A Importância da Atividade Física no Combate à Osteoporose em Mulheres Acima de 45 Anos de Idade



Introdução

A osteoporose é um termo que se refere à diminuição da massa óssea do esqueleto humano, resultante do processo de remodelação óssea em adultos, uma condição de menor densidade, com menor conteúdo mineral e aumentado risco de fraturas (SOARES, 1999).

Ela é a enfermidade com maior incidência mundial em doenças reumáticas, situando-se em segundo lugar, logo depois da artrose (KNOPLICH, 1997).

As mulheres após a menopausa são as que correm maior risco de enfraquecimento ósseo (sobretudo por questões hormonais) e já se sabe que o osso se fortalece (assim como os músculos) com exercícios físicos (KNOPLICH, 1997).

A sociedade de uma maneira geral, tem pouco conhecimento sobre as causas deste mal e principalmente sobre suas prevenções.

O objetivo deste estudo é verificar entre a caminhada, hidroginástica e exercícios com peso, qual a atividade mais indicada na prevenção para esta parte da população com osteoporose de diversos graus.

Esqueleto humano e formação óssea

Antes de qualquer coisa, devemos entender como funciona a estrutura óssea, sua formação e funções do esqueleto humano.

O esqueleto tem diversas funções, tais como sustentação, locomoção, proteção de órgãos internos e hematopoiese, que é a produção de células do sangue.

Ele é composto por 206 ossos, porém, acontecem muitas variações individuais, um osso junta-se a outro ou um osso divide-se em dois. Por isso não é muito importante o número de ossos e sim como eles são formados e constituídos.

Quando se fala em mineralização óssea, automaticamente as pessoas imaginam unicamente o cálcio na formação do tecido, porém, esse é um processo muito mais extenso. Na realidade o osso tem em sua composição 70% de material inorgânico (depósito de cálcio, fósforo, potássio, sódio, flúor, zinco, magnésio entre outros elementos) e 30% material orgânico (água e colágeno). É essa mineralização que deixa o osso duro. A cartilagem que é mais mole, por exemplo, tem uma mineralização menor (KNOPLICH, 1997).

Esse processo pode variar dentro de um mesmo osso. Em algumas partes o osso fica mais compacto e é chamado osso cortical, já em outras (geralmente nas suas extremidades), o osso tem alguns orifícios por dentro e por esse motivo é chamado osso esponjoso ou trabecular.

Para entender a osteoporose, temos que saber que os ossos estão em constante remodelagem pela ação dos osteócitos (células existentes no osso).

Os osteócitos dividem-se em dois tipos, dependendo das necessidades do organismo (SOARES, 1999):

Osteoblastos: células formadoras do osso, depositam cálcio no osso.

Osteoclastos: células destruidoras do osso, captam o cálcio do osso.

Essas duas células não param de atuar durante toda a vida. Mas por que ocorre essa constante atividade?

O osso funciona como um depósito de cálcio do organismo, sendo este mineral importante para uma série de processos biológicos, como absorção de vitamina D, atividades ligadas a imunologia, entre outras. O cálcio necessário a esses processos deve estar circulando no sangue e vem principalmente da alimentação e quando falta, o organismo é obrigado a retirar do osso e isso é função dos osteoclastos.

O processo contrário também ocorre, quando há um aumento nos níveis de cálcio no sangue, este deve ser depositado no osso pelos osteoblastos. A todo este processo é dado o nome de turn-over (RENA, 2005).

Para que o processo acima funcione, segundo SKARE (1999) é necessário que se dê atenção aos seguintes aspectos:

Cálcio: é o mais importante componente mineral do osso e auxilia em várias atividades do organismo.

Vitamina D: entre outras funções a vitamina D é usada pelo organismo para absorver o cálcio e outros minerais no intestino.

Sol: a ação do Sol é sobre a pele, transformando vários produtos e enzimas que ajudam o cálcio do sangue a ser absorvido pelo osso.

Atividade física:veremos esta parte em maiores detalhes nos parágrafos a seguir, mas a atividade física promove um estímulo no osso de modo que ele absorva mais cálcio, tornando-se mais forte. Portanto, o osso pode ser fortalecido com exercícios, assim como os músculos.

RUSSO (2002), acrescenta ainda a esta relação os fatores endócrinos. Certos distúrbios endócrinos podem provocar osteoporose ou até mesmo em jovens uma osteopenia (estágio inicial de uma osteoporose). Alguns dos hormônios que afetam a remodelação óssea são:

Hormônio da paratireóide (HPT): este hormônio acelera a produção de osteoclastos quando os níveis de cálcio no sangue estão baixos (2mg/ml).

Quando os níveis chegam aos considerados normais, é necessário parar de produzir cálcio e formar osteoclastos com o seguinte mecanismo:

Calcitonina: é secretada pela glândula tireóide. Este hormônio vai inibir a ação dos osteoclastos quando os níveis de cálcio no sangue estiverem altos.

Glicocorticóides: o hipertireoidismo conduz a um estado refratário de formação da massa óssea. O excesso crônico de glicocorticóides reduz o metabolismo dos minerais e do tecido ósseo.

Osteoporose

Qualquer distúrbio nos mecanismos de proteção do organismo vistos acima pode gerar uma osteoporose. Agora vamos entender a doença:

Segundo KNOPLICH (1997), a osteoporose é uma perda de cálcio e massa dos ossos que atinge 10 vezes mais as mulheres que os homens. A osteoporose atinge todas as mulheres depois dos 45 anos. Em 30 a 40% essa osteoporose é grave e pode causar fratura nos ossos. Isso significa que a cada quatro mulheres, uma vai ter complicações maiores com a osteoporose.

Outras definições podem ser encontradas:

De acordo com MACHADO (2000), é um processo de rarefação óssea, que determina a presença de um osso mais frágil, por perda dos depósitos de cálcio.

Para LANGER (2002), a osteoporose é a mais comum das doenças ósseas e é resultante do processo de remodelação óssea em adultos, uma condição de menor densidade óssea, com menor conteúdo mineral e aumentado risco de fraturas.

O conhecimento sobre suas causas e tratamentos não é tão antigo. Há pouco tempo atrás o diagnóstico da osteoporose era feito através de radiografia e, portanto, dependendo da qualidade da mesma ou da percepção do médico o paciente era tido com osteoporose erroneamente.

Somente em 1983 foi descoberto o método de densitometria óssea e o diagnóstico ficou mais fidedigno.

Com o avanço da tecnologia, hoje em dia podemos dividir a doença em duas: osteoporose primária ou natural, que acomete as mulheres pós menopausa e se estende 10 anos após este período e a osteoporose senil, que atinge homens e mulheres com 65 anos ou mais (SOARES, 1999).

Considerada hoje um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a osteoporose tem sido tema de vários estudos com o intuito de encontrar a melhor solução para o problema.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 40% das mulheres terão pelo menos uma fratura vertebral até os 80 anos, 15% terão uma fratura no quadril ao longo de suas vidas e 15% terão uma fratura no punho aos 50 anos ou mais.

Fatores de risco individuais

SACHS (1995), aponta alguns fatores que podem aumentar os riscos de osteoporose:

O primeiro deles é a herança familiar, se há algum histórico familiar com presença de osteoporose, a pessoa terá um risco muito alto de ter complicações ao longo da vida.

A raça (branca ou negra) também define a fragilidade do osso. Os negros têm menos risco à osteoporose que os brancos. Eles têm uma perda óssea mais lenta e o nível de calcitonina no sangue é mais alto.

Em relação ao sexo, homens e mulheres tem uma grande disparidade no que diz respeito a suscetibilidade à osteoporose. A incidência é maior em mulheres, principalmente após a menopausa. Alguns dos motivos serão expostos a seguir:

Os hormônios estrogênio e progesterona ajudam a fixar o cálcio no osso. Após a menopausa, a produção desses hormônios é muito diminuída, e logo, a fixação de cálcio ocorrerá com maior dificuldade.

Da mesma maneira, as mulheres que passam por histerectomia (retirada do útero) com retirada dos ovários (glândula sexual feminina que produz estrogênio e progesterona) ou aquelas que têm qualquer tipo de complicação nos ovários, têm problemas na produção hormonal.

No período de gestação, o bebê recebe o cálcio da mãe. Caso ela tenha o necessário, tudo bem, caso contrário, os osteoclastos vão atuar e fazer a retirada dos ossos dela para doar ao bebê.

GREGÓRIO (2002), acrescenta também o período de amamentação, quando a mãe precisa ter bastante cálcio no sangue, caso contrário, o bebê ficará debilitado desse nutriente.

SHEPHARD (1999), aponta também para outros detalhes importantes:

Alimentação: a ingestão de cálcio deve ser equilibrada durante toda a vida (entre 800 e 1200 mg de cálcio por dia). A ingestão muita alta de fósforo também pode acelerar a osteoporose.

Café: a cafeína é antagônica ao cálcio. Por isso, quem toma acima de três xícaras por dia pode correr riscos a longo prazo.

Álcool: o alcoolismo crônico é uma causa frequente de perda de massa óssea. Isto pode estar relacionado com à alimentação reduzida nos alcoólatras ou pelo fato do etanol ser tóxico para as células.

Atividade física

Diversos estudos vêm sendo realizados com o intuito de verificar qual seria a melhor atividade para prevenir ou controlar esta doença. Deve-se saber, no entanto, que a atividade física visando prevenir a osteoporose deve ser praticada principalmente com o intuito de interromper a perda de massa óssea, ao invés de esperar um aumento dela nos praticantes.

O que muitas pessoas não sabem é que assim como os músculos, os ossos também são fortalecidos com a prática regular de exercícios. Essa manutenção da massa óssea parece estar relacionada com a contração muscular, assim como com a ação da gravidade e o estresse mecânico a que o osso é submetido.

Pesquisas realizadas por FERNANDES (1996) sugerem que exercícios com sobrecarga em locais específicos e impacto promovem um estímulo mais efetivo, quer dizer, o exercício tem um efeito local sobre o osso, sendo este, sensível à sobrecarga que age sobre ele e respondendo prontamente à elas.

Desta forma, busca-se sobre a atividade mais indicada e seus prós e contras:

A caminhada se mostrou capaz de promover um certo grau de osteogênese. No entanto, os efeitos do treinamento foram observados, sobretudo, nos membros inferiores. Além disso, pesquisas examinando os programas de intervenção com caminhada, demonstraram que esta atividade comumente prescrita para mulheres na pós-menopausa, não previnem de forma efetiva a perda de massa óssea, somente retardam esse acontecimento (CAVANAUGH & ANN, 1988).

Vale ressaltar também que deve-se fazer a prática em um local apropriado, pois quando feito em calçadas ou terrenos irregulares como nas ruas das grandes cidades o risco de quedas se torna elevado, e o que uma pessoa com osteoporose mais abomina é cair e aumentar suas probabilidades de sofrer alguma fratura.

Diferente disso acontece com a hidroginástica.A hidroginástica oferece um ambiente extremamente seguro para a prática de exercícios, diminuindo o risco de quedas.

PAULO (1994) afirma que devido às características do meio líquido, o indivíduo que se exercita tem uma sensação de diminuição do peso corporal, livramento das articulações, bom funcionamento do sistema termorregulador e envolvimento da maioria dos grupos musculares.

Estudos realizados SANDERS (2001) indicam aumentos significativos de força e resistência muscular nos praticantes em programas aquáticos. O aumento de força foi identificado inclusive na região abdominal, sem que os alunos tivessem realizado exercícios específicos.

Buscando verificar qual foi o nível de fortalecimento ósseo dentro da água, em um estudo realizado recentemente, foi observado a densidade mineral óssea em mulheres praticantes de hidroginástica e sedentárias, sendo constatado que as mulheres ativas tinham uma densidade óssea significativamente maior, BÁLSAMO (2002).

No mesmo estudo, quando a comparação foi feita entre as praticantes de hidroginástica e de musculação, as mulheres da hidroginástica tiveram números apenas ligeiramente menores.

Segundo WYSONG (2003), os exercícios aquáticos melhoram o equilíbrio em mulheres no período pós-menopausa e podem indiretamente ajudar a impedir quedas. Uma pesquisa foi realizada pelo mesmo WYSONG (2003) com 73 mulheres sendo divididas em três grupos: praticantes de hidroginástica, praticantes de ginástica localizada e grupo controle. Ao final do estudo, ambos os sujeitos que fizeram atividades físicas obtiveram ganhos de força, correção da postura, melhora do equilíbrio e da marcha. Contudo, as mulheres treinadas na água apresentaram maiores níveis de equilíbrio lateral (devido as ondulaçõese balanços da água), o que pode ajudar na prevenção das quedas.

Musculação: atualmente os exercícios com pesos (musculação ou ginástica) são os mais estudados em relação ao estímulo aplicado aos ossos e se mostraram muito eficientes na atividade osteoblástica e, consequentemente, na formação óssea (RASO, 1997).

O treinamento de força muscular de alta intensidade, aproximadamente 80% de 1RM (repetição máxima), realizado três vezes por semana durante um período de um ano promove o incremento de dois gramas no conteúdo total mineral ósseo (FIATARONE, 1990).

Outro fator relevante remete à força muscular. Mulheres após a menopausa perdem massa magra rapidamente (conhecido como sarcopenia). A sarcopenia é um dos fatores que levam a distúrbios de marcha nas pessoas, aumentando assim, a propensão a quedas e possíveis fraturas. A musculação, neste caso, além de aumentar a densidade do osso melhora também a força muscular diminuindo assim o risco de fraturas (RADU, 2007).

Conclusão

Tendo em vista os estudos relatados acima, podemos concluir que a hidroginástica não é a melhor atividade para promoção da osteogênese nos portadores de osteoporose, mas apresenta outros inúmeros benefícios ao praticante, sendo então, esta atividade indicada aos casos mais graves da doença e para idosos, sobretudo, com dificuldades de locomoção devido à segurança que o meio aquoso lhes proporciona.

A hidroginástica é uma atividade capaz de trazer a quem a pratica um aumento cardio-vascular, da força muscular, flexibilidade e equilíbrio, além de estimular algum grau de osteogênese. Já a musculação, consegue reunir todos os benefícios citados acima somado a um alto grau de osteogênese, fortalecendo os ossos de forma mais eficaz.

Como foi visto nos tópicos anteriores, a caminhada tem um poder apenas regular a formação óssea, e limitando-se principalmente nos membros inferiores. O maior problema desta atividade seria o risco de quedas, o qual agravaria as complicações já vistas.

É importante, portanto, que os profissionais não prescrevam a hidroginástica como a melhor atividade para o portador da osteoporose. Já foi ressaltada a importância da atividade com pesos, mas caso a pessoa não se sinta apta a iniciar esse tipo de trabalho ou se o próprio médico fez alguma restrição, a hidroginástica vem a ser o meio preparatório para tal, até que se atinja um condicionamento físico melhor e então pode-se dar início a um programa de musculação, por exemplo, ou melhor ainda uma junção destas práticas.

Referências

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Autor: marcelo dantas


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