Angústia



Já faz quarenta e quatro anos. Alguns brasileiros nem pensam em voltar para aquela época. Alguns estudantes aprendem que a ditadura militar no Brasil foram inúmeras tentativas de golpes militares contra Juscelino Kubitschek e vice-presidente João Goulart e evitar a instalação de um governo totalitário comunista no Brasil. Houve um retrocesso tanto na educação quanto na mídia.

Os "calados" – ao relembrarem daquela época – sentem ódio do governo - e mais ainda, por estarem censurados e não poderem ajudar seus conterrâneos. O Brasil ficou mudo perante o governo. Nossa sorte é que eles voltaram. E melhor. Absorveram ao máximo da ciência dos outros países e descarregaram em nós, conteúdos essenciais para a formação de um novo estilo de música, literatura, pensar, agir e parte da cultura que persiste até hoje.

Medo, instabilidade e muita dificuldade em comprar comida, o dinheiro era escasso e o desemprego assolava maioria dos brasileiros que ficaram. Entretanto, a pior época foi o governo do general Emílio Garrastazu Medici. 1969 até os meados de 1973 - aproximadamente, também conhecido como "anos de chumbo". A censura e o exílio foram colocados em prática. A rede Globo de televisão era a principal aliada da Ditadura, avisava as classes "desfavorecidas" que tudo estava bem....

Geraldo Vandré. Tim Maia. Foram virtuoses retraídos pela ditadura militar. Com o periódico "O Pasquim", Ziraldo foi contra ao regime – o que levou sua prisão. O velho mundo foi um berço para os exilados, pois lá eles entraram em contato com outra cultura – já que alguns países estavam avançados intelectualmente.

Houve um milagre econômico no meio desse caos! O PIB do Brasil crescia a uma taxa de 12% ao ano, enquanto a inflação orçava 18%. Com investimentos internos e empréstimos provenientes do exterior, o país avançou. Os investimentos trouxeram milhões de empregos pelo país. A grandiosa obra desta época foi à construção da Rodovia Transamazônica e a Ponte Rio-Niteroi. O crescimento teve um custo alto e deveria ser paga no futuro. Os empréstimos estrangeiros geraram uma dívida externa elevada.

João Figueiredo adianta na redemocratização. Ele legisla a Lei da Anistia – ou seja – os "recatados" voltaram. Em 1979, o governo aprova uma lei que restaura o pluripartidarismo. ARENA muda o nome para PDS, MDB (partido abrigando os opositores do regime militar) para PMDB; outros partidos foram criados, tais como PT e o PDT. O general foi candidato a presidência da república escolhido pelo seu partido, jurando fazer deste uma democracia. "Plante que João garante", slogan do programa incentivo a agricultura, criado por Antônio Delfim Netto – ministro do planejamento. Esta reflete atualmente, sendo o Brasil um dos melhores exportadores agrícolas do mundo. Os preços dos alimentos básicos caíram naquele período, alimentando grande parte da população carente, que até então não tinham condições de comprá-los.
Depois do seu governo, João afastou-se decididamente da vida política. Fez sua famosa "declaração de despedida", concedida ao jornalista Alexandre Garcia para a extinta "TV Manchete": "Bom, o povo, o povão que poderá me escutar, será talvez os 70% de brasileiros que estão apoiando o Tancredo. Então desejo que eles tenham razão, que o doutor Tancredo consiga fazer um bom governo para eles. E que me esqueçam."

Tancredo Neves. Foi eleito presidente do Brasil em 1985. Recebeu 480 votos contra 180 de Paulo Maluf. Sua vitória foi recebida pela população e é apresentada atualmente como uma das mais complexas e bem-sucedidas operações políticas na história política do Brasil. Com a morte do Tancredo, assume o vice - presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil - cuja é válida até hoje...


Autor: Gabriel P


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