Circuit Breaker



 

CIRCUIT BREAKER

 

Recordes, recordes, recordes... Recordes negativos.

A economia retrocedeu; a economia mundial retrocedeu, menos a economia venezuelana, pois Hugo Chávez vai criar o "Banco Mundial do Petróleo" para resistir toda e qualquer crise. Parece que esse presidente vive na terra da "Alice no país das maravilhas", onde não existe a globalização.

Em questão da globalização, onde o mercado funciona num circuito fechado, o que acontece em um país tem efeito nos outros, mas e no caso da crise americana, se não houvesse esse circuito fechado, teria conseqüências aos demais?

A economia dos EUA corresponde a 30 % do mundo, com globalização ou não, haveria efeitos, pois estes são os maiores exportadores e importadores do mundo.

O start da crise americana começou no crédito abundante (como há no Brasil) e liberação desregulamentada do sistema imobiliário, sem garantias de retorno.

Começou, então, formar uma bolhinha imobiliária que foi evoluindo, afetando os demais países, quebra-quebra de alguns bancos de renome nos EUA, pacotes econômicos foram efetuados, tanto nos EUA como na UE e, também, no Brasil.

Retornando a questão do credito imobiliário, no Brasil (antes da crise) estava estimulado a construir, não se encontrava pedreiros disponíveis; durante crise, os números de procura pelo crédito e por habitações caíram muito, sinal de que não é uma boa hora de se investir.

A economia mundial pode ser assemelhada como uma montanha russa; dias têm picos positivos, os altos, hora estável e, quedas, quedas muito bruscas.

Analisando a cotação do dólar, partiu dos estáveis R$ 1,65 aos inimagináveis R$ 2,52... Após certa tranqüilidade, voltou aos R$ 2,02. Hoje, esta acima dos R$ 2,20.

Não muito diferente acontece com os índices da Ibovespa: antes da crise, batia recordes de pontos, nunca na historia brasileira chegou-se a números tão expressivos. Durante crise, os investidores resolveram retirar seu dinheiro das negociações, o risco-país, que mede o grau de confiança, subiu, a Ibovespa caiu, e continua caindo.

Confesso, o mercado é muito estranho; hora esta com receio, guarnecido, hora esta otimista. Um dia a bolsa caí 15,38 % e no outro sobe 10,68 % ! ... Dá para entender?

Segundo os especialistas, quando o preço do petróleo recua, significa crise (especulando o mercado americano, será que com a queda do petróleo os EUA continuarão a subsidiar a produção de etanol de milho? Caso isso venha a ocorrer, nós, sucroalcooleiros, seremos beneficiados, pois o nosso álcool, o de cana, será mais competitivo frente ao americano); nada mais seguro investir no ouro – dos "pífios" R$ 44,00 o grama, com a crise, bateu a casa dos R$ 65,00. Que rendimento!

Logo, o que esperar da economia mundial? É passível a um ano ou semelhante a de 29? Vamos aguardar e ver o que virá para nós.


Autor: Junior Miranda Scheuer


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