Osteoporose no Climatério



AUTORES: Acadêmicos do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO)

VILLARROEL, Sueli Marques

LEITE, Naraiane

SILVA, Eliane Custódio

MARTINS, Ana Lúcia

ORIENTADORA: Daurema Docasar

RESUMO: Osteoporose é a doença óssea metabólica mais freqüente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como "diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos". É considerado um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento. O climatério é a fase da vida em que ocorre a transição do período reprodutivo ou fértil para o não reprodutivo, devido à diminuição dos hormônios sexuais produzidos pelos ovários.

INTRODUÇÃO:

A osteoporose é uma doença ósteo-metabólica que atinge especialmente mulheres após a menopausa. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1/3 das mulheres brancas, acima dos 65 anos, são portadoras de osteoporose. No Brasil, segundo o IBGE, a população portadora de osteoporose é de 4,3 milhões, e os casos de fraturas de quadril são de aproximadamente 215 mil casos anuais. É uma enfermidade que ocorre devido à redução da densidade mineral óssea, induzindo a sua fragilidade e provocando fraturas com maior facilidade na coluna lombar, fêmur e antebraço. A raça, o sexo e os fatores nutricionais exercem influência na massa óssea. Na mulher climatérica, esta redução se acelera e pode chegar a 6% de perda ao ano. Isso significa que a mulher climatérica pode perder até um terço de sua massa óssea neste período.

OSTEOPOROSE

A principal forma de tratamento da osteoporose é a prevenção O pico de massa óssea é dependente do aporte calórico, da ingestão de cálcio e vitamina D, da função menstrual normal e da atividade física. O consumo de cálcio aumenta com a atividade física e também é maior na gravidez e lactação. As necessidades diárias variam de acordo com a faixa etária: no adolescente é cerca de 1200 mg/dia; no adulto, 800 mg/dia; na perimenopausa, 1000 mg/dia; na pós-menopausa, 1500 mg/dia; na gravidez aumenta para cerca de 1500 mg/dia e, na lactação, aumenta para 1500 a 2000 mg/dia. A principal fonte de cálcio na dieta é o leite e seus derivados, mas existe também em vegetais como espinafre, agrião, brócolis e couve-manteiga. Muitas vezes é difícil obter a quantia necessária apenas da dieta alimentar; nesses casos, pode estar indicada a suplementação.Os suplementos mais comumente utilizados são de carbonato de cálcio. Este contém 40% de cálcio elementar e precisa de meio ácido para ser solubilizado; portanto, deve ser ingerido às refeições. A presença do magnésio associado não influencia a absorção, mas melhora a tendência à obstipação. A vitamina D é sintetizada na pele pela ação dos raios solares ultravioleta e sofre transformações no fígado e rins para tornar-se ativa; favorece a formação óssea e facilita a absorção intestinal do cálcio.

Nos indivíduos deficientes dessa vitamina, a suplementação aumenta a massa óssea e diminui o risco de fraturas; nesses casos é recomendada suplementação de 400 a 800 UI/dia.

CLIMATÉRIO

As manifestações físicas e emocionais do climatério apresentam-se de freqüência e intensidades variáveis. As manifestações, às vezes começam já na pré-menopausa, quando as manifestações de tensão pré-menstrual, irregularidades dos ciclos menstruais e intensidade do fluxo começam a se exacerbar. Temos duas maneiras de visualizar a sintomatologia climatérica.

Visão clássica: É a maneira tradicional da visão médica do paciente. Olha a mulher num funcionamento perfeito, como um relógio, uma máquina prodigiosa, de acordo com as leis da matemática. Estudam-se as partes do conjunto mecânico e a doença consiste numa avaria temporária ou permanente do funcionamento de um componente ou a relação entre os componentes. A cura da doença, nessa visão, consiste na reparação da máquina. Esta maneira de encarar a sintomatologia baseia-se nos enunciados dos princípios básicos do Modelo Cartesiano ou Mecanicista de Galileu, Newton e Descartes.

Uma nova visão do climatério: Baseia-se na visão da realidade com inter-relação e interdependência essencial de todos os fenômenos físicos, biológicos, sociais e culturais. (Capra) A medicina do futuro requer mudanças de paradigmas considerando os processos mórbidos como essencialmente mentais (a enfermidade como um desequilíbrio que ocorre por falta de integração gerando sintomas de natureza física, biológica e social).

Diminuição hormonal e as conseqüências na pele: o hipoestrogenismo na pele, isto é, a diminuição estrogênica, causa uma diminuição do número de camadas celulares da derme e epiderme, ocorrendo menor espessura da mesma e número de glândulas sebáceas. A pele torna-se seca, havendo aumento da sensibilidade, flacidez dos tecidos. Estas transformações causam uma menor irrigação sanguínea dando a pele um tom perolado.

JUSTIFICATIVA: justifica-se esta pesquisa, uma vez que percebemos a dificuldade no esclarecimento sobre o tema proposto. Para algumas mulheres acaba sendo normal correlacionar o período do climatério com a osteoporose, e não necessariamente as acontecem.

OBJETIVO GERAL: esclarecer sobre o tema, e procurar derrubar ”tabús” sobre os mesmos.

OBEJETICO ESPECÍFICO:

Explicar sobre as causas da doença;

Informar sobre a prevenção e tratamento;

MARCO TEÓRICO:

CLIMATÉRIO

A maioria das mulheres da faixa etária em torno de 35 a 40 anos começa a enfrentar alterações físicas e psíquicas devido ao início da revolução hormonal que acontece nessa fase. A diminuição da produção hormonal leva a mulher a sentir transformações em seu corpo e comportamento. Estas transformações, mais a perda da fertilidade, que se expressa fisicamente com a parada da menstruação, trazem à tona a conscientização e a percepção clara do envelhecimento. Estes fatos, juntamente com os outros sintomas presentes no climatério, produzem um sentimento de menos valia que a coloca muitas vezes em depressão, que se manifesta na prostração, insatisfação, irritabilidade e insônia. Nestas condições, a mulher climatérica tem de desempenhar todas as suas funções, sejam eles de natureza doméstica ou profissional, maternal e de esposa, tendo que se preparar, constantemente, para conseguir manter todas as suas atividades.

Estes fatos estão cada vez mais em evidência devido ao aumento da longevidade, aposentadoria tardia e as exigências sociais que, juntas, fazem o seu caos.

“O tema requer tanta atenção da saúde pública que a Sociedade Internacional de Pesquisa instituiu o Dia Internacional da Menopausa, comemorado no dia 18 de outubro, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade em geral e das mulheres em particular, para a magnitude da situação, que aponta as seguintes estimativas da ONU para o ano de 2030: 1,2 milhões de mulheres com mais de 50 anos. Isso representa três vezes mais do que o número existente em 1990 há 16 anos. Essa mulher deve ter acesso à informação qualificada, que lhe possibilite manter sua qualidade de vida de forma integral. Este é o grande desafio que enfrentará a saúde pública a partir de agora, e, portanto, é hora de começar a agir na assistência”.

OSTEOPOROSE

TRATAMENTO COM RISEDRONATO

A droga risedronato (Actonel, Procter & Gamble e Hoechst Marion Roussel) reduziu a incidência de fraturas ósseas em mais de 40% em mulheres menopausadas com osteoporose. O risedronato – que atua bloqueando a degradação da densidade óssea – mostrou um benefício significativo para mulheres com osteoporose. “A droga é bem tolerada e mostrou benefícios precoces no tratamento”. No entanto, conquanto o risedronato esteja aprovado pela Food and Drug Administration para certas afecções ósseas, a droga ainda não recebeu aprovação para o tratamento de osteoporose em mulheres menopausadas. Está sendo feita a revisão do risedronato para esta indicação, e o Dr. Harris afirmou esperar tal aprovação ainda este ano. O uso diário de 5 mg de risedronato diminui em 41% a probabilidade de ocorrer novas fraturas vertebrais nas mulherres menopausadas. Conquanto “o risedronato pareça promissor, não há evidências de que seja mais efetivo que o alendronato O alendronato já está aprovado pela FDA para tratar osteoporose em mulheres menopausadas”.

METODOLOGIA: Esta pesquisa é de caráter qualitativo, onde o foco deste estudo são as mulheres, uma vez que estas apresentam muitas dúvidas quando o assunto é seu próprio corpo, neste caso abordando a osteoporose no climatério.

RESULTADOS DA PESQUISA: Sendo esta de caráter informativo, aguardamos a leitura deste artigo e posteriormente constatar a eficácia deste trabalho.
Autor: Sueli Marques Villarroel


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