Calazar (Não Preciso Pôr Aqui)
Não sabe-se se é sorte ou azar,
É fulminante, torrencial, doloroso,
Impediu de andar a menina corada
E deu-lhe um sopro carregado
Não houve tempo e foi apanhada.
Calazar!
Em um instante estava no portão de casa,
Corria pelas ruas
De vestidinho branco esvoaçando aos cantos,
Tranças molhadas com a chuva
Enquanto ao espírito inunda...
Me cheira, corre, espanta!
Calazar!
Meu Senhor, por que não deixam sair?
"Cala-te!"
Faz dias que prendem-me aqui...
"Hei dito!"
O céu está lindo e os anjos cantam:
Amém!
"Teus sorrisos prendem o ar, tuas gargalhadas impedem meus grunhidos... Não és santa, meu amor!"
Mas...
>>Silêncio<<
Calazar!
Após tal movimento brusco e sem escrúpulos,
Toda a morosidade esvaiu-se,
Pois o chão não livrou-a de impulsos.
Dedos, unhas, anel de formatura, rosto, giro, tontura, solado de um sapato caro...
[continua]
::Escrito por Fernanda T. I. Lima - 05/06/2008 -
Reformulado em 11/10/2008::
Reformulado em 11/10/2008::
Autor: FERNANDA ISOBE
Artigos Relacionados
Nos Palcos Da Vida
A Última Obra, Mas NÃo É O Fim
"são Teus"
Pasma Imaginação
''desejo'' (poesia)
...no Meio Do Começo...
O Meu Tal Amor