nas crianças para que elas possam realizar-se úteis, tornando-se futuro uma pessoa produtiva e útil à sociedade.

Usar elogios sempre que possível, sem exageros. Os elogios sinceros “aumentam a autoestima e a autoconfiança” da criança, aumentando sua capacidade de enfrentar os desafios.

A formação da autoestima deveria ser trabalhada na escola desde o começo. As escolas deveriam, de fato, interessar-se pela introdução dos princípios da autoestima em seus currículos. A escola é o segundo lar da criança. Se as aprendizagens na escola entrarem em choque com o que é ensinado em casa surgirão conflitos na mente da criança que prejudicarão o desenvolvimento de autoestima.

II-            O QUE GERA UMA BAIXA AUTOESTIMA?

As crianças são suscetíveis de desenvolver autoestima elevada ou baixa, dependendo do ambiente em que vivem. Nathaniel Branden, em O poder da autoestima, apresenta alguns empecilhos ao desenvolvimento de uma elevada autoestima como: Transmitir a noção de que a criança não é suficiente (apontar só os erros); Dar sermão quando a criança manifesta sentimentos inaceitáveis; Ridicularizar e humilhar a criança; Criar filhos sem limites ou com regras contraditórias e confusas, inflexíveis e opressivas; Aterrorizar a criança com violência física ou a ameaça de praticá-la incutindo medo na criança.

A mente da criança está em formação. Ela vem ao mundo com a mente limpa para ser formada. A criança pode começar a “imprimir” nas páginas de sua mente desde o ventre materno.

Uma das causas de baixa autoestima é o sentimento da REJEIÇÃO. Quantas crianças foram rejeitadas antes de nascer, tendo como causa uma gravidez indesejada. Outro tipo de rejeição acontece quando pais ABANDONAM os filhos dentro do próprio lar. Isolam-nos com palavras e atitudes, gritam, enxotam-nos e xingam.

As crianças que ouvem sempre estas imprecações nos primeiros anos de vida dentam de sua casa ou na escola, que tipo de autoestima formará? Muitos pais e professores não têm noção do quanto prejudicam a vida de seus filhos ou alunos através das palavras insensatas, impensadas e pesadas que atiram sobre as crianças.

III-         COMO ELEVAR A AUTOESTIMA

Nenhuma pessoa tem que permanecer com sua autoestima rebaixada, mas que o quadro pode ser revertido. Se o homem é aquilo que pensa, ele pode mudar seus pensamentos sobre si mesmo, modificando sua vida para melhor.  

Há conceitos para mudar a baixa autoestima em elevada autoestima como: Livrar-se do autoconceito negativo e do comportamento autoderrotista; Livrar-se da culpa; Viver com autoaceitação; Ser autentico nos relacionamentos; Assumir responsabilidade pela própria felicidade e parar de culpar as outras pessoas e os fatores externos; alimentar a autoestima dos outros; Encontrar coragem de amar a si mesmo e entender que tem direito de fazer isso.

Muitas pessoas têm dificuldades para seguir esses conceitos, mas não têm também plena confiança no poder de Deus. Para estas pessoas é necessário buscar auxílio terapêutico que posa ajuda-las a confiar em Deus e aprender a confiar em si, o que trará mudanças para melhor em sua vida.

Bibliografia: Amantino Adorno Vassao—“Mesmo Nas Tempestades”

Caio Fábio Araújo Filho – “A cura Das Feridas Interiores”

Nathaniel Branden __ “Autoestima e Autodescoberta’; O Poder Da Autoestima”.

Negócios e Festas- Luiza Miranda- Editora Autêntica- Belo Horizonte

     Coordenadora de Promoção: Ailders Pereira

 

 

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