JORNAL NA SALA DE AULA



ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

ESCOLA ESTADUAL VINÍCIUS DE MORAES

 

 

ARTIGO: JORNAL NA SALA DE AULA

 Proposta e execução da Equipe do Programa Mais Educação

CARLA DAIANA DE SOUZA BRUZAROSCHI (Informática)

FRANCINEIDE GERALDO DA SILVA (Leitura e Matemática)

TARCIZA MARIA FERREIRA LIMA (Coordenação do Programa)

JORNAL NA SALA DE AULA

 

INTRODUÇÃO

Atualmente a tecnologia , através dos seus vários instrumentos de mídia tem apresentado à sociedade um grande volume de informações. Como veículo de divulgação utiliza o rádio, a TV, a internet, os CD-ROM, as revistas, jornais, livros entre outros. Cada qual com seu objetivo definido de acordo com sua clientela que por sua vez filtra os canais e até mesmo as informações na busca do seu crescimento intelectual.

Como maneira de diversificar a forma de aprender e ensinar, a Escola aderiu a estas tecnologias. Professores trabalham as informações de acordo com seu plano de trabalho, procurando desenvolver junto aos seus alunos as habilidades de criticar, de sugerir, de ler, de interpretar e até mesmo de escrever sobre o assunto. São habilidades indispensáveis nessa sociedade em que tudo envolve muita interpretação.

O professor como mediador tem papel fundamental na articulação destas informações, principalmente na filtração para o uso na educação. A busca através da pesquisa proporciona muitas descobertas, principalmente quando os mesmos produzem as suas próprias informações. Alunos resgatam sua auto-estima ao descobrir que sua produção pode ser trabalhada por outros colegas, valorizando ainda mais a sua produção. O trabalho com informativos ou jornais escolares são exemplos de produções significativas que vem ganhando campo em muitas escolas, principalmente por possibilitar um universo de abordagens.

O projeto “Jornal na Sala de Aula" da Escola Estadual “Vinicius de Moraes” visa proporcionar informações institucionais e educativas a toda comunidade, onde a finalidade principal está em despertar a produção e participação direta dos alunos, desta forma desenvolvendo os mais variados tipos de habilidades.

DESENVOLVIMENTO

A iniciativa de trabalhar com jornal parte do contexto de leitura e pratica pedagógica na sala de aula em que cada aluno desenvolve aptidões diferentes.

Levando em consideração o ambiente escolar propicio para produção textual e com isso devemos nos apropriar dos meios de comunicação que mais circulam entre os nossos alunos.

Considerando o jornal em meio de comunicação barato, acessível de linguagem fácil e de interesse  geral por parte dos alunos em determinado contexto.

Tendo em vista a quantidade de gêneros textuais que compõem o corpo do jornal é imprescindível que a leitura será criteriosa, pois o jornal é apenas um suporte onde se organizam tais gêneros, cada deles com sua peculiaridade.

Portanto, trabalhar os textos jornalísticos na sala de aula é uma tarefa compensadora e eficaz porque o jornal, como fonte primária de informação (FARIA, 2005) pode ser considerado um dos mais importantes instrumentos de comunicação entre alunos e professores, a escola e sociedade. Informar os leitores de assuntos que fazem parte do seu contexto certamente despertará a curiosidade dos leitores envolvidos, principalmente se essa comunicação abordar princípios pedagógicos e de conhecimentos. A interpretação, a produção, os erros ortográficos e gramaticais, a falta de criatividade são fatos que preocupam a educação atualmente, mesmo com tantas inovações metodológicas, a forma com que o sistema avalia nossos alunos continua a mesma. As avaliações que medem os índices de níveis de aprendizados cobram muito a interpretação e a produção. Conseqüentemente professores buscam na medida do possível trabalhar vários tipos de linguagem textual para tentar amenizar os índices. Um jornal como recurso didático possibilita o trabalho com diversos textos, além de despertar nos alunos habilidades como: pesquisar, produzir, criticar, interpretar, discernir, corrigir, etc.

    Segundo TAJRA (2001: 137), “A produção de textos é um dos componentes mais importantes para a consolidação de nossos conhecimentos. Quem se expressa, expressa-se em função de alguma situação e finalidade; quem conclui desenvolve uma visão critica sobre algo”.

A LEITURA DO JORNAL E SUAS PARTICLARIDADES

 O jornal também proporciona um trabalho interdisciplinar, já que na elaboração do roteiro poderÃO ser distribuídas editorias de outras áreas, além do português. Qualquer produção exige do produtor uma prévia preparação e pesquisa, essa sistematização desperta as habilidades, resgata a auto estima e participa à comunidade os fatos e trabalhos desenvolvidos na escola.

Elencamos alguns dos principais objetivos que nortearam a execução desse trabalho:

  • Utilizar a produção do jornal para informar, comunicar, integrar e amenizar os problemas relacionados à composição textual;
  • Orientar a leitura dos cadernos do jornal e as principais características;
  • Discutir as funções de cada parte do jornal;
  • Analisar a estrutura do texto jornalístico;
  • Envolver os setores e os segmentos da escola num processo de interação, buscando a efetivação do trabalho interdisciplinar e a aplicação da informática na educação.
  • Desenvolvendo habilidades que venham trazer informações construtivas de nível institucional e educacional à comunidade escolar da Escola Estadual "Vinicius de Moraes”.
  • Provocar o senso – critico do aluno para questões sociais, culturais e políticas;
  •  Compreender os diferentes discursos jornalísticos em cada contexto social;
  • Conceituar as partes do jornal para maior entendimento do que cada contexto veicula.
  • Aprofundar conhecimentos sobre temas transversais;
  • Proporcionar ao aluno condições para construir conhecimento frente a situações específicas;
  • Utilizar instrumentos e informações proporcionados pela tecnologia;
  • Concretizar o trabalho interdisciplinar, envolvendo as disciplinas, seus professores e alunos;
  • Comprometer e envolver os diversos segmentos da comunidade escolar na criação, elaboração e edição do jornal;
  • Oportunizar ao aluno a experiência de montagem de um jornal.

Incentivar a leitura partindo do interesse do aluno;

     ESTRATÉGIAS DE LEITURA E COMPREENÇÃO

A leitura do Jornal na Sala de Aula apresenta teoricamente uma estratégia de aprendizagem significativa, tendo em vista os tipos de textos que nele circulam.

No momento em que se analisa o jornal, a folha de rosto, ou seja, a pagina de abertura é composta por manchetes, editorial, expediente, principais noticias e quais cadernos ou paginas se encontram. Alem da linha fina que aparece abaixo da manchete principal, tendo como função explicar a manchete.

Há ainda o título, slogan, tiragem, preço, data e hora em que as ultimas noticias foram editadas.

Cada uma dessas partes cumprem determinada função e como tal devem ser estudadas.

Ao apresentar o jornal e seus cadernos vários gêneros estão dispostos de maneira concatenada; para que tenhamos maior clareza faz-se necessário conhecer como se estrutura o artigo de opiniões, a entrevista, horóscopo, a previsão do tempo, os classificados, anúncios e propagandas, infográficos e ainda mais legendas das noticias e colunas sociais.

Como cada um desses gêneros têm sua particularidade, sua forma de organização, uso dos tempos e modos verbais é a função a que eles se destinam, como informar, comprar, vender, denunciar, entreter e etc.

O desenvolvimento do projeto terá inicio com a escolha do grupo de trabalho, que poderá ser ou não fixo, podendo ser flexível a cada edição. Será atribuído um nome ao jornal escolar, através de sugestões de alunos da escola e avaliada por votação e equipe de professores e integrantes da equipe do jornal, depois a definição e distribuição das editorias abordadas.

Observando que estas deverão ser redefinidas a cada edição de acordo com o contexto e tema escolhido. E que todas as editorias podem ter ou não a participação de alunos que não fazem parte da edição do jornal.

A pesquisa e produção serão trabalhadas com professor de português responsável.

Em seguida inicia-se a fase de esquematização e designer no laboratório de informática, também com professor responsável. Nessa etapa do projeto serão definidos pelos alunos envolvidos, os padrões, modelos, letras e cores. Só depois de revisado os textos é que será iniciada a digitação do trabalho.

Para finalizar, o projeto terá  uma  nova  revisão  seguindo  a  última  fase,  a  de impressão.

Nesses termos podemos concluir que a leitura do jornal não é apenas passar os olhos pela folha impressa, mas antes de tudo compreender definir o que ele realmente quer dizer.

     CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista a avaliação como processo de aprendizagem entendemos que não ha como organizá-la dissociada do contexto.

Ela se dá no “chão da escola” no envolvimento recíproco em que alunos e professores, os principais autores envolvidos se redescobrem, reformulam e redirecionam em sua pratica de ensino aprendizagem.

Quando o professor lê o aluno ouve ou quando a ação é inversa ambos se apropriam de um privilégio onde a aprendizagem é uma via de mão dupla.

Enfim, ensinar aprendendo e aprender ensinando constitui a grande riqueza da avaliação.

Como o trabalho passa por várias etapas de revisão, será observada em cada grupo de trabalho a participação ativa em todas as  tarefas desenvolvidas, em  todas as revisões e visitas no laboratório.  

Ao trabalhar caminhos percorridos para a solução do erro  (sem saber que errou)

conseguimos encontrar as falhas e corrigí-las sem que ofenda o aluno e/ou diminua sua

auto-estima, desta forma incluir e não excluir nossos alunos.

Toda construção acontece pela verificação e depuração de caminhos.

Ao avaliar, não queremos medir conhecimentos, mas verificar falhas  em  nossa

prática  mediadora e tentar outros métodos e metodologias que nos ajude a corrigí-las

à tempo.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação Orientações Curriculares: Área de Linguagem: Educação Básica./ Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso. Cuiabá: Defanti, 2010.

Orientações Curriculares Educação Básica Mato Grosso. Cuiabá: Defanti, 2010.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – TERCEIRO E QUARTO CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: LÍNGUA PORTUGUESA. Brasília, Secretaria de Educação Fundamental MEC, 1998.

FARIA , M.A. O jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2000 .SANTOS, M.L. A expressão livre no aprendizado da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 1993.


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