HIPERTENSÃO ARTERIAL E OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA



HIPERTENSÃO ARTERIAL E OBESIDADE NA ADOLESCÊNCIA


Camila Carvalho de Oliveira1, Jamille de Paula Santos de Oliveira2, Josuela Maia Diógenes3, Quíssila de Souza Santos4, Robercia Maria Dias de Brito5.

RESUMO
A obesidade é uma doença crônica, podendo ser de fatores genéricos, hereditários, ambientais e psicológicos, onde a ingestão alimentar é superior ao gasto energético, sendo considerada uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno com aparecimento principalmente na adolescência. Este estudo tem como propósito informar e mobilizar os leitores mostrando de forma clara e significativa o quanto a obesidade pode acometer de forma negativa na vida das pessoas, como existem maneiras simples de prevenção acarretando numa melhor qualidade de vida. Visto que a maioria dos casos de adolescentes obesos e hipertensos é desencadeado por fatores externos principalmente pela má alimentação, a possibilidade de correção das ações para prevenção e solução do problema engloba não somente o individuo obeso, mas, todos a sua volta.


PALAVRAS-CHAVES: Obesidade, Hipertensão Arterial, Adolescente.

ABSTRACT
Obesity is a chronic disease and may be of general factors, genetic, environmental and psychological, where food intake is greater than energy expenditure, and is considered one of the most prevalent diseases in the modern world with onset primarily during adolescence. This study aims to inform and mobilize readers showing clearly and significantly as obesity can negatively affect people's lives, as there are simple ways to prevent resulting in a better quality of life. Since most cases of obese and hypertensive is triggered by external factors mainly by poor diet, the possibility of correcting actions for prevention and solution of the problem involves not only the obese individual, but everyone around you.

KEYWORDS: Obesity, Hypertension, Teen.



_________________________________
1Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado ? Faculdade São Francisco De Barreiras- FASB
2Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado ? Faculdade São Francisco De Barreiras- FASB
3Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado ? Faculdade São Francisco De Barreiras- FASB
4Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado ? Faculdade São Francisco De Barreiras- FASB
5Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado ? Faculdade São Francisco De Barreiras- FASB

  1. Introdução

A obesidade é uma doença crônica, podendo ser de fatores genéricos, hereditários, ambientais e psicológicos, onde a ingestão alimentar é superior ao gasto energético, sendo considerada uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno com aparecimento principalmente na adolescência. Nessa faixa a ingestão de álcool, uso de drogas ilícitas, perca de sono, tabagismo e principalmente a má alimentação devem ser consideráveis como possíveis causadores da obesidade.

Hoje em dia é amplamente reconhecido que o sedentarismo onde frequentemente os adolescentes substituem as atividades físicas pelo hábito de assistir TV, jogar vídeo game, a ingestão baixa de alimentos saudáveis dando preferência a alimentos industrializados, fast food, são importantes fatores que desencadeiam a obesidade e hipertensão.

É importante ressaltar que devido às suas condições, adolescentes obesos podem possuir graves problemas emocionais que os levam a comer compulsivamente em respostas a emoções negativas como raiva, tristeza, tédio, dentre outros, sofrerem de depressão e outros problemas ligados à condição física. Talvez por consequência de tantos problemas no convívio social, jovens com excesso de peso geralmente possuem maiores problemas do que os adolescentes magros de sua idade.

A obesidade entre os adolescentes alcançou proporções de epidemia em muitos dos países desenvolvidos sendo considerado um importante problema de saúde publica onde é assustador o número de internamentos hospitalares e óbitos por patologias relacionadas à obesidade, resultando em superlotação na rede de saúde hospitalar. Esses dados são crescentes e preocupa as autoridades de saúde fazendo com que seja investido milhões e milhões de dinheiro num processo de prevenção e tratamento da obesidade distribuído gratuitamente a população.

Porém, diante de tanta informação fornecida à população ainda se tem um resultado negativo, pois as maiorias das pessoas não se atem a prática de ações simples como: prática de exercícios físicos como andar d bicicleta, caminhadas, jogar bola, uma alimentação saudável, equilibrada dando preferência a alimentos naturais com menor teor calórico, evitar uso abusivo de bebidas alcoólicas, ter boas noites de sono, ler, reservar algumas horas do dia para o lazer.

Outra causa importante que se da aos resultados negativos é a carência de conhecimento da população dos serviços gratuitos que são oferecidos, principalmente da classe mais desfavorável, sendo de extrema importância aos envolvidos na ampla rede de saúde informar e esclarecer sobre tal tema com o propósito de alcance de metas na prevenção e tratamento da obesidade e hipertensão arterial que resulta numa melhor qualidade de vida na comunidade e consequentemente na sociedade se todos fizerem seu papel.

O projeto tem como propósito informar e mobilizar os leitores mostrando de forma clara e significativa o quanto a obesidade pode acometer de forma negativa na vida das pessoas, como existem maneiras simples de prevenção acarretando numa melhor qualidade de vida.

  1. Problema

 

Vivemos em uma era de modernidade, onde o corre-corre do cotidiano exige praticidade e rapidez na execução das tarefas do dia a dia. O reflexo disso esta presente nitidamente afetando de forma negativa na qualidade de vida.

Um dos pontos negativos esta relacionado à saúde onde nas últimas décadas cuidar bem da alimentação se tornou um desafio já que a maioria das pessoas priorizam os horários para qualquer coisa relacionada ao mundo material, optando por uma alimentação desequilibrada, já que é oferecidas tantas facilidades para conseguir comida rápida e industrializada. Assim, fica difícil manter uma dieta saudável e recusar as ofertas dos fasta fotos e as tentações das guloseimas.

Em eras de modernidade, globalização, onde o acesso e facilidade a informação é possível por inúmeras maneiras como: televisão radio, internet, revista, jornal entre outros, onde é disponibilizado informações referentes a obesidade como: complicações, desenvolvimento de doenças secundarias, medidas preventivas, dentre outras, por que a cada dia o numero de adolescentes vitimas da obesidade e hipertensão arterial vem aumentando?

  1.  Pressupostos

Visto que a maioria dos casos de adolescentes obesos e hipertensos é desencadeado por fatores externos principalmente pela má alimentação, a possibilidade de correção das ações para prevenção e solução do problema engloba não somente o individuo obeso, mas, todos a sua volta.

O índice de complicações físicas e emocionais como doenças cardiovasculares, baixa na auto estima, dificuldades de interação no meio social é mais frequente em adolescentes obesos do que em adolescentes que estão dentro do padrão normal de peso.

  1. Objetivos

4.1 GERAL
-Apresentar as principais causas que desencadeiam a obesidade e a hipertensão arterial.

4.2 ESPECIFICOS

-Descrever conceito, sinais e sintomas, tratamentos e prevenção da obesidade e hipertensão arterial.

-Demonstrar medidas no controle da obesidade e hipertensão em adolescentes;

-Demonstrar as consequências físicas e emocionais que afetam adolescentes obesos e hipertensos;

-Apresentar informações acerca da prevenção da obesidade e hipertensão em adolescentes;

-Identificar principais meios que desencadeiam obesidade e hipertensão na adolescência;

-Verificar que a obesidade influencia diretamente no fator emocional do adolescente;

-Descrever ações de reeducação á pratica de melhoria de vida do adolescente obeso e hipertenso.

  1. Referencial Teórico

5.1 CONCEITOS DE ADOLESCÊNCIA

O ser humano é uma das criaturas mais complexas e instigantes do universo, inseridos num processo evolutivo caracterizado por fases ou ciclo vital onde é formado de um corpo físico e emocional que estão diretamente interligados.

É um período de extremas mudanças físicas e psicológico como aparecimento de pelos modificações na voz, tempo de extensa reorganização de personalidade que resulta em mudanças no status biossocial entre a infância e a idade adulta, reorganização de estruturas psíquicas previamente estabelecidas, que reflete o desenvolvimento anterior, assim como novas mudanças maturacionais. (PFROMM NETTO,1977)

Adolescência é tido como um período crítico do desenvolvimento pelo menos em parte devido às alterações provocadas no corpo pela maturação. O corpo cresce então mais rapidamente em qualquer outra época depois dos seis primeiros meses de vida. (MANNING, A. SIDNEY,2000)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2003), a adolescência é um período da vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas mudanças físicas, psicológicas e comportamentais.

Atualmente estima-se que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja, quase 20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de adolescentes, 21,84% da população total do país.

Infere-se, daí, que a adolescência é um período de mudanças internas e externas, um tempo dramático marcados por fortes conflitos e tensões, mudanças emocionais com oscilações de sentimentos como ódio e amor, calma e ansiedade, alegria e tristeza. No aspecto físico ocorre transformações características do sexo feminino como aparecimento de pelos, pubianos, crescimento dos seios, curvas mais delineadas;  e do sexo masculino como: alterações na voz, aparecimento de pelos pubianos, na face e nas axilas, desenvolvimento e maturação dos órgãos sexuais.

O aspecto emocional influência mais de forma interna ao adolescente mesmo que os acontecimentos muitas vezes são externos. Já o aspecto físico é visível de forma externa, ou seja, a imagem do corpo, do físico visto tanto pelos adolescentes quanto pela sociedade  pode ser visualizado de forma positiva ou não ou não  no meio social.

Segundo Tavares (2003, p.27)

“a imagem corporal é a maneira pela qual o nosso corpo aparece para nos mesmos. É a representação mental do nosso corpo. A abordagem imagem corporal incrementa a convergência de intervenções físicas e psíquicas na busca do desenvolvimento pessoal.”

Dessa maneira, pode-se ver que a forma do corpo influência diretamente na interpretação da imagem corporal, onde são impostos pelos próprios adolescentes e pela sociedade padrões de beleza.

Não estar dentro desses padrões pode levar o adolescente a sérios problemas emocionais como angústia, isolamento, ansiedade, e problemas de saúde como anorexia, bulimia, aumento de peso, obesidade que é considerado um dos maiores problemas crônicos em todas faixas etárias principalmente na adolescência.

5.2 OBESIDADE

Conceitua-se obesidade o acúmulo excessivo de células de gordura no corpo.

Sendo considerada uma doença de origem multifatorial, pois pode estar correlacionada a hábitos de vida, fatores biológicos, ambientais e emocionais.

Segundo Nettina (2003, p. 651) “a obesidade é uma abundância exagerada das gorduras corporais, resultando em peso corporal de 20% ou mais acima do peso médio para a idade, altura, sexo e estatura corporal da pessoa”.

Sabe-se ainda que a obesidade é uma doença metabólica, de prevalência crescente agravada pela exposição dos indivíduos propensos a fenômenos comportamentais, culturais, sociais e econômicos, associados a fatores demográficos(sexo, idade e raça) e ao sedentarismo (BRASIL,2007).

Obesidade é uma condição caracterizada pelo acumulo excessivo de gordura, sendo o excesso definido quando seu peso corporal ultrapassa 10% o peso padrão estabelecido nas tabelas habituais de peso-altura.

Para considerar um individuo obeso é necessário uma avaliação do Índice de Massa Corpórea (IMC), onde é calculado: peso dividido pela altura ao quadrado.

Existe uma tabela formulada pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade onde estão classificados o nível de IMC. Uma pessoa para ser considera obesa deve estar com o Índice de Massa Corpórea entre 30 e 34.9 (REVISTA DE NUTRIÇAO, 2004.)

Dessa forma a obesidade é considerada uma doença crônica, metabólica onde o termo obesidade é utilizado para indicar o excesso de tecido adiposo.

O excesso da adiposidade acarreta o comprometimento estético muitas vezes suficientemente grave pode causar danos psicológicos sérios.

A obesidade tem sido atualmente considerada uma síndrome na qual múltiplos fatores etiológicos, inclusive genéticos, podem atuar isoladamente ou em conjunto.

A avaliação da obesidade baseia-se na estimativa do grau de adiposidade por métodos que compreendem as medidas antropométricas, o uso de tabelas de padronização de peso e altura, o calculo do Índice de Massa Corpórea (IMC).

O Índice de Massa Corpórea é o parâmetro mais utilizado para classificar o grau de obesidade e é obtido dividindo-se o peso em quilogramas pelo quadrado da altura em metros.

5.3 CAUSAS

 As causas da obesidade são desencadeadas por dois fatores: genéticos e ambientais que podem estar agindo isoladamente ou em conjunto. No primeiro caso, foi detectado através de estudos realizados nos Estados Unidos e Canadá, uma clara correlação do peso corporal entre pais e filhos onde vários genes associados à obesidade já foram identificados na espécie humana, sendo que este número cresce ainda mais à medida em que os estudos científicos avançam.No entanto, esse crescimento da obesidade provavelmente não tenha a ver com a hereditariedade, uma vez que os genes devem ter permanecido constantes nas últimas décadas. Mas, sim, aos fatores ambientais, cujos hábitos sedentários da vida moderna aliaram-se ao aumento da oferta das chamadas guloseimas. Longe das brincadeiras nos quintais, a garotada, principalmente os adolescentes passa horas sentada diante das telas de TVs, videogames e computadores, e ingerindo alimentos com alto teor de gordura (MALAFAIA, 2001)

Segundo a Revista Brasileira de Epidemiologia (2010, p.22)

“Estudos indicam que as mudanças ocorridas nos padrões alimentares nas últimas décadas, como o aumento do consumo de açúcares simples, alimentos industrializados e ingestão insuficiente de frutas e hortaliças, estão diretamente associadas ao ganho de peso. Além disso, a redução progressiva da prática de atividade física combinada ao maior tempo dedicado às atividades de baixa intensidade, como assistir televisão, usar computador e jogar videogame, também tem contribuído para o aumento de peso dos jovens. Conclui-se, portanto, que os principais motivos para a obesidade são por fatores ambientais”

Entende-se que a obesidade pode ser desencadeada pelo fator genético, porém a maioria dos casos são originados por fatores extrínsecos onde os que mais se destacam são a má educação alimentar e o sedentarismo.

Os hábitos alimentares se tornam cada vez menos saudáveis, frutas, saladas e alimentos naturais são substituídos por alimentos industrializados, frituras, excesso de doce. A quantidade muitas vezes é superior a qualidade dos alimentos.

Outro fator gerador da obesidade é o sedentarismo, com tantas tarefas do cotidiano, estudo, trabalho, família, negócios, fica difícil reservar horário para pratica de exercícios físicos.

Também os avanços tecnológicos influenciaram no aumento do sedentarismo, principalmente para os adolescentes, realizar refeições da forma tradicional, á mesa, comer com calma, mastigar bem a comida se torna menos frequente, ficar  horas e horas em frente ao computador na internet, televisão e videogames é cada vez mais comum.

Outros fatores predisponentes ao aparecimento da obesidade na adolescência são o uso abusivo de álcool, drogas ilícitas, tabagismo e perca excessiva de sono.

5.4 DIAGNÓSTICO

 Obesidade é uma doença onde existe excesso de gordura corporal. A diferença entre a normalidade e a obesidade é arbitrária, mas um indivíduo é considerado obeso quando a quantidade de tecido adiposo aumenta em uma extensão tal que a saúde física e psicológica são afetadas e a expectativa de vida é reduzida. A quantidade de tecido adiposo pode ser medida precisamente por tomografia computadorizada ou ressonância magnética, e com precisão satisfatória através do método de bioimpedância, que é um exame onde é avaliado o  excesso de Gordura na composição corporal ,gordura localizada definida principalmente pelo exame do médico, e que são coleções de gordura que fazem proeminência em uma certa região (como os culotes) e gordura regionalizada, esta definida como a deposição de gordura de forma homogênea, sem protuberâncias, na região do quadril para que seja feito e coxa, que podem ser determinadas por ultrassonografia , e de maneira mais simples avaliando a profundidade da gordura com os dedos da mão.( CARRA, 2001.)

Dessa forma, é de suma importância que seja realizada uma avaliação medica o diagnostico da obesidade não somente pelo método da visualização, mas,  por meios concretos, precisos e fidedignos, como calculo de  Índice de Massa Corpórea (IMC), exames computadorizados que irão auxiliar ao profissional  uma  escolha ao tratamento adequado.

7.5 TRATAMENTO

O tratamento da obesidade é considerado um dos mais complicados de manter e chegar ao resultado esperado já que a maioria  dos indivíduos desistem.

Segundo Stroeb e Wolfgang (1995, p176-177)

“As estratégias de tratamento tentam alterar o equilíbrio calórico através da redução da quantidade de comida ingerida. Foram desenvolvidas três estratégias: modificação dos antecedentes relacionados com a alimentação; modificações dos estilos “errados” de alimentação; modificação das consequências da alimentação.”

A ingestão dietética e os hábitos alimentares devem ser avaliados, e deve ser aconselhado uma dieta de baixa ingestão  com teor de calorias, gordura e açucares.

Os supressores do apetite tem sido decepcionante no tratamento da obesidade. Um dos mais conhecidos é a Sibutramina onde produz uma sensação de plenitude.

Existem varias contra indicações para o seu uso, incluindo hipertensão inadequadamente controlada, vômitos, insônia, dentre outros. (GRAHAME,2004)

A presença da obesidade grau III está associada a piora da qualidade de vida, a alta frequência de morbidade, a redução da expectativa de vida e a grande probabilidade de fracasso dos tratamentos menos invasivos. São candidatos ao tratamento cirúrgico pacientes com o Índice de Massa Corpórea ( IMC)  acima de 40.

A seleção de pacientes requer um mínimo de cinco anos de evolução da obesidade com fracasso dos métodos convencionais de tratamento realizados por profissionais qualificados.

O tratamento cirúrgico não é indicado para adolescentes já que estão em fase de crescimento (REVISTA BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA, 2002.).

É visto que o tratamento para obesidade depende mais do paciente do que do profissional, já que devem ser mudados diversos hábitos de vida como reeducação alimentar, respeitando  aos horários e quantidades de refeições diárias, optando por alimentos com menor teor calórico, redução de ingestão de açúcar e gordura, pratica de exercícios físicos, evitar fumar, ingerir bebidas alcoólicas e perda excessiva de sono, se houver o uso de algum medicamento ser fidedigno aos horários e doses e  estar sempre comparecendo as consultas medicas. Também faz parte do tratamento a terapia comportamental para que, o paciente identifique e vença suas barreiras psicológicas, estabelecendo um plano adequado de tratamento para atingir pequenas metas e complementares em termos de dieta e atividade física, incentivando o auto monitoramento (fazendo registros diários dos alimentos ingeridos e das atividades físicas praticadas), ajudando os pacientes a solucionar problemas que dificultam sua perda de peso.

7.6  OBESIDADE E O FATOR EMOCIONAL.

Conforme Escrivão e Lopes, (apud CARVALHO, 2001) considera que entre as alterações do nosso corpo, a obesidade é a mais complexa e de difícil entendimento, havendo a necessidade de uma abordagem multidisciplinar do problema. Neste sentido, argumenta que é preciso abordar a fome em seu aspecto psicossocial, já que, juntamente com a sede, estas são as mais importantes forças motivadoras conhecidas. Assim, os aspectos psicológicos também devem ser levados em conta, visto que os casos de obesidade causados por patologias endócrinas ou genéticas bem definidas, constituem um percentual muito pequeno.

 Para Pfromm Neto (1977. p54)

”Sentimentos de tristeza, irritabilidade e agressividade, dependendo da intensidade e da freqüência, podem ser indícios de quadros depressivos em adolescentes obesos. As súbitas mudanças de comportamentos nos adolescentes, não justificadas por fatores estressantes, são de extrema importância para justificar um diagnóstico de transtornos depressivos. Os sintomas depressivos podem interferir na vida do adolescente de maneira intensa, prejudicando seu rendimento escolar e seu relacionamento familiar e social”.

Segundo  Cristina, Érica Marafon ( CADERNO DA SAUDE, 2006), estigma e a discriminação da obesidade provocam sentimentos exteriorizados pelos adolescentes em ambos os atendimentos, demarcaram obstáculos para efetivar mudanças no comportamento alimentar. Os sentimentos de frustração e medo, consequentes do estigma de "ser gordo (a)", podem impedir que os adolescentes problematizem as práticas cotidianas como o simples fato de ir  a escola, e acabem aqui esquecendo  às dietas rígidas como estratégias imediatas, supostamente úteis para o tratamento da obesidade.

 Infere-se que fato de ser obeso, carregado de intensa carga psicológica, procede do grupo social e da família atitudes negativas , abalando a estrutura psíquica dos adolescente. A baixa auto estima pode surgir em decorrência dessa exclusão social, gerando crises, tensões, ansiedade, sentimentos que configuram um esquema cíclico comer ­ angustiar-se ­ comer, contribuindo, assim, para a manutenção da obesidade causando um impacto negativo em sua qualidade de vida.

Adolescentes  obesos são frequentemente importunados pelos colegas e menos aceitos do que os adolescentes com peso normal, além do que são os principais alvos de chacotas . Ao longo da vida, o excesso de peso traz outras dificuldades, como menor índice de empregos, timidez e problemas de relacionamento afetivo. Devido a tais dificuldades, muitas vezes os indivíduos obesos sofrem ou impõem-se restrições diante de atividades rotineiras como ir à escola, fazer determinados exercícios físicos, procurar emprego, comprar roupas, namorar e divertir-se.

7.7 OBESIDADE E O FATOR FISICO RELACIONADO A PATOLOGIA

 Segundo Matavelli, (REVISTA DA OBESO, 2002), descreve que a obesidade e hipertensão arterial estão intimamente relacionados, sendo a prevalência de hipertensão cerca de 50% maior nos indivíduos obesos. Além disso, o ganho de peso pode causar elevação da pressão arterial . No entanto, os mecanismos fisiopatológicos que favorecem o desenvolvimento de hipertensão na obesidade são complexos e multifatoriais. Dentre estas alterações destacam-se alterações hemodinâmicas sistêmicas caracterizadas por aumento do volume intravascular do debito cardíaco predispondo o paciente obeso ao maior risco de arritmia cardíaca e de insuficiência cardíaca congestiva, alterações no sistema renal , ativação do sistema nervoso simpático, diabetes tipo 2, aterosclerose, infarto do miocárdio (IAM),acidente vascular encefálico (AVE), esteatose Hepática, dentre outras

As  doenças cardiovasculares  são as mais preocupantes dentre as associadas à obesidade, já que são responsáveis por uma crescente prevalência de mortalidade em países de diferentes condições sócio econômicas acometendo todas  as faixas etárias, inclusive na adolescência. Dentre as doenças cardiovasculares existe a hipertensão arterial, que é uma das mais frequentes e comuns em pacientes obesos.

6. Hipertensao Arterial.

6.1 DEFINIÇÃO

Segundo o Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, (2008), relacionado a pressão arterial, o coração é um órgão muscular que fica dentro do peito, responsável por bombear sangue para os pulmões e para o corpo. O coração bate em media 60 a 100 vezes por minuto em repouso em situação de repouso. A Pressão Arterial (PA) mantém o sangue circulando no organismo. A cada batida do coração, o sangue é ejetado e lançado em vasos sanguíneos chamados de artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é “empurrado” contra a parede dos vasos sanguíneos. Essa pressão gerada nas paredes das artéria é denominada de pressão arterial.

Quando a pressão arterial é medida, dois valores são identificados, sendo o primeiro valor observado correspondente a pressão arterial sistólica, quando o coração se contrai e impulsiona sangue para o resto do corpo. Já o outro valor identificado, o de menor numero corresponde a pressão diastólica, que é a pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se em fase de relaxamento.

Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão afirma que a  hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é  ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem.

A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper. Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso, leva ao "derrame cerebral" ou AVC. Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação dos órgãos. Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas com o tratamento adequado, bem conduzido por médicos

Pressão alta é uma doença "democrática". Ataca homens e mulheres, brancos e negros, ricos e pobres, idosos e crianças, gordos e magros, pessoas calmas e nervosas.

 Assim, estima-se que atinge em torno de, no mínimo, 25 % da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

Para Mendes (2004), a hipertensão arterial é uma doença crônica de aspecto multifatorial, resultante de um complexo desequilíbrio no sistema responsável pela manutenção do fluxo e o volume satisfatório do tônus da musculatura arterial, associados por alterações  metabólicas e hormonais.

Fatores ambientais, como ingestão inadequada de sal, estresse, maus hábitos alimentares como ingestão elevada de alimentos industrializados, com alto teor de gordura como frituras, sedentarismo, tabagismo são fortemente indicadores para o surgimento da Hipertensão.

 Dessa forma se percebe que a hipertensão Arterial é umas das afecções mais comuns do mundo moderno que se tornou um problema de saúde publica de relevância devido a sua participação em complicações como: doenças  cerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica, dentre outras.

É uma patologia insidiosa e  silenciosa , o que muitas vezes leva a população atingida a cometer excessos quanto a alimentação rotineira e quanto a despreocupação com hábitos de vida.

6.2 DIAGNOSTICO

A anamnese é um dos métodos mais importantes para o diagnostico de pressão arterial. Durante a história clínica deve ser feito interrogatório acerca de condições hereditárias/familiares que predispõem à hipertensão artéria (BUSATO, 2001. sp)

A Medida Indireta da Pressão Arterial é realizado  pelo método de aferição da pressão arterial. O esfigmomanômetro é o aparelho ideal para essas medidas, entretanto ele deve ser periodicamente testado e calibrado. O paciente deve ficar sentado, em ambiente calmo com temperatura agradável e não deve estar com a bexiga cheia, nem ter praticado exercícios, nem ter ingerido bebidas alcoólicas ou café, ou ter fumado até 30 minutos antes das medidas. O paciente não deve falar durante o procedimento. Após o registro das medidas, o paciente deve ser informado sobre os valores de pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento.

Em cada consulta, deverão ser realizadas no mínimo duas medidas, com intervalos de 1 a 2 minutos. As medições na primeira avaliação na primeira avaliação devem ser obtidas em ambos os membros superiores. As posições recomendadas na rotina para a medida de pressão arterial são  sentada e/ou deitada. De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas devam ser repetidas em pelo menos duas ou mais visitas. (MION, PIERIN, etal, 1996).

Na investigação laboratorial são solicitados exames básicos de rotina, que inclui o exame de urina (bioquímico e sedimentado), creatinina, potássio, glicemia, colesterol total e eletrocardiograma(BRASIL,2002).

De acordo com a indicação clinica do paciente faz-se necessário uma avaliação laboratorial complementar, onde são solicitados a monitorização ambulatorial da pressão arterial, ecocardiograma, radiografia de tórax, teste de esforço, HDL-colesterol, triglicerídeos, acido úrico, proteinúria de vinte quatro horas, hematócrito e hemoglobina e cálcio. (KOHLMANN,1998).

O diagnostico de hipertensão deve ser feito pelo medico com uso de métodos avaliativos dos níveis pressóricos da pressão arterial como aferição da pressão arterial; anamenese rigorosa avaliando, ingestão de sal, tipo de alimentação, casos de doenças cardiovasculares na família, uso de álcool, tabagismo, nível de estresse, pratica e frequência de exercícios físicos; exames complementares como laboratoriais, eletrocardiograma, ecocardiograma, dentre outros.

6.3 TRATAMENTO

Segundo a Secretaria do Estado de São Paulo ( s.a p2)

 “o tratamento adequados proporcionam menores gastos com internações, invalidez, hemodiálise, bem como com a assistência às cardiopatias, acidentes vasculares cerebrais e suas seqüelas, reduzindo também a procura aos serviços de emergências”.

 O tratamento na hipertensão arterial sistêmica inclui tanto a terapia medicamentosa como a não medicamentosa, ambas responsáveis pelo controle da hipertensão arterial nos pacientes.

O tratamento não medicamentoso inclui  que as modificações de estilo de vida tem comprovado valor na redução da pressão arterial. A redução do peso, a redução da ingestão do sódio, maior ingestão de potássio, uma dieta rica em frutas, vegetal e alimentos com pouco teor de gordura, a diminuição ou abolição de álcool e a atividade física. As modificações de estilo de vida são aplicáveis a todos os indivíduos que se propõe a diminuição do risco cardiovascular, inclusive os normotensos (MANO, 2003)

O tratamento sem medicamentos tem como objetivo auxiliar na diminuição da pressão, e se possível evitar as complicações e os riscos por meio de modificações nas atitudes e formas de   viver, são elas: reduzir o peso corporal através de dieta calórica controlada, reduzir o sal de cozinha,  consumo de álcool, abandonar o tabagismo, controlar alterações de gorduras sanguíneas (dislipidemias),controlar o estresse, Evitar drogas que elevam a pressão arterial: anticoncepcionais, anti-inflamatórios , moderadores de apetite, descongestionantes nasais, antidepressivos, corticóides , derivados da ergotamina, estimulantes (anfetaminas), cafeína, cocaína e outros.

O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos rotineiros do mercado. Na hipertensão severa e/ou maligna, as dificuldades terapêuticas são bem maiores. A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico. (BUSATO, 2001)

Dessa forma o tratamento da hipertensão não medicamentoso tem como principais objetivos incentivar atividades de promoção da saúde através de hábitos de vida saudáveis como pratica de exercícios físicos e uma reeducação alimentar rica em alimentos naturais ,hipocalóricos, hipolípidicos e hipossódicos.
O tratamento medicamentoso visa reduzir as doenças cardiovasculares e a mortalidade dos pacientes hipertensos. Até o momento, a redução das doenças e da mortalidade em pacientes com hipertensão leve e moderada foi demonstrada de forma convincente com o uso de medicamentos rotineiros do mercado.  A escolha correta do medicamento para tratar a hipertensão é uma tarefa do médico.

Na hipertensão arterial primária ou essencial, o tratamento é inespecífico e requer atenções especiais por parte do médico. A hipertensão secundária tem tratamento específico, por exemplo, cirurgia nos tumores da glândula supra-renal ou medicamentos no tratamento do hipertireoidismo.

6.3 HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES

A prevalência da hipertensão arterial na criança/adolescente situa-se entre 0,8% e 9% com média de 5% com significativa elevação na população obesa.

A hipertensão arterial essencial predomina acima dos dez anos, com níveis pressóricos não muito elevados, no percentil 95 ou discretamente acima dele.

A concomitância de vários familiares hipertensos, sem causa determinada, levou à formulação da hipótese genética para este grupo. Estes adolescentes com pressão moderadamente aumentada, têm história familiar positiva para hipertensão e frequência cardíaca alta em repouso. Para este grupo ,há fatores de risco determinados citados a seguir.

A ingesta de sódio é um fator associado ao aumento da pressão arterial na adolescência.

Um fator de risco importante para o desenvolvimento de hipertensão é a obesidade, que constitui um problema de saúde crescente na população mundial. Com o aumento da prevalência de adolescentes brasileiros obesos é previsível, dentre outras complicações, o incremento da hipertensão arterial.

O estado emocional desfavorável associa-se também com hipertensão essencial. Conflitos e impulsos hostis estão mais presentes no histórico destes hipertensos. Há antecedentes de trauma, como a separação de pais, pais agressivos, impaciência, imediatismo nas decisões, raiva e hostilidade.

Ainda há fatores associados preponderantemente à hipertensão arterial na adolescência: tabagismo, uso de anticoncepcional, drogas - cocaína e anfetaminas, álcool, esteróides anabolizantes, fenilpropanolamina e pseudoefedrina (descongestionantes nasais). (SANTOS, ZANETTA, 2003).

“Devido ao alto nível de casos que  envolve hipertensão arterial em adolescentes, houve motivação para investigar uma população mais jovem e que já estivesse acometida pelo excesso de tecido adiposo originou-se dos contatos realizados com o único programa de atendimento a crianças e adolescentes obesos e hipertensos  oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) , de tal forma que esta investigação poderia trazer informações relevantes para a elaboração de estratégias direcionadas ao atendimento desse público, uma vez que os mecanismos utilizados para coleta e análise das informações são de fácil aplicabilidade, podendo ser reproduzidos novamente caso julgue-se necessário”. (AYDOS, FERREIRA, 2010, sp).

Mudanças não só biológicas, mas também no modo de vida, têm ocorrido naturalmente conforme a evolução do ser humano, implicando alterações características de cada período vivido pelo homem. Devido à busca instintiva pela sobrevivência e por melhores condições de vida, o panorama em que o ser humano está inserido modificou-se, ora de maneira lenta, ora de maneira acelerada. Nesse caminho, no século XX, foram vivenciados momentos de elevado grau de mudanças, resultando em alterações marcantes no comportamento da população.

Essas alterações nos padrões de comportamento da população representaram, principalmente, mudanças na configuração epidemiológica, o que implicou uma atual elevação na prevalência de casos de doenças pertencentes a um grupo que se convencionou chamar de doenças crônicas na qual a hipertensão arterial em adolescentes vem tendo um aumento significativo principalmente pelos hábitos de vida como sedentarismo, hábitos errados de alimentação, uso de drogas licitas e ilícitas e fatores emocionais já que é um período de intenso conflito intrínsecos  e extrínsecos.

6.4 MEDIDAS PREVENTIVAS PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL E OBESIDADE

A perda de peso é muito importante, pois a diminuição de 5% a 10% do peso corporal inicial já é suficiente para reduzir a pressão arterial, além de estar relacionada à queda da insulinemia, à redução da sensibilidade ao sódio e à diminuição da atividade do sistema nervoso simpático. Mas o mais importante é a manutenção do peso alcançado com as mudanças de hábitos citadas acima. (MED, 2008)

Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável  a longo prazo. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente. (CZEPIELWSKI, 2001).

A prevenção da obesidade, bem como a redução de peso excessivo, passa, necessariamente, por duas possibilidades: aumentar o gasto e reduzir o consumo. Quanto antes, no desenvolvimento dos indivíduos,  iniciar-se um consumo alimentar e atividade física adequados, maior a chance de se reduzir a prevalência de obesidade, seja nos adolescentes, seja entre os adultos. Ou seja, a prevenção da obesidade depende da promoção de uma vida saudável, mesmo porque, comportamentos como realizar atividade física de lazer e comer mais frutas agrupam-se nos mesmos indivíduos. (VEIGA, 2007).

Segundo Matavelli e Mion (2002)

“A prevenção da obesidade deve ser iniciada desde a infância com  dietas ricas em frutas e vegetais e em alimentos hipogordurosos com baixos níveis de gordura saturada, não deixar as brincadeiras de criança como correr, jogar bola ,pelos hábitos sedentários de acomodar-se no sofá por horas assistindo televisão  ou jogando vídeo game”

Dessa forma, exercício físico regular reduz a pressão arterial, além de contribuir para a diminuição do peso corporal e de ter ação coadjuvante no tratamento das dislipidemias, do abandono do tabagismo e do controle do estresse.

Recomenda-se aumentar o conteúdo de fibras da dieta (grãos, frutas, cereais integrais, hortaliças e legumes, preferencialmente crus).

Preparar as carnes de aves sem a pele e os peixes sem o couro, retirar a gordura visível das carnes vermelhas, evitar o uso de gorduras saturadas no preparo dos alimentos, dar preferência aos produtos desnatados e às margarinas cremosas.

Evitar frituras. Ingerir alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogado.

Essas medidas preventivas devem ser adotadas desde a infância. Toda a família deve participar e colaborar na melhoria da qualidade de vida. Uma vez que bons hábitos são adquiridos, fica fácil mantê-los. Controle do peso, dieta balanceada e prática de exercícios físicos regulares são medidas simples, que, quando implementadas desde fases precoces da vida, representam benefício potencial sobre o perfil de risco para doenças cardíacas e vasculares.

Note que os alimentos não são proibidos na sua dieta. Todos nós temos direito a um churrasquinho no final de semana, junto com os amigos. O que deve estar na sua mente é que é possível ficar bem com uma dieta mais equilibrada. O benefício para o seu organismo compensa o seu esforço de mudança. Você se sentirá mais ativo e com mais disposição para as tarefas diárias. Sua produtividade vai aumentar e, com ela, todos os resultados serão alcançados mais rapidamente.

  1. Metodologia

Nos tempos de globalização, onde o corre-corre do cotidiano exige praticidade e rapidez na execução das tarefas do dia-a-dia, afeta de forma diretamente na qualidade de vida de forma negativa. Um dos pontos negativos esta relacionado à saúde onde nas últimas décadas cuidar bem da alimentação se tornou um desafio já que a maioria das pessoas priorizam os horários para qualquer coisa relacionada ao mundo material, assim, acaba optando por uma alimentação desequilibrada, já que é oferecida tantas facilidades para conseguir comida rápida e industrializada, ficando difícil manter uma dieta saudável e recusar as ofertas dos fast foods e as tentações das guloseimas,desencadeando  uma serie de problemas físicos e emocionais,dentre eles a obesidade pode ser considerada um dos mais comuns, atingindo principalmente os adolescentes. Na maioria dos casos a hipertensão arterial esta associada.

O numero elevado de adolescentes obesos e hipertensos pode se dar devido a ingestão excessiva de álcool,uso de drogas ilícitas,perca de sono,tabagismo, sedentarismo onde freqüentemente os adolescentes substituem as atividades físicas pelo hábito de assistir TV, jogar vídeo game, a ingestão baixa de alimentos saudáveis dando preferência a alimentos industrializados e fast food.

O projeto tem como objetivo apresentar as principais causas que desencadeiam a obesidade e a hipertensão arterial, demonstrando medidas no controle da obesidade e hipertensão em adolescentes, consequências físicas e emocionais que afetam adolescentes obesos e hipertensos, apresentando informações acerca da prevenção da obesidade e hipertensão em adolescentes. Identificar principais meios que desencadeiam obesidade e hipertensão na adolescência, descrever ações de reeducação á pratica de melhoria de vida do adolescente obeso e hipertenso.

A pesquisa será somente de caráter bibliográfico, para Cervo e Bervian (1983, p.55), "pesquisa bibliográfica explica um problema a partir de referenciais teóricas  publicados em documentos . Pode ser realizada independentemente  ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições  culturais ou cientificas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema".

 Espera-se com essa pesquisa, esclarecer através de informações sobre  os riscos, formas de prevenção e tratamento sobre a obesidade e hipertensão em adolescentes,  contribuindo assim, para enriquecimento e  o conhecimento dos demais no campo acadêmico de enfermagem.

  1. Conclusão:

O número de doenças não-transmissíveis abordou um patamar preocupante para a saúde pública dessa forma, doenças como a obesidade e a hipertensão arterial, que há poucas décadas consideravam apenas entre grupos reservados da população adulta, agora atingem também crianças e adolescentes de forma semelhante. A análise dos valores pressóricos da população em geral comprovou que a hipertensão arterial foi prevalente em ambos os gêneros, sem diferir entre eles, bem como em todas as faixas etárias, sendo que nos indivíduos de 13 e 14 anos o valor foi expressivamente superior (52,4%) aos demais, alcançando um nível preocupante. Como a hipertensão arterial foi prevalente entre crianças e adolescentes obesos, é possível que o elevado nível de gordura corporal esteja alterando os mecanismos responsáveis pelo funcionamento adequado do aparelho cardiovascular, o que pode implicar um desgaste prematuramente excessivo, repercutindo em futuras complicações relacionadas à qualidade e expectativa de vidas dessas pessoas. É necessário que estratégias de diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares e, particularmente, da hipertensão arterial, também sejam direcionadas para a população infantojuvenil. Para isso, o próprio diagnóstico de casos de obesidade em crianças e adolescentes já poderá apontar um grupo de indivíduos potencialmente aptos a serem acompanhados, visando à diminuição do índice de massa corporal e do percentual de gordura corporal.

  1. Referências

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TAVARES,Maria da Consolaçao G. Cunha.F.Imagem corporal: conceito e desenvolvimento .São Paulo:Manole,2003.

11.ANEXOS

 

 

CALCULO DO IMC

SITUAÇÃO

 

Abaixo de 18,5

Você esta abaixo do seu peso ideal

 

Entre 18,5 e 24,9

Parabéns você esta em seu peso normal

 

Entre 25,0 e 29,9

Voce esta acima do seu peso(sobrepeso)

 

 Entre 30,0 e 34,9

Obesidade grau I

 

Entre 35,0 e 39,9

Obesidade grau II

 

40 e  a cima

Obesidade grau III

 

Fonte: Associação Brasileira de Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica-2010.

 

TABELA DE VALORES MÉDIOS NORMAIS DE PRESSÃO ARTERIAL

 

IDADE EM ANOS

PRESSAO ARTERIAL EM MMGH

 

4

85\60

 

6

95\62

 

10

100\65

 

12

108\67

 

16

118\75

 

ADULTO

120\80

 

IDOSO

140-160\90-100

Fonte:Sociedade Brasileira de Hipertensão 1997

 


Autor: Camila Carvalho De Oliveira


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