O PAPEL DO FORMADOR DO PROGRAMA NACIONAL DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA A APRENDIZAGEM COLABORATIVA



ARTIGO RESUMIDO

O PAPEL DO FORMADOR DO PROGRAMA NACIONAL DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL PARA A APRENDIZAGEM COLABORATIVA

LUIZMAR DELUQUE

TAISA GOMES DE ASSIS

ROMILDA ROSANE SHIRMANN

AGOSTO DE 2012 

1. INTRODUÇÃO 

O presente artigo resumido aborda questões sobre o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado) e a capacitação de professores de educação básica para a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

O papel do formador do Proinfo Integrado, sua atuação, os obstáculos a serem vencidos, o direcionamento que ele deve dar ao educador de forma que ele veja significado no uso das tecnologias para o desenvolvimento do seu trabalho, e até mesmo para a sua auto capacitação, é imprescindível para se atingir às metas proposta pelo Programa.

Mudar conceitos, métodos de ensino, oferecer novas tecnologias nem sempre são atitudes aceitáveis para boa parte de professores, No entanto, se o formador trabalhar d de forma integrada, usando as tecnologias no incentivo do desenvolvimento de pesquisas e projetos, terá como resultado a aprendizagem colaborativa.

 

2. PROGRAMA NACIONAL DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL (PROINFO INTEGRADO)

 O Ministério da Educação (MEC) tem oferecido através de parcerias com os estados e municípios cursos de capacitação para profissionais da educação. O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo Integrado), que visa à capacitação de profissionais para a utilização dos recursos de informática que estão sendo disponibilizado nas escolas publica do país.

Dentro do Proinfo Integrado, um dos cursos de capacitação dos professores da Educação Básica, mais conhecido é o de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC).

De acordo com Bielschowsky (2009), há dois grandes objetivos do Proinfo Integrado: oferecer letramento digital aos nossos alunos e aprimorar o processo de ensino e aprendizagem de nossas escolas, através das TIC.

O mesmo autor acredita que a escola pública brasileira pode e deve contribuir para a inclusão exclusão digital que atinge principalmente os mais pobres. Para ele, Além da questão do desenvolvimento cognitivo, a exclusão digital implica em desemprego.  Por conta disto, pessoas sem familiaridade com TIC são denominadas de analfabetas digitais.

Em relação a aprimorar o processo de ensino e aprendizagem de nossas escolas com a utilização das TICs, Bielschowsky (2009),  comenta o resultado do estudo de E-learning Nordic (2006), que mostra que muitos professores ainda não utilizam TIC para introduzir novos métodos de ensino nos quais os alunos são produtores ativos de conhecimento. Essa aprendizagem colaborativa não acontece, pois grandes partes dos professores que se abriram para o uso dessas ferramentas continuam com métodos tradicionais de ensino, onde os alunos são mais consumidores passivos e receptores de conhecimento.

Diante disso percebe-se a necessidade do constante trabalho e atuação do professor responsável pela Formação Continuada em Tecnologia Educacional.

 

3. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS UTILIZADOS PELO FORMADOR DO PROGRAMA PROINFO INTEGRADO

O primeiro passo já foi dado, boa parte das escolas públicas já estão equipadas com computadores conectados a internet. O segundo passo é a formação do professor para o uso das TICs, onde o principal objetivo é preparar recursos humanos, para a atuação e utilização dos recursos multimídias disponíveis nas escolas.

Para Moran (2009, p. 51), é necessário que o professor tenha conhecimentos básicos de computação para usá-lo como ferramenta de ensino. É nessa questão de interação professor versus recurso tecnológico, que se percebe a insegurança por parte de alguns educadores em não conseguir manusear e identificar determinados recursos didáticos tecnológicos, além de manipular as ferramentas básicas como Editor de Textos, Software, utilização da Internet para pesquisa, Correios Eletrônicos. Diante dessa realidade, o professor formador do Proinfo Integrado, deve desenvolver nos profissionais da educação a familiarização do uso do Computador com seus aplicativos e com a Internet. Bernini (2010), reforça que esses conhecimentos prévios, vão auxiliar o professor no desenvolvimento de novas habilidades e competências. Saber programar adequadamente o uso das TICs é fundamental em uma aula que se utiliza dessa tecnologia.

O passo seguinte que o formador deve dar é colocado por Moran et alt ( 2000, p51), ensiná-los a fazer pesquisa, a principio pela pesquisa aberta, seguida pela dirigida com temas mais gerais seguidos para os mais específicos, realizando essa atividade em grupo e individual.

Percebe-se então, a necessidade de desenvolver no professor o hábito da pesquisa, a construção de projetos, onde o conhecimento adquirido deve ser compartilhado. A ênfase nesse tipo de formação para André (2001), é instigar a atitude investigativa por parte do professor, que ao detectar problemas procure respostas na literatura educacional, trocando experiência através dos recursos tecnológicos disponíveis.

 Para Mercado (2002), existem dificuldades para a preparação de professores em relação ao uso de novas tecnologias, uma vez que é preciso formá-los do modo que se espera que os mesmos atuem, mudando o modo de ensinar, substituindo o Modelo Instrucional pelo Construtivista, onde o processo de aprendizagem acontece de forma transitória, progressivamente construída de acordo com os novos paradigmas da educação.

É nesse sentido que André (2001) reafirma o papel do professor como pesquisador, identificando problemas, construindo e desenvolvendo propostas para a solução, analisando os resultados obtidos e retornando a pesquisar quando surgem resultados inesperados ou insatisfatórios.

“A sociedade do conhecimento exige um novo perfil do educador.” (MERCADO, 2002). Para esse autor, o profissional da educação deve estar comprometido com as transformações sociais e políticas educacionais da própria escola, ser competente e possuir o domínio de novas tecnologias, ser reflexivo, critico e principalmente saber realizar atividades que necessitam o uso de tecnologias.

Assim faz-se necessário que professor seja aberto a mudanças, participando constantemente na formação continuada em tecnologias, desenvolvendo a cooperação, interagindo com a comunidade escolar, construindo e produzindo conhecimento em equipe, promovendo a educação integral, de qualidade possibilitando ao aluno, desenvolver-se tanto no aspecto cognitivo, afetivo e tecnológico.        

4. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE APRENDIZAGEM COLABORATIVA 

A aprendizagem colaborativa é uma abordagem pedagógica que valoriza a interação e o diálogo no processo de aquisição de aprendizagem.  Dentro desse contexto, surge a oportunidade da colocação dos diferentes saberes, uma vez que, onde se trabalha a aprendizagem colaborativa, não há uma hierarquia formal, existe o respeito mútuo frente à exposição do diferentes saberes, idéias e questionamento. Esta é uma das formas mais interessante de se trabalhar a aprendizagem colaborativa, segundo Moran et alt (2000, p.14), é através da internet. Essa ferramenta permite a troca de conhecimento e informações em tempo real. Para Bittencourt et alt (2004), A produção do conhecimento não se dá de forma solitária, mas sim de forma coletiva. Na sociedade contemporânea, deposita-se na tecnologia, mais precisamente no computador e nas redes, a possibilidade de construir um espaço virtual propício à produção de aprendizagens colaborativas.

            Quando o papel do formador Proinfo Integrado é desenvolvido com sucesso, resulta na aprendizagem colaborativa, que é um dos objetivos do Programa Nacional de Tecnologia Educacional. Proporcionar ao educador, o acesso a esses recursos, manuseio dos diferentes instrumentos da tecnologia, softwares, acesso a sites e materiais disponíveis na rede, faz com que ele repense a sua pratica pedagógica, se posicionando ao lado do aluno, criando condições para uma aprendizagem colaborativa, cooperativa, desenvolvendo a autoria e a autonomia própria e de seus alunos.

5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRÉ, Marli (org.).  O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. Campinas: Papirus, 2001.

BIELSCHOWSKY, Carlos Eduardo. tecnologia da informação e comunicação das escolas públicas brasileiras: O Programa Proinfo integrado. Revista e-curriculum, São Paulo, v.5. n.1, Dez 2009.

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012852.pdf

Acesso: 18/08/2012.

BERNINI, Denise S. D. Formação de professores com e para o uso das Tecnologias

da Informação e Comunicação.

Disponível em: http://www.br-ie.org/WIE2010/pdf/st01_05.pdf  Acesso: 18/08/2012.

BITENCOURT, Carla. S. Et al. Aprendizagem Colaborativa Apoiada por Computador.

Revista Novas Tecnologias da Educação. Porto Alegre: CINTED-UFRGS, v.2, n.1, março, 2004.

Disponível em: http://seer.ufrgs.br/renote/article/view/13657 Acesso: 18/08/2012. 

MERCADO, Luis Paulo Leopoldo. Formação continuada de professores e novas tecnologias. Maceió: UFAL, 2002.

Disponível em: http://books.google.com.br/bkshp?hl=pt-BR&tab=wp  Acesso: 18/08/2012. 

MORAN, José Manuel. Et alt. Novas Tecnologias e mediações pedagógicas. Campinas, SP. Papirus, 2000

Disponível em: http://books.google.com.br/bkshp?hl=pt-BR&tab=wp  Acesso: 18/08/2012.


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