A Importância dos Primeiros Socorros para o Turismo



[1]Andréia Fernandes Passos Ferreira

RESUMO

Falar sobre turismo parece ser fácil, mais quando envolve uma atividade dentro do turismo que necessite de socorro, torna-se uma tarefa difícil, principalmente para quem não sabe ou nunca ouviu falar de primeiros socorros. Qualquer cidadão pode prestar um atendimento de primeiros socorros, só é necessário que este esteja apto para prestar o primeiro atendimento. A proposta deste trabalho é de divulgar a gravidade dos primeiros socorros no turismo como estudo essencial no meio acadêmico e profissional.

PALAVRAS CHAVE

Turismo, Primeiros Socorros.

ABSTRACT

To speak on tourism seems to be easy, more when it involves an activity inside of the tourism that needs aid, becomes a difficult task, mainly for who it does not know or never it heard to speak first-aid. Any citizen can give an attendance first-aid, is only necessary that this is apt to give the first attendance. The proposal of this work is to divulge the gravity of the first socorros in the tourism as essential study in the half academic and professional.

KEY WORDS

Tourism, First Socorros.

INTRODUÇÃO

Apesar de não existir uma única definição de turismo, pode-se observar, a partir dos conceitos trabalhados, que fazer turismo significa deslocamento do homem, voluntariamente para fora do local habitual de residência, sem, no entanto, exercer nenhuma atividade lucrativa. Para LAGE (1998, p. 24), "turismo é (...) um conjunto de diversas atividades econômicas, incluindo transporte, hospedagem, agenciamento de viagens e práticas de lazer, além de outras ações mercadológicas que produzem riquezas e geram empregos para muitas regiões e países". Atualmente o turismo é visto como uma estratégia de desenvolvimento econômico e social que serve de alternativa para uma economia local que, muitas vezes, encontra-se estagnada.

O turismo ao estar inserido na economia global leva a cultura dos brasileiros para os mais distantes países, trazendo a cultura de outras nações e fazendo novas junções. Conhecer novos lugares, novas pessoas e se integrar, são uma antiga paixão e desejo do ser humano e uma característica do homem. Foi assim que surgiu o turismo no período do século XIX, com o deslocamento, cujas necessidades principais eram o ócio, descanso, cultura, lazer, saúde, negócios ou harmonia familiar. Para satisfazer as necessidades e ansiedade do turista,

OLIVEIRA (2002, p 33), diz que é preciso compreender que as atrações devem ser atrações atraentes (...), não basta apenas possuir belezas naturais, patrimônio históricos (...), se forem de difícil acesso, oferecer riscos aos visitantes, sem um mínimo de conforto (...). Essas atrações deixam de serem atraentes, (...), os turistas vão embora em busca de locais que oferecem melhores condições de visitação.

Sendo assim, é importante conhecer as diversas tipologias praticadas em todo mundo, cada um de acordo com as peculiaridades de cada região para saber qual a atividade que deverá ser desenvolvida de acordo com o perfil do visitante. Essa preocupação torna-se importante devido aos riscos que cada tipo de turismo desenvolva, independente do seu segmento. É relevante principalmente para o guia de turismo, empresários e turistas, saberem as técnicas de segurança para trabalhar com qualquer modalidade do turismo, pois é de inteira responsabilidade cuidar da integridade física e moral daqueles que está sob sua guarda. A prudência, o conhecimento e o planejamento, são três equipamentos indispensáveis para os profissionais e praticantes do turismo.

Atualmente um dos segmentos que mais esta sendo trabalhado e discutido pelo ministério do turismo em termos de segurança é o turismo de aventura. Este por sua vez necessita de uma atenção maior devido às manobras e ações que são executadas. Mais vale ressaltar que o turismo é uma atividade extensa, necessitando de uma preocupação global e não focando em um só segmento.

O turismo de aventura é o segmento do mercado turístico que promove a prática de atividades de aventura e esportes recreacional, em ambientes naturais e espaços urbanos ao ar livre, que envolvam emoções e riscos controlados, exigindo o uso de técnicas e equipamentos específicos, a adoção de procedimentos para garantir a segurança pessoal e de terceiros e o respeito ao patrimônio ambiental e sociocultural. (UVINHA apud EMBRATUR, 2001).

Essas apreensões voltadas para a segurança, resumiram-se ao atendimento emergencial para o turista e até mesmo o próprio profissional da área. É importante para o cidadão saber que, quando ele toma a decisão de viajar ele necessita fazer uma investigação do local de destino. Mais por quê? Porque o conhecimento é a forma de solução para problemas próprios e comuns a vida para a segurança de qualquer pessoa, em especial dos turistas de primeira viajem e dos turistas que praticam qualquer segmento. Pois conhecer o local de visitação irá leva-ló a tomar decisões eminentes e rápidas, principalmente em situações de riscos e de urgências.

Todos os que são profissionais dessa área, ou os que pretendem ser, devem ter a consciência de que o turísmo tem que ser planejado com responsabilidade para que o serviço ofertado seja de qualidade. Assim o conhecimento sobre segurança pessoal, prevenção de acidente e primeiros socorros é mais que justificado, já que o código civil em vigor responsabiliza todo e qualquer cidadão pela omissão de primeiros socorros, penalizando com prisão e multa, se resultar em lesão corporal grave. (COELHO, 2007)

Tratar desse asssunto (segurança pessoal, prevenção de acidentes, gerenciamento de riscos e primeiros socorros, conhecidos pelas siglas: SP, PA, GR e PS), parece fácil, mas existe escassez de alguns autores principalmente em se tratando de turismo. Falar de primeiros socorros é um assunto que estava condicionado aos profissionais da área de saúde devido os conhecimentos mais avançados que estes possuem em anatomia e fisiologia humana. Mais primeiros socorros é um atendimento emergencial que toda população deverá ter conhecimento porque a grande maioria dos acidentes poderiam ser evitados, porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas.

Alguns autores relatam que os primeiros socorros são de tamanha importância que deverá ser inserida nas escolas ou universidades. "Seria de grande utilidade para os futuros turismólogos - um diferencial profissional - e muito bem-vindo por toda a sociedade que os cursos incluíssem treinamentos de SP, PA, GR e PS em sua grade curricular, como disciplinas obrigatórias" (COELHO, 2007). Atualmente já acontece a inculsão da disciplina em algumas faculdades, uma delas é o Centro Universitário da Bahhia –FIB, mas ainda é uma novidade no meio academico. Onde se observa que, mesmo após a normalização do Turismo de Aventura o Ministério do Turismo, em parceria com a Abeta - Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura , a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Instituto de Hospitalidade, desenvolveram 19 normas e só 03 foram implementadas, o que comprova que ainda é recente o assunto para o turismo.

Para melhor sociabilizar as normas para o turismo, a Abeta - Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura desenvolveu cursos à distância (EAD), que são gratuitos oferecidos através da internet chamados Programas Aventura Segura que são: Curso de Sistema de Gestão da Segurança, Curso de Gestão Empresarial, Curso de Competências Mínimas do Condutor[2].

Portanto é importante saber todas as normas de segurança para que vidas possam ser salvas independentes da sua origem. As brechas que existem por conta do poder público e privado de não disponibilizarem cursos gratuitos deveram ser solucionados o quanto rápido, porque esses conhecimentos podem representar a diferença entre a vida e a morte de qualquer pessoa.

REFERÊNCIAS

ABETA - Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura. Aventura Segura: programa de qualificação e certificação em turismo de aventura. Disponível em: http://www.abeta.com.br/aventura-segura. Acessado em: 29 set. 2008.

COELHO, Inês Eloísa. Prevenção de acidentes e primeiros socorros no turismo. Artigo. (Bacharel em turismo e Técnica em enfermagem). 2007. Disponível em:http://www.etur.com.br/conteudocompleto.asp?idconteudo=11769. Acessado em: 20 set. 2008.

COELHO, Inês Eloísa.A importância dos primeiros socorros. Artigo. (Bacharel em turismo e Técnica em enfermagem). 2007. Disponível em: http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup171734,0.htm. Acessado em: 20 set. 2008.

OLIVEIRA, Antônio Pereira. Turismo e desenvolvimento: planejamento e organização. 4. ed – São Paulo: Atlas, 2002.

UVINHA, Ricardo ///ricci. Turismo de aventura: reflexões e tendências. São Paulo: Aleph, 2005.


[1] Técnica em Patologia Clínica. Bacharel em Turismo e Guia de Turismo Regional pelo Centro Universitário da Bahia - FIB. Agente de Viagens. Certificada pelo Sistema de Qualidades Operacional Qualitur no Instituto de Hospitalidade da Bahia. [email protected].

[2]ABETA - Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura. Aventura Segura: programa de qualificação e certificação em turismo de aventura. Disponível em: http://www.abeta.com.br/aventura-segura. Acessado em: 29 set. 2008.


Autor: Andréia Ferreira


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