A Difícil Arte de Viver em Comunidade



Por Sonia Jordão

Desde a infância, começamos a aprender como conviver bem com os outros. Em nossos lares descobrimos que para se conseguir conviver bem com as pessoas à sua volta é preciso antes de tudo respeitar o direito do outro, independente de quem ele seja, se um filho, um irmão, um amigo ou um vizinho.

A regra é antiga e clara: nosso direito termina onde começa o do outro. Assim, por exemplo, eu posso fazer uma festa e ouvir música alta, desde que as outras pessoas, que também a estiverem ouvindo, gostem de som alto e do estilo da música. Nesse momento, é bom pensarmos nos nossos vizinhos e não só naquele que se encontra no mesmo ambiente onde a música está tocando.

Se vivêssemos como ermitões, não precisaríamos nos preocupar. Porém, como vivemos em comunidade é um pouco diferente. Precisamos aprender a agir de forma a não prejudicar o outro. É importante, também, nos acostumarmos a tratar a todos educadamente.

As leis tratam de assuntos mais graves, tais como matar e roubar. Porém, todos têm outros direitos além do direito à vida e à suas propriedades. Quando falamos de vida precisamos incluir o machucar o outro e não só matar, portanto ninguém tem o direito de bater em outra pessoa. E quando falamos de propriedade é bom lembrar que estragar de qualquer forma, aquilo que não é seu, inclui, por exemplo, pichar um muro, arranhar um carro, e várias outras coisas.

Também é preciso que tratemos os outros não da forma que queremos ser tratados, mas sim da forma que eles gostariam de ser tratados. Pode ser que o gosto dos outros seja diferente do nosso.

Se possível, procure seguir algumas regras de boa convivência no seu dia a dia:

· Não economize sorriso: de todas as moedas circulantes no comércio da vida, o sorriso é a que compra maior porção de alegria pelo menor preço.

· Por falar nisso, não compre briga porque sai caro.

· Seja otimista. Quem vê tudo na existência pelo lado sombrio do derrotismo raramente cruza com amigos na rua, porque a maioria deles dobra a esquina para escapar do encontro.

· Seja alegre e comunicativo. Um "bom dia", um "alô" custa pouco e rende muito.

· Seja simples e modesto. Se você possui qualidades "notáveis", cedo ou tarde as pessoas notarão isso, como também descobrirão suas imperfeições.

· Seja um bom conversador deixando com que os outros falem mais. · Procure ouvir as pessoas ou avaliar a situação antes de emitir um julgamento.

· Interesse-se pelos outros. Só assim eles acharão você interessante.

· Tenha coragem para assumir decisões. Principalmente assuma o que fez.

· Assegure-se que as informações sejam claras, completas, transparentes e bem recebidas pelo outro.

· Compreenda que as pessoas que pensam de outra forma, estão sinceramente convencidas de que o errado é você.

· Faça aos outros, em lugar de críticas, quantos elogios puder fazer honestamente. As pessoas de um modo geral adoram ouvi-los e quando os recusam talvez no fundo esperem ser elogiados por isso.

· Com os inimigos, declarados ou gratuitos, mantenha a sobriedade do cavalheirismo. Não fale mal por trás nem perca uma oportunidade de reconciliação, dando o primeiro passo, pois nada lhe garante que no dia seguinte um deles não seja a única pessoa capaz de "salvar a sua vida".

Para concluir, deixo mais uma dica: pergunte-se: como você gostaria de ser lembrado quando não estiver mais aqui? O que dirão de você? Pense no que disse Chico Xavier: Comece, hoje, a escrever um novo roteiro para sua vida, porque se não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, podemos começar, agora, a fazer um novo fim.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante e consultora organizacional. Autora do livro: "A arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado", e do romance corporativo: "E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explosivo".

Site: www.soniajordao.com.br  

E-mail: [email protected]


Autor: Sonia Jordão


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