Lombalgias



A coluna Lombar é a região abdominal da coluna compreendida entre a última costela e a base do sacro, constituída por cinco vértebras (conhecidas como L1 a L5). Com as maiores vértebras de toda a coluna, tem como principal função sustentar o corpo e realizar os principais movimentos de flexão e extensão.

É normalmente a região do corpo com mais queixas de dor nos pacientes. 80% dos adultos sofrerão pelo menos uma crise aguda de dor nas costas (lombalgia aguda) durante sua vida, e 90% dessas pessoas apresentarão mais de um episódio, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Uma grande parcela da população apresenta algum problema de coluna, podendo atingir 70% das pessoas com mais de 40 anos e 80 a 90% na população acima de 50 anos.

Essa alta incidência é observada na maioria dos casos em virtude de um problema mecânico (de movimento) que não pode ser identificado por exames. Os problemas mecânicos mais comuns podem ser esforços repetitivos, excesso de peso (tanto obesidade quanto o ato de carregar peso), pequenos traumas, condicionamento físico inadequado, erro postural, posição não ergonômica no trabalho (causa mais freqüente), osteoartrose da coluna, bico de papagaio (osteofitose) e osteoporose (que são causas também relacionadas com a idade). Pois, com o passar do tempo, as articulações da coluna vão se desgastando, podendo levar à degeneração dos discos intervertebrais causando hérnia de disco.

Ao chegar à clínica com sintomas de lombalgia , o fisioterapeuta especializado em Osteopatia não só avalia o histórico do paciente como também verifica a postura, seus movimentos, e, caso seja necessário, pode pedir exames mais específicos da coluna lombar. O diagnóstico da lombalgia é muito difícil, pois outras doenças como aneurisma de aorta, úlcera duodenal, pedras nos rins, doenças intestinais entre outras podem simular dor nessa região. O diagnóstico diferencial da dor lombar continua sendo um dilema, sendo até 80% dos casos classificados como idiopáticos(sem causa definida).

Nenhuma forma isolada de tratamento é eficaz para todas as formas de lombalgia, afinal não existe uma forma única de tratamento para todos os tipos de dores na coluna. A lombalgia pode ser classificada como aguda, caracterizada por dor de início súbito, e que geralmente dura menos de três meses, conhecida as vezes por "travar as costas", e crônica, de início impreciso que dura mais de três meses, podendo piorar ou melhorar sem razão específica.

Nos casos de lombalgia aguda, na maioria das vezes recomenda-se repouso, medicação analgésica e observação.

Quando o quadro estiver melhor o tratamento com osteopatia se faz necessário para corrigir os desajustes vertebrais.

Para quem sofre de lombalgia crônica, os tratamentos são mais variados: medicamentoso conforme orientação médica e o tratamento com osteopatia é recomendado, podendo ser associado à fisioterapia utilizando técnicas como as de reeducação postural, terapia manual, recursos da eletroterapia e orientações. Salientando que, quanto maior a demora do paciente em procurar tratamento, mais difícil fica o prognóstico.

Por ser uma filosofia de tratamento que só o fisioterapeuta pode atuar, a osteopatia tem excelentes resultados e o prognóstico costuma ser muito bom. Em 80% dos casos a dor desaparece em até 30 dias, e nos outros 20%, os sintomas podem ser mais duradouros, mas a maioria estará bem em até 3 meses. O fisioterapeuta atuando osteopaticamente nos casos de lombalgia procura todos os locais do corpo (inclusive pés, joelhos, quadris, etc.) que podem desencadear dores na região lombar e devolve a mobilidade dessas estruturas diminuindo a tensão e aliviando a dor na região.

Após um bem sucedido tratamento osteopático, para que o quadro patológico não se repita, devem ser seguidas algumas recomendações como por exemplo praticar exercícios físicos, ter uma alimentação saudável, manter o peso ideal, evitar o tabagismo, entre outros dependendo de cada caso.



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Autor: rodrigo zabini


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