Meu Filho, Tudo Bem Com Você?





   

Maria Edmir A.A.Maranhão

Embora sendo um assunto bastante delicado, não podemos nos omitir de falar sobre ele.

Ocorre que a maioria dos pais sente vergonha de pedir ajuda ao perceber que seu filho é usuário de drogas. Porém esse percorrer solitário não leva a nada. Há necessidade do apoio de profissionais especializados, dos bons amigos, da escola para contribuir na recuperação dos nossos filhos.

É normal que a primeira reação dos pais seja de negação. Não percebem ou fazem que não percebem o que está acontecendo..

Há de que se pensar o seguinte: todos nós, diante desse problema, somos telhas de vidro. Ninguém é melhor que o outro para ter direito a dar estilingada. Poderá acontecer em qualquer das nossas famílias. Não estamos livres, absolutamente.

A dependência química leva a pessoa a perder o amor próprio, o auto-respeito e procurar isolamento.

Ao mesmo tempo em que os pais gritam, reclamam, ameaçam, eles encobrem, protegem e defendem os filhos. Sem perceber que com essas atitudes tornam-se facilitadores do vício.

Para o dependente ser ajudado é necessário que todas as portas se fechem para ele, como perder amigos, familiares, escola, etc... Enquanto os pais ficarem evitando essas perdas, não irá mudar.

Os familiares mais próximos tendem a sentirem-se culpados pelo fato. A verdade é que as causas desse problema são muitas e extrapolam o limite familiar pois o uso da droga não é contagioso mas é contagiante.

A boa orientação e informação são armas importantes através das quais podemos alcançar a vitória.

Colocamos filhos no mundo para o mundo. Jamais poderemos saber como pensarão e que atitudes os mesmos terão. A prova é que entre irmãos que recebem a mesma educação, freqüentam os mesmos ambientes, uns tornam-se usuários e outros não.

A nossa consciência estará tranqüila se dermosbons exemplos, mas mesmo assim poderão ocorrer problemas que fogem aosexemplos que damos. Podemos não perceber mas os nossos filhos estão, constantemente, nos observando.

Os pais devem observar se os amigos são usuários de drogas,e se há mudanças nas atividades cotidianas e no comportamento dos filhos

Notar se o adolescente vai perdendo o interesse pela escola e não reage mesmo sabendo da possibilidade de perder ao ano.

Normalmente seu humor será instável: ora depressivo ora eufórico. Seu olhar ficará distante, olhos avermelhados e hálito característico( conforme a droga).

Atitude dos pais: Lembrar que o amor , o carinho são poderosas armas para ajudar.

Procurar não acusar chamando de maconheiro, drogado, marginal, etc

Não dramatizar o fato; tratar com realismo, segurança e ser objetivo na busca da solução do problema..

Como todo processo de aprendizagem começa na infância é importante que a criança não observe pais que ingerem algo para amenizar problemas do cotidiano ou mesmo para dormir ( álcool- calmantes).

O adulto deve alertar o adolescente sobre os efeitos das drogas. É hora de voltar o "velho diálogo" entre pais e filhos.

A pressão do grupo só fará efeito sobre o jovem quando não sentir compreensão em casa e não tiver liberdade suficiente para dirigir-se aos pais, pois o autoritarismo a arbitrariedade ou rigidez em demasia podem levar o filho para longe dos pais.

"Portanto não permita que um traficante adote seu filho."

Bibliografia:

Ramos, SP. Porto Alegre

Gurfinkel, D. A droga e a coisa SP Ed. USP

Santos RMM, Lima DR. Os jovens e as drogas

Lima, ES Tese UNICAMP


Autor: Maria Edmir Maranhão


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