Exercícios de Força em Obesos Promovem o Emagrecimento



Exercícios de Força em Obesos promove o emagrecimento

Monica Helena Lopes (2)

Orientador: Dndo. Antônio Coppi Navarro(1,2)

Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho Especialização em Fisiologia do Exercício:Prescrição do Exercício

Belo Horizonte

2008

[email protected]

Alameda Dr. Cícero de Castro Filho 1819

Triângulo – Oliveira – Minas Gerais

CEP: 35540-000

Tel: 037-9902-7032

RESUMO -1-

Introdução; A obesidade pode ser considerada um dos maiores problemas de saúde da atualidade por estar associada a inúmeras doenças. Para evitar tanto o crescimento como o surgimento de novos casos de obesidade, faz-se necessário que medidas de prevenção sejam tomadas. A prevenção é realizada através de mudanças no estilo de vida, como reeducação alimentar e inclusão da prática de exercícios físicos. Objetivo: O objetivo desta revisão foi abordar que os exercícios resistidos podem ser adotados na prescrição do exercício para otimizar o processo de perda de peso. Revisão de Literatura:

Observou-se que os exercícios de resistência muscular combinados com o exercício aeróbio, pareceram alcançar os maiores resultados nos programas de perda de peso, por auxiliar no aumento da taxa metabólica de repouso, manter e/ou aumentar a massa muscular e otimizar os índices de mobilização e utilização de gordura durante o emagrecimento. O objetivo de emagrecimento parece ser alcançado com êxito em programas que incluem exercícios de resistência. Conclusão: o treinamento com pesos possui influência positiva no controle da obesidade, proporcionando um aumento significativo na demanda energética pós-exercício, mantendo-a acima dos valores de repouso. Os exercícios de força oferecem estratégias para o controle do peso corporal através do gasto calórico, aumentando a massa muscular e da taxa metabólica de repouso (EPOC). Como conseqüência ocorre diminuição no percentual de gordura corporal, favorecendo um emagrecimento seguro e saudável.

Palavras-chave: Obesidade, exercícios de força, metabolismo celular, emagrecimento.

ABSTRACT -2-

Introduction; The obesity can be considered one of the biggest problems of health of the present time for being associated the innumerable illnesses. To prevent in such a way the growth as the sprouting of new cases of obesity, one becomes necessary that measured by prevention they are taken. The prevention is carried through through changes in the life style, as alimentary re-education and inclusion of the practical one of physical exercises. Objective: The objective of this revision was to approach that the resisted exercises can be adopted in the lapsing of the exercise to optimize the process of loss of weight. Revision of Literature: It was observed that the combined exercises of muscular resistance with the aerobic exercise, had seemed to reach the greaters resulted in the programs of loss of weight, for assisting in the increase of the metabolic tax of rest, keeping and/or to increase the muscular mass and to optimize the indices of mobilization and use of fat during the weight loss. The weight loss objective seems to be reached with success in programs that include resistance exercises. Conclusion: the training with weights possesss positive influence in the control of the obesity, providing a significant increase in the energy demand after-exercise, keeping it above of the values of rest. The force exercises offer to strategies for the control of the corporal weight through the expense caloric, increasing the muscular mass and of the metabolic tax of rest (EPOC). As consequence reduction in the percentage of corporal fat occurs, favoring safe and healthful weight loss.

Word-key: Obesity, exercises of force, cellular metabolism, loss of weight.

INTRODUÇÃO -3-

A obesidade associado a um estilo de vida inativo representa uma das maiores ameaças à saúde dos indivíduos no mundo atual. Sua prevalência vem crescendo acentuadamente desde as últimas décadas, inclusive nos países em desenvolvimento, o que levou a doença à condição de epidemia global. A obesidade pode ser caracterizada como o distúrbio nutricional mais importante do mundo desenvolvido, já que cerca de 10% de sua população é obesa. Um dos grandes motivos para a instalação desta epidemia é a falta de atividade física (Matsudo e Colaboradores, 2002).

O exercício físico pode ser considerado o mais poderoso "desafio" fisiológico para a saúde do corpo humano. Este requer um grande ajuste metabólico para aumentar o suprimento de oxigênio e combustível na realização do trabalho muscular, causando, dessa forma, aumentos significativos de energia acima dos valores de repouso.

Nos dias de hoje acredita-se que o emagrecimento acontece pelo gasto calórico total da atividade, no qual inclui a realização do exercício, bem como a sua recuperação orgânica. Devido a este conhecimento, passou-se a dar mais importância a intensidade do exercício, por aumentar o gasto calórico durante as 24 horas do dia para o indivíduo, facilitando a perda de peso (Dionne, Tremblay, 2003), além de ser mais eficiente na melhora do condicionamento físico (Fernandez e colaboradores, 2004).

As pessoas obesas, ao se submeterem à exercícios mais intensos, como a corrida, podem sobrecarregar suas articulações, caso estas não estejam preparadas a suportar exercícios mais intensos e cíclicos, podendo gerar entre outras doenças articulares a osteoartrite nas mais diversas articulações, o que

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poderia causar dor, limitar a amplitude dos movimentos e reduzir o número de opções viáveis de exercícios (Foreyt, 2003). Indivíduos com sobrepeso representam um risco maior de desenvolver doenças ortopédicas (ACSM, 2000a). Neste caso, a prática do treinamento com exercícios de força, parece ser um método d treinamento eficiente, tendo o intuito de fortalecer os músculos esqueléticos e assim diminuir o risco de lesões por impacto, bem como aumentar o gasto calórico (ASCM, 2002; Guedes, 1998).

Sendo assim, o objetivo desta revisão é hipotetizar que os exercícios de força podem ser um método eficiente para atender as pessoas obesas. Neste estudo foram abordados estratégias mais eficientes de acordo com a literatura, para otimizar o emagrecimento.

REVISÃO DE LITERATURA -5-

OBESIDADE

Segundo Dâmaso e colaboradores (2003), a obesidade é uma doença multifatorial, visto que existem contribuições comportamentais, do estilo de vida e aspectos fisiológicos no desenvolvimento e manutenção desta.

A obesidade se dá em função do desequilíbrio energético. Apresenta uma etiologia multifatorial, classificando-se em exógena (influenciada por fatores externos de origens comportamental, dietética e/ou ambiental, 95% dos casos) e endógena (componentes genéticos, 5% dos casos).

A obesidade é uma sobrecarga ponderal por acumulação das gorduras de reserva. Teoricamente, ingestão maior que o gasto energético.

EPIDEMIOLOGIA DA OBESIDADE

Durante séculos, a obesidade foi vista como sinônimo de beleza, bem-estar físico, riqueza e poder. Hoje ela constitui um importante problema de saúde pública, tanto pelo seu impacto na expectativa média de vida como pela piora que causa na sua qualidade. Já é a principal causa de morte evitável, ao lado do tabaco.

A obesidade é considerada, em países desenvolvidos e em desenvolvimento, um importante problema de saúde pública, e pela OMS, uma epidemia global. Nas últimas três décadas temos observado nas nações em desenvolvimento um fenômeno chamado de Inversão Epidemiológica. Significa dizer que as doenças infecto-contagiosas, que antes eram o principal problema de saúde dessas populações, agora foram superadas por um grupo de enfermidades conhecidas como crônico-degenerativas, como o diabetes tipo II, as dislipidemias, as enfermidades cardiovasculares e a hipertensão arterial.

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Todas essas patologias apresentam uma relação direta com um transtorno metabólico em comum: o excesso de peso. O problema fica ainda mais preocupante quando analisamos a escalada da obesidade (Dâmaso, 2003).

CONSEQÜÊNCIAS DA OBESIDADE

Segundo Dâmaso (2003) a obesidade é uma doença crônica que vem apresentando significativo aumento de incidência mundial, está associada a um número de alterações deletérias no metabolismo lipídico, incluindo níveis elevados de colesterol total, LDL-c, triglicerídeos e redução do HDL-c em torno de 5%. Dessa forma, há probabilidade de elevação arterial, dislipidemia e diabetes, resistência a insulina (síndrome metabólica), problemas associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e aterosclerose.

O índice de massa corporal (IMC) não avalia a composição corporal. Embora seja útil para determinar os riscos à saúde da população em geral, por causa da associação entre IMC elevado e excesso de peso, isso não se aplica à indivíduos musculosos (Williams, 2002).

Os fatores de risco importantes para doença coronariana são IMC alto, nos casos em que de fato este representa obesidade, associado à hipertensão, resistência à insulina, colesterol total alto e HDL baixa.

Hoje em dia o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de cardiopatias é a localização da gordura no organismo.

EXERCÍCIO DE FORÇA -7-

Com o exercício com sobrecarga, o corpo é desafiado à produção de força. Dentro de uma sessão de treino isso se traduz em um protocolo de trabalho específico, o qual é configurado com base na seleção de cada uma das variáveis agudas do programa de exercício. As fibras musculares são recrutadas a fim de alcançar a demanda necessária de força para o levantamento de um peso ou para executar um exercício de força. Com tal exercício, outros sistemas fisiológicos são empregados para sustentar as demandas agudas do treino (p.ex., os sistemas cardiovascular e endócrino), bem como os processos de recuperação que ocorrem após o exercício ter sido realizado (p.ex., os sistemas endócrino e imune).

Ocorrem alterações fisiológicas agudas e crônicas com o exercício. A resposta aguda ao exercício usualmente resulta em mudança imediata na variável examinada (p.ex., aumento da freqüência cardíaca), enquanto a mudança crônica está relacionada à resposta do organismo ao repetido estímulo de exercício a que o corpo é exposto durante o treinamento (Fleck, Kraemer, 2006).

Treinamento de força consiste em um método de treinamento que envolve a ação voluntária do músculo esquelético contra alguma forma de resistência, que pode ser provida pelo corpo, pesos livres ou máquinas (Winetti, Capinelli, 2001). Este vem sendo bastante estudado por pesquisadores e apontado como um excelente treinamento no aprimoramento da qualidade de vida de seus praticantes, podendo contribuir em melhora nas mais diversas patologias. (Fleck, Kraemer, 2006; ACSM, 2002; Winetti, Carpinelli, 2001).

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Toda atividade física apresenta probabilidade de ocorrências de lesões. Contudo os mais bem sucedidos treinamentos de força apresentam um importante aspecto em comum: a segurança. A chance de lesão durante a execução á prática é muito pequena. A possibilidade de ocorrência de lesões pode ser muito reduzida ou completamente eliminada através do uso correto das técnicas de levantamento (biomecânica do exercício), utilizando equipamentos bem planejados e em boas condições, utilizando roupas adequadas e sendo assessorado por um profissional da área (Fleck, Kraemer, 2006), podendo ser praticado por diversos grupos especiais, como: cardiopatas, hipertensos, diabéticos, reumáticos e obesos (Balsamo, Simão, 2005; Santarém, 1999).

Os exercícios de força podem produzir mudanças na composição corporal, no desempenho motor, na força muscular e na estética corporal (Fleck, Kraemer, 2006), sendo um componente atual importante nos programas de treinamento para a saúde pública (Winnet, Carpinelli, 2001), onde a principal capacidade treinada é a força muscular (Guedes, 2003).

Os principais fatores que os levariam a contribuir com a redução do peso seriam: a manutenção da taxa metabólica de repouso, através da manutenção da massa muscular e o aumento no consumo de energia pós-exercício (EPOC, excess post-exercise consumption). Após o exercício, o consumo de oxigênio permanece acima dos níveis de repouso por um determinado período de tempo, denotando maior gasto energético durante este exercício (Meirelles, Gomes, 2004), acarretando em um aumento no gasto calórico diário, porém, as pesquisas sobre o assunto são muito contraditórias (Guedes, 2003).

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A principal crítica quanto à sua contribuição no emagrecimento, parece ser o baixo gasto calórico de uma sessão de treinamento. Porém estudar o gasto energético da atividade de força não é tarefa simples, pois existem inúmeras possibilidades de combinações de exercícios, número de séries, intervalo de recuperação, número de repetições, velocidade de execução e carga, além de que, características individuais podem interferir, tais como: raça, gênero, idade, composição corporal e nível de aptidão física. Estas variáveis podem atrapalhar a conclusão de diversas pesquisas (Meirelles, Gomes, 2004). Mesmo assim, estudos mostram influência positiva destes na perda de gordura corporal (Meirelles, Gomes, 2004; Santarém, 1999).

EXERCÍCIO DE FORÇA E O METABOLISMO

Indivíduos obesos, em especial, aqueles com obesidade abdominal, apresentam grande risco de desenvolver a síndrome metabólica – também conhecida como síndrome X, síndrome da resistência à insulina, quarteto mortal ou síndrome plurimetabólica – é caracterizada pelo agrupamento de fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial, resistência à insulina, hiperinsulinemia, intolerância à glicose/diabete do tipo II, obesidade central e dislipidemia (LDL-colesterol alto, triglicérides alto e HDL-colesterol baixo) (Rennie e colaboradores, 2003).

Exercício e Resistência à Insulina

Tem sido demonstrado que uma única sessão de exercício físico aumenta a disposição de glicose mediada pela insulina em sujeitos normais, em indivíduos com resistência à insulina parentes de primeiro grau de diabéticos do tipo dois,

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em obesos com resistência à insulina, bem como diabéticos do tipo II, e o exercício físico crônico melhora a sensibilidade à insulina em indivíduos saudáveis, em obesos não-diabéticos e em diabéticos dos tipo I e II (Ericksson,1997; Lee, 1998).

O efeito do exercício físico sobre a sensibilidade à insulina tem sido demonstrado de 12 a 48 horas após a sessão de exercício, porém volta aos níveis pré-atividade em três a cinco dias após a última sessão de exercício (Erilscsson, 1997), o que reforça a necessidade de praticar atividade física com freqüência e regularidade.

Benefício do exercício físico sobre a sensibilidade à insulina é demonstrado tanto com o exercício aeróbio como com exercício resistido (Ciolac, 2002; Pershin, 1996).

Exercício e Diabetes do Tipo II

Programas de exercício físico têm demonstrado ser eficiente no controle glicêmico de diabéticos, melhorando a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose e diminuindo a glicemia sangüínea desses indivíduos (Honkola, 1997; Castaneda, 2001).

Geralmente tem sido recomendada a realização de exercícios aeróbios para indivíduos com diabetes do tipo II (Castaneda, 2002). No entanto, recentes estudos tem demonstrado que o exercício resistido também é benéfico no controle glicêmico de diabéticos do tipo 2 (Dustan, 1998 ).

O aumento da força e massa muscular através do exercício resistido pode reverter esse quadro, melhorando o controle glicêmico desses indivíduos (Ciolac, 2002). De acordo com isso, foram demonstradas diminuições dos

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níveis glicose sangüínea, aumento dos estoques de glicogênio muscular, redução da pressão sistólica e gordura do tronco, aumento da massa muscular e do nível de atividade física diária de diabéticos obesos de ambos os sexos, após 16 semanas de exercício resistido (ACSM, 2001).

O treinamento de força promove melhora no transporte de glicose no músculo esquelético, independentemente da ação da insulina, através de elevação na expressão gênica do GLUT-4 (Neufer, 1993).

Exercício e Hipertensão Arterial

Um hormônio peptídico chamado leptina tem sido estudado na obesidade associada à hipertensão. A leptina é secretada principalmente pelo tecido adiposo, tendo como importante fonte de estímulo à insulina, os glicocorticóides, as citocinas e o fator de necrose tumoral (TNF). Em proporções menores, também é secretada pela medula óssea, hipotálamo, estômago e placenta. (Dâmaso e colaboradores, 2003).

Alto nível de atividade física diária está associado a menores níveis de pressão arterial em repouso. (Wareman e colaboradores, 2000).

A perda de peso pode reverter essa situação, promovendo o aumento da resistência vascular periférica e liberação de aldosterona, que contribui na retenção de sódio e água, elevando os níveis pressóricos (Barroso, 2000; Himeno e colaboradores 1996).

Adaptações ao treino de força no repouso, o treinamento de força, pode afetar praticamente todos os principais aspectos da função cardíaca. Alterações na morfologia cardíaca, na pressão sangüínea e no perfil lipidêmico indicam função cardíaca, saúde do órgão e risco cardiovascular (Fleck, kraemer, 2006).

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Estudos de curta duração de treinamento de força demonstram significativa diminuição do duplo-produto (é o resultado de freqüência cardíaca x pressão arterial sistólica) no repouso após o treinamento (Goldberg e colaboradores, 1994).

Exercício e Dislipidemia

Estudo de intervenção demonstra que perfis desfavoráveis de lipídios e lipoproteínas melhoram com o treinamento físico (Durstine, Haskell, 1994).

O exercício resistido amplia a habilidade do tecido muscular de consumir ácidos graxos e aumenta a atividade da enzima lípase lipoprotreíca no músculo (Blomhoff, 1992), é provável que o exercício físico seja eficiente em melhorar o perfil de lipídios e lipoproteínas em indivíduos com síndrome metabólica.

Exercício, Taxa Metabólica e Massa Adiposa

Segundo Damaso e colaboradores (2003), o exercício moderado, associado à reeducação alimentar, foi efetivo para aumentar a taxa metabólica de repouso e diminuir a massa adiposa tanto em mulheres obesas na pré-menopausa quanto em adolescentes. O aumento da lipólise durante o exercício de força é resultante, principalmente, de maior secreção do hormônio de crescimento e atividade do sistema nervoso simpático no tecido adiposo, além do aumento das catecolaminas circulantes, que permanecem elevadas no período de recuperação ao exercício, que favorece menor armazenamento de gordura no corpo.

Exercício e Efeito Térmico da Refeição

O exercício realizado antes ou após uma refeição aumenta o efeito térmico desta. Se a mensuração é realizada até 24 horas após o último exercício, esse

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efeito é mais evidente quando comparado com mensurações realizadas após três dias (Wilmore, Costill, 2001).

Exercício e Redução Local de Massa Adiposa

Pesquisadores teorizam que a gordura mobilizada durante o exercício é proveniente, principalmente, das áreas de maior concentração ou igualmente em todas as áreas, negando, dessa forma, a teoria da redução local de gorduras (Wilmore, Costill, 2001).

O papel do exercício físico na prevenção e controle da obesidade

É geralmente aceito que a diminuição da quantidade de atividade física tem contribuído de forma importante para o aumento da predominância do sobrepeso e obesidade (Grundy e colaboradores, 1999). Levando isso em consideração, recomenda-se que toda a população se engaje em uma rotina regular de exercícios físicos (ASCM, 2002).

Existem prováveis mecanismos através dos quais os exercícios podem auxiliar na perda e manutenção de peso. Alguns deles seria a regulação da ingestão alimentar, o aumento da taxa metabólica de repouso, a diminuição da massa adiposa, o aumento do efeito térmico de uma refeição, a redução local da massa adiposa, a elevação do consumo de oxigênio, bem como uma sensação de auto-suficiência e bem estar (Dâmaso e colaboradores, 2003).

Para modificar um quadro de obesidade já instalado, é importante ater-se aos fatores que envolvem o gasto total de energia diário. Este pode ser calculado considerando o gasto de energia no repouso (aproximadamente 60% do gasto

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total de energia); o efeito térmico da alimentação (aproximadamente 10% do gasto total de energia) e o gasto de energia durante o período de não – repouso (aproximadamente 30% do gasto total de energia) (Weinser e colaboradores, 1998).

Além disso, um estudo de Bronstein (1996), demonstrou que após a atividade física, a incorporação de ácidos graxos no tecido adiposo e sua estratificação para triacilglicerol diminuem, pois ocorre um aumento na concentração plasmática de ácidos graxos livres, aumentando, portanto, a sua oxidação. Outras evidências também mostram que no exercício ocorre aumento da oxidação do glicerol, que vem a ser uma contribuição adicional para a redução da lipogênese, pois com o exercício estimula-se a função de hormônios tiroidianos, estes permitem que uma quantidade maior de glicose permaneça em circulação (não sendo utilizada pelas células), promovendo desta forma o catabolismo das gorduras. Esses dados sugerem que o exercício físico atua negativamente na síntese de triglicérides para o adipócito. Assim, o mais característico no exercício é a utilização progressiva dos ácidos graxos plasmáticos, sendo sua oxidação proporcional a sua entrada no músculo. Sendo que nos exercícios prolongados a dependência dos ácidos graxos aumenta.

O exercício físico também é importante para promover um adequado balanço de energia, pois a energia gasta durante a atividade física é importante para que ocorra um efeito positivo sobre a taxa metabólica de repouso e melhora da composição corporal, o que pode manter ou preservar a massa muscular durante a perda de peso. Para que a atividade física possa manter essa perda

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de peso, é necessário que ocorra um gasto calórico de 1.500 a 2000 Kcal/ por semana (Rippe, 1998). Já para Wing (1999) e Campbell e colaboradores (1994), o gasto para a manutenção da perda de peso deveria ser no mínimo 2500 Kcal. Em contrapartida Ross e Jansen (2001) afirma que o gasto semanal recomendado com o exercício deveria ser de 3000 a 3500 Kcal/semana pelo fato da atividade física sozinha, para indivíduos obesos, reduzir somente modesta gordura abdominal ou gordura corporal total. Porém até o indivíduo obeso obter perda de peso, uma rotina de atividade física já garante uma melhora cardiovascular, reduzindo risco de doença arterial coronariana e melhorando a qualidade de vida (Negrão, 2006).

RELAÇÃO DO EXERCÍCIO DE FORÇA E O EMAGRECIMENTO

A atividade física pode ser considerada um dos tratamentos mais eficazes contra o excesso de peso corporal, pois estimula o aumento da atividade do SNS (sistema nervoso simpático), que permite os fluxos de substratos de energia em resposta do aumento da atividade do SNS, podem ter ação na redução do apetite, aumento da taxa metabólica de repouso (TOUBRO e colaboradores, 1996) e maior ação na oxidação de gorduras. Portanto o exercício físico parece ser essencial para auxiliar o indivíduo a manter perda de peso no período de dieta, pois períodos de restrição calórica tendem a reduzir a ação do SNS no organismo (Astrup, Macdonald, 1997).

Algumas modalidades de exercício físico podem ser mais benéficos que outras em relação ao impacto sobre o balanço de energia. A quantidade de gasto de energia difere de acordo com o tipo de atividade física escolhida. A economia

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energética da atividade (gasto de energia/trabalho executado) é modificada pela intensidade, grupo muscular utilizado e a variação da motivação envolvida. Também ocorrem diferenças ma predisposição dos indivíduos em relação à atividade física, dependendo do tipo de fibra muscular e características metabólicas. Pessoas obesas tem uma proporção maior de fibras do tipo IIb (fibras rápidas), cuja capacidade muscular oxidativa pode influenciar nos níveis de percepção de fadiga, pois a troca de O2 pode tornar-se mais lenta durante o exercício e este custo excessivo de O2 pode predispor o indivíduo a ser fisicamente menos ativo.

Até pouco tempo, a prescrição da atividade física para o emagrecimento limitava-se aos exercícios aeróbios, não levando em consideração a massa corporal magra e o metabolismo de repouso (Ballor e colaboradores, 1996). Em meados da década de 80, a comunidade científica reconheceu o potencial valor de treinamento com pesos sobre a capacidade funcional e outros fatores relacionados a saúde, metabolismo basal, controle de peso, saúde óssea, histórico de saúde ruim (Feigenbaum, Pollock, 1999); além da sua contribuição para a prevenção e reabilitação de lesões ortopédicas (Feigenbaum e colaboradores, 1999). Em 1978, o ASCM reconheceu a importância de um amplo programa de aptidão física e adicionou o treinamento com pesos em seu posicionamento Oficial em 1990 (Pollock, 1999). Assim, pesquisas atuais conduzidas por instituições como: ASCM, American Heart Association (AHS), recomendam programas individuais de 15 repetições, realizados no mínimo 2 vezes por semana. Cada sessão deve consistir de 8-10 diferentes exercícios que utilizem os maiores grupos musculares. A meta para este tipo de programa

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é desenvolver e/ou manter uma significativa quantidade de força, endurance e massa muscular (Feigenbaum, 1999).

Um dos motivos pelos quais os exercícios com pesos foram incluídos nos programas de emagrecimento, foi por este parecer aumentar o gasto de energia no repouso, pelo aumento da massa muscular. Sabe-se a redução do gasto de energia no repouso, após a perda de peso, é o principal fator de risco para uma posterior recuperação de peso. Com o intuito de investigar esta teoria foi realizado um estudo em adolescente obesos entre 12 e 14 anos, divididos em dois grupos, um somente dieta, e o outro grupo participou de um programa de treinamento com pesos individualizado, realizado 2 vezes por semana, juntamente com dieta. Este programa teve como objetivo prevenir a diminuição de energia gasta no repouso após perda de peso, sendo o treinamento com pesos focado para o aumento de massa magra. Como resultado do seu estudo perceberam um aumento significativo no percentual de massa magra durante a redução de peso, 3,74 Kg para o grupo de dieta mais exercícios de resistência e 1,65 Kg para o grupo de somente dieta (Schwingshandl, 1999).

De acordo com o estudo apresentado por Campbell e COLABORADORES (1994), verificou que o treinamento com pesos parece ser eficaz para adultos idosos saudáveis aumentarem o seu gasto energético. Isso ocorre pelo aumento da TMR (mas devido ao aumento metabólico dos tecidos magros e não pelo aumento da massa corporal magra) e ao custo estimado de energia do treinamento com pesos. O estudo foi realizado em homens e mulheres, entre 56 a 80 anos, durante 12 semanas. Observou-se também que o consumo energético aumentou em 15%, como necessidade de manter o peso corporal

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destes indivíduos. Mesmo aumentando o consumo energético, constatou-se que o peso corporal manteve-se estável e a massa gorda diminuiu. Através destes dados o treinamento com pesos parece ser uma estratégia efetiva e segura para os programas de controle e perda de pesos em adultos idosos.

De acordo, um estudo de Hunter e colaboradores (2000), realizados com mulheres idosas de 60 a 77 anos de idade, durante 16 semanas, observou um aumento de quase 100% na oxidação de lipídios após um programa de treinamento com pesos. Estes dados foram analisados através de medição da taxa metabólica pós-treino, avaliada entre 22 e 44 horas após o término do exercício. Isto sugere que o treinamento com pesos tem um papel importante no aumento do gasto de energia em repouso, parecendo assim, melhorar o perfil metabólico desses indivíduos.

Outro motivo pelo qual o treinamento com pesos parece ser importante para o controle da obesidade, é pela elevação do VO2 residual pós-exercício. Há indicações de que o exercício com pesos causa dramática pertubação homeostática, incluindo elevações no lactato sangüíneo, catecolaminas e hormônios anabólicos. Essa disfunção da situação homeostática pode levar algumas horas para se recuperar, mantendo a razão da troca respiratória ® pós-exercício elevada durante um período de 2 horas; e a taxa metabólica de repouso (TMR) elevada por aproximadamente por 15 horas, utilizando a gordura como substrato energético durante este período. (Mclnnis, 2000).

Para provocar este aumento no consumo de oxigênio pós-exercício, os exercícios de alta intensidade parecem ser mais eficientes que os de moderada intensidade, além de diminuírem o QR pelas próximas 24 horas, facilitando a

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utilização de gordura durante este período (Chad, Quigley, 1991). De acordo, estudos de Melby e colaboradores (1993), relacionou o efeito agudo de uma sessão de treinamento com pesos sobre o gasto de energia pós-exercício. O estudo foi realizado com 13 homens previamente treinados separados em dois grupos. No primeiro grupo, formado por 7 homens com idade entre 22 a 40 anos, foi medida a taxa metabólica de repouso (TMR) em um período de 2 e 15 horas após uma sessão de 90 minutos de um treinamento de resistência. O segundo grupo, formado por 6 homens de 20 a 35 anos, realizaram o mesmo treinamentos e tiveram sua TMR medida no outro dia, durante 2 horas após um período de repouso. Os autores concluíram que sessões rápidas e intermitentes de exercício exaustivo máximo (tentativa de 2-3 minutos de exercício separado por 3 minutos de período de repouso), elevaram a taxa metabólica pós-exercício por 4 horas. Segundo os autores, existe relação entre o exercício de resistência de curta duração e alta intensidade com variações consideráveis no volume máximo de oxigênio pós-exercício, pois o gasto de energia decorrente do treinamento com pesos pode ser o dobro fora das horas de atividade. Este aumento no gasto calórico após o treinamento, pode ser chamado excesso de oxigênio consumido pós-exercício (EPOC), uma vez que o gasto de energia não retorna imediatamente aos níveis de pré-exercício depois de uma sessão de treinamento. A magnitude e duração do excesso de consumo de oxigênio parece ser influenciado mais pela intensidade do que pela duração da atividade, pois a duração do exercício em "steady-state" parece influenciara EPOC de uma forma linear, enquanto que o aumento da intensidade do exercício além de 50 e 60%do VO2 máximo,pode influenciar no

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EPOC de maneira exponencial. Deste modo, exercício de baixa para moderada intensidade, capaz de ser executado pelo público em geral, produz pequeno excesso de gasto calórico durante a recuperação, e mostra ter um pequeno impacto no controle de peso.

De acordo com o aumento do VO2 máximo, Evans (1996) encontrou em suas pesquisas com idosos que a capacidade máxima de oxigênio de membros inferiores verificada antes e depois em um treinamento com pesos, obteve aumento significativo, enquanto que o consumo máximo de oxigênio da parte superior do corpo não sofreu mudanças. Esses dados sugerem que, além do aumento na massa muscular, o treinamento com pesos pode aumentar a capacidade máxima aeróbia, trazendo um duplo benefício para quem deseja perder peso.

CONCLUSÃO -21-

Os resultados apresentados neste estudo de revisão evidenciam que o treinamento com pesos possui influência positiva no controle da obesidade, proporcionando um aumento significativo na demanda energética pós-exercício, mantendo-a acima dos valores de repouso. Os exercícios de força oferecem estratégias para o controle do peso corporal através do gasto calórico, aumentando a massa muscular e da taxa metabólica de repouso (EPOC). Como conseqüência ocorre diminuição no percentual de gordura corporal, favorecendo um emagrecimento seguro e saudável. Torna-se evidente que o desenvolvimento e o subseqüente controle da obesidade não se expressam de forma isolada, decorrentes de um único fator. Dessa forma, torna-se clara a necessidade de iniciar o seu tratamento após a identificação destes componentes, para que o provável efeito benéfico de uma ou mais tentativas de intervenção possa resultar em melhoria de vida do obeso.

REFERÊNCIAS

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Autor: monica lopes


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