ZUMBIS EM MANAUS - EPISÓDIO 5



Zumbis em Manaus – Episódio 5
Terça-feira, 13h15min
    
James sentou-se à sua mesa de trabalho e entrou na Internet. O Mundo inteiro queria saber o que realmente acontecia na Moldávia. Ali no Tribunal, porém, as pessoas se dividiam entre as que acreditavam que nada de verdade estava acontecendo e as que, mesmo acreditando que alguma coisa errada acontecia do outro lado do planeta, não achavam que o que quer que estivesse acontecendo em Duba..., Duba o quê?, poderia afetar as suas vidas.
Não era esse o caso de James, nem de seu amigo, Elvys, com quem almoçara uma hora atrás. Assim como James, ele estava se preparando para o pior. Disse, inclusive, que já havia encomendado uma pistola de um amigo da polícia. Também já começara a estocar mantimentos. A dica boa foi onde comprar purificador de água, em pastilhas.
Na Internet, pouca coisa nova. James reviu algumas imagens. Era assustador! Loucos, assassinos, canibais, zumbis, o que eram afinal? Seria alguma espécie de doença, alguma infecção?  Como era o contágio? Chegaria ao nosso país? À nossa cidade? O que as pessoas fariam? Havia cura?
Sem respostas, James procurou agir como os colegas, e concentrou-se no trabalho. Às sete, ele estaria em casa e poderia pensar no que fazer. Era ano eleitoral, o que significava que havia muito trabalho a ser feito. Não que não houvesse trabalho nos anos sem eleição, mas em ano par tudo era mais corrido. James era um servidor experiente e sabia que não importava se havia eleição ou não, pois nos anos ímpares, cabia ao Tribunal tentar corrigir as “cacas” efetuadas nos anos pares. E sempre havia muita “caca”.
Seus pareceres não fluíam, e o dia parecia se arrastar. Lá fora, estava tão quente que o salto alto dos sapatos das mulheres afundava no asfalto vagabundo das ruas do Aleixo. Era possível ver pela janela. Ele pensou em Jane. Eles trabalhavam juntos até pouco tempo atrás, mas ela havia passado em um concurso para um cargo melhor remunerado. Jane sempre dava um jeito de ganhar mais que o marido, era brochante.
“Se ela não fosse tão durona...” James já havia chegado à conclusão de que a casa dos pais de Jane era bem mais segura que seu apartamento, mas ele ainda não estava preparado para enfrentá-la, não depois do que aconteceu...


Autor: R. L. Galiza


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