Ao Pé Do Tamarineiro



Por: Paulo A. Santos

As folhas caem soltas,
 velha árvore que se renova,
já não tens a sombra que nos afaga,
nem o vento que nos alegra,
oferta-nos ainda a paisagem,
 bucólica cidade natal,
 nossas raízes nos trazem,
semente do início, cinzas do nosso final.
 
Tão nostálgica lembrança,
Tempos bons, meus velhos companheiros,
aqueles tempos de criança,
em que passávamos o dia inteiro
ao pé do tamarineiro.
 
A gangorra que irrigava os sonhos,
sementes que cresciam vigorosas,
poesia profética que se escrevia,
imaginação infantil que se expandia,
além dos horizontes da cidade,
onde os rios levam a vida
a toda essa gente sofrida.
 
Tempos que não retornam,
saudade que dá sede,
prisão que nos liberta,
dessa realidade dura e incerta.
Autor: PAULO SANTOS


Artigos Relacionados


No Vale Terá Tura

TraÇos De Um Povo

Maior LiÇÃo De Vida

Degraus

Mulher ImaginÁria

Contagem Regressiva

SolidÃo...