Crítica A Crise Internacional



Quem sabe agora a teoria socialista de Karl Marx não seja reavaliada pelo mundo com maior entusiasmo, em sinal de repudio ao capitalismo especulatório, consolidado ao longo de séculos pelas "revoluções" industriais? Poder-se-á, depois de muitos anos, conglaturar-se os irmãos Grácon com o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel, equivalente ao Nobel da Paz, ou quem sabe invejar a figura de Fidel Castro, por defender uma política distante do capitalismo mundial? Não seria idéia ruim para um mundo "perdido". Até então, não se tinha notificado uma crise tão avassaladora como aquela que ocorrera em 1929, quase oitenta anos atrás. A culpa não é tão somente dos soberanos Estados desenvolvidos, chamados de primeiro mundo, mas, estrondosamente dos Estados e dos especuladores financeiros, insaciáveis em obter "rios" de dinheiro através da desgraça dos mais pobres. Como de praxe, nada mudou, continua a mesma coisa, afinal, nada de se concretizar os ideais de Igualdade, liberdade e fraternidade tão propagado pela bandeira da Revolução Francesa.

Em 1929, o Brasil era quase que totalmente agrário, existia, contudo, algumas pequenas indústrias chamadas de "fundo quintal", pelas suas primarias técnicas industriais. Imperava-se na época a política do café, das exportações, da submissão nacional, da colonização por "tabela". Se os estrangeiros se interessassem em comprar a produção nacional, os proprietários lucravam bastante e montavam suas fortunas em plantações de café. Contrário a isso, "torravam" suas economias, voltando à estaca zero. Sabe-se que a política internacional sempre manipulou a política brasileira, mesmo antes da família real aqui chegar, determinando os valores das nossas mercadorias, dos impostos de importação (II) e de exportação (IE), como também, a mão de obra que seria usada pelos produtores. Basta lembrar que o término da "escravidão negreira" deu-se também pela pressão da Inglaterra ao Império brasileiro.

No início do século XX, os investidores mundiais tentavam dá maior efetividade ao capitalismo, incentivando, os paises subdesenvolvidos, a construir uma nova forma de "feudalismo"-grandes porções de terra, matéria prima em escala e produção direcionada ao mercado internacional. Os investimentos capitalistas giravam em torno desse sistema, chamado Plantation. Por exemplo, os investidores internacionais compravam antecipadamente toda a produção, manipulando os preços das mercadorias para obter lucros altissímos. Nesse momento já era perceptível uma significativa mudança de fases no capitalismo- da fase industrial para a especulatória – escravizando muito mais os Estados subdesenvolvidos. Passou-se, então, de uma exploração individual a uma exploração globalizada, ou seja, os investidores não direcionavam apenas as mercadorias que os produtores produziriam, mas, também,os valores das mercadorias nacionais, já que esse sistema de plantation foi adotado por diversos países, tendo assim grande quantidade de produtos, o que necessariamente baixa o preço das mercadorias. Seria o meio mais eficaz de se explorar os mais pobres, sem que fosse necessário participar do trabalho sujo. E a execução do sistema plantation, diga-se de passagem, se perfazia com "bom jeitinho" da nossa gente.

Às vezes é de se questionar como um país tão desenvolvido como os Estados Unidos da América, a grande potência mundial, sentem-se ameaçado por uma crise econômica de alguns bancos e investidores. Um país com bastante meios de controlar a sua economia, devido ao grande poder aquisitivo da sua população, tem recursos suficientes para injetar moeda no mercado, estabilizando os preços dos imóveis e renegociando as dívidas imobiliárias. Não se pode entender o "porquê" de tanta demora em controlar a sua economia.

A grande potência, presume-se, teria dinheiro suficiente para cobrir as supostas crises dos bancos e investidores internacionais, com bastante previsibilidade, sem que houvesse necessidade de pedir ajuda a França ou a Inglaterra. Frente a estas percepções, mostra-se que o grande elefante branco está bastante debilitado e sem controle dos seus movimentos.

As guerras do Afeganistão e do Iraque afundaram o Estado Americano, todavia, enriqueceram os grandes empresários bélicos. Voltando a questão do Iraque, este foi invadido com o intuito de que as suas reservas de petróleo tornassem dos Estados Unidos um dos maiores contoladores do mineral no mundo, não tendo assim que se preocupar com os gastos das guerras.

Volta-se a questão, como um país tão grande e poderoso não tem controle de seus atos, de sua economia, de seus gastos, de sua política e de sua segurança (observação ao atentado de 11 de setembro de 2000)? Chega-se a hora da "pax romana", momento em que não há mais controle de suas ações, e a única saída é dizer ao mundo que se vive em uma paz... Por tudo isto, questiona-se muito o poderil norte americano, até onde ele é verdade? Chega-se, até mesmo, a colocar-se em "Xeque" a grande dúvida que se paira no ar: Será que os norte americanos pisaram realmente na lua? Será que existe uma defesa nacional preventiva? Será que a economia desse país é tão solida assim? São questionamentos como esses que amedrontam os investidores mundiais, e, indiretamente, enfraquecem as economias do terceiro mundo.

Provável que as perguntas feitas no parágrafo anterior prevaleça a negatividade. É necessário entender que essa crise não é somente dos Estados, mas dos especuladores. Dos Estados, por não controlarem as políticas de especulações cambiarias e colocar um freio nessa política capitalista suja, sem que os investimentos fossem direcionados para os setores certos. E dos especuladores, por quererem ganhar dinheiro na manipulação dos mercados mundiais.

Pode-se entender que tanta pose dos Estados Unidos não significa muita coisa. A máscara de uma boa aparência pode esconder mistérios de um grande fracasso. Tem-se uma aparência de leão, quando se veste com a bandeira vermelho e branco. Contudo, não passa de uma pequena, frágil e dócil gatinha, metendo medo nos verdadeiros leões da Ásia, os quais habitavam a Macedônia, permanecem vivos na crescente economia da China, na "corrida armamentista" da Coreia do Norte, na importante tecnologia japonesa, na belíssima cultura Indiana e nas maiores jazidas de petróleo da Arábia Saudita.

Voltando-se ao Brasil. Há uns seis anos atrás, encontraríamos a economia brasileira muito mais abalada do que atualmente. Não que eu esteja privilegiando o atual governo, todavia, tem seu devido "meritum". A política brasileira vive dias melhores, mesmo com tantas perturbações mirabolantes da economia mundial, afinal, o país não está entregue mais nas mãos do FMI como há seis anos. O presidente da República era apenas chefe de Estado, já que a chefia do governo pertencia ao FMI. Era como se o nosso país vivesse em um regime "economista-parlamentarista", ou seja, a chefia do governo estava entregue a uma organização Internacional, sediado nos Estados Unidos da América, fazendo-se presumir que o nosso país obedecia às ordens do "Tio Sam". Nestes termos, reafirma-se uma grande melhora da política econômica atual.

Afirmar, neste instante, a urgência de uma política internacional de subsistência, aplicando-se recursos nas áreas mais debilitadas do mundo, seria alcançar o êxtase da sabedoria milenar. A lógica de Descartes nos leva a acreditar que a política neoliberal, adotada no Brasil pelo Ex- Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, não foi o mais adequado comportamento de um líder sábio. Por exemplo, no instante da privatização de uma empresa nacional, o país entrega o controle da "economia" a empresas privadas, por míseros "trocados". E no momento de crise destas empresas, o país injeta bilhões nos cofres dessas empresas, indiretamente fortalecendo os investidores internacionais, ou seja, devolvendo-lhes as quantias, com juros e correções, que outrora foram pagas nas mesmas transações de compra e venda das estatais, revelando que os líderes são meros prodígios da soberana nação.

A injeção de dinheiro na economia mundial tem por intuito principal mostrar que as dívidas são negociáveis, tranquilizando os investidores mundiais perante a suposta "quebra" da economia mundial. Em segundo, tem o intuito de sanar as altíssimas cifras perdidas num mercado de incertezas. Diga-se isso em comunhão com o que outrora revelado pelo Senado norte- americano.

Estamos presenciando, brilhantemente, o "naufrágio do Titanic", numa certeza de que são imprescindíveis novos investimentos para os exploradores dos mares, afinal, nada melhor do que descobrir novas rotas para as Índias, e assim, reavivar a economia mundial.

É chegada à hora de concordarmos com a tese do "capitalismo subsistente", ou seja, o socialismo às avessas, já que a Roma Moderna chegou ao seu ápice e tenderá a voltar ao pó. Como diz o velho brocardo: "VEIO DO PÓ AO PÓ VOLTARÁ". Queira Deus que os Napoleões Bonapartes, governantes dos evoluidos países Ásiaticos, não invadam os Estados Unidos, pois o Brasil não aceitará, em momento algum, a família real norte americana no comando da nossa nação. Qualquer presente de grego cabe o rejeite!

Que as terras não se abram derrubando os ricos sobre os pobres... Salve o Brasil!!!


Autor: Diego Bruno de Souza Pires


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