Terapia Ocupacional na Reabilitação de Fraturas dos Ossos do Carpo



FRATURA DOS OSSOS DO CARPO

Sendo na sua maioria de natureza intra-articular podendo levar a rigidez devido à formação de aderências ou retrações capsololigamentares. A articulação do carpo é especialmente rica em tecidos conjuntivos em decorrência da grande presença de ligamentosa. Como exemplo a fratura do escafóide que é o segundo maior osso do carpo que ocupa espaço nas duas fileiras apresenta maior índice de fraturas, é o principal osso no bloqueio da extensão extrema do punho, tornando-o vulnerável às lesões, possui uma ampla curvatura proximal, uma delicada curvatura articular distal, e uma superfície articular plana no pólo proximal.

A fratura do escafóide é considerada de difícil diagnóstico. Quando não diagnosticada ou tratada inadequadamente tem alta probabilidade de evoluir para pseudo-artrose, sendo um osso de vascularização proximal pobre dificulta sua consolidação, aumentando o risco de necrose avascular e pseudo-artrose no caso de fraturas.

As fraturas do escafóide são classificadas conforme a estabilidade, o traço e a localização anatômica das fraturas. Podendo ser classificadas também pelo tempo de lesão, e são:

- Agudas – com menos de três meses de evolução;

- Com retardo da Consolidação: entre três e seis meses pós fratura; e

- Pseudo-artrose: a mais de seis meses.

Devido à pobre vascularização do osso, a reabilitação da mão nas fraturas do escafóide deve ser feita com muita cautela, até evidências radiográficas da consolidação óssea.

Como exemplo, temos as seguintes fraturas do carpo:

- FRATURAS DO SEMILUNAR: é o segundo osso na freqüência das fraturas do carpo, na maioria dos casos é por avulsão;

- FRATURAS DO PIRAMIDAL: é associada geralmente à outras lesões carpais, o mecanismo de fratura é por avulsão ou excessiva extensão do punho e desvio unas.

- FRATURAS DO TRAPÉZIO: o trapézio permite a rotação do metacarpo no movimento de oponência do polegar, mecanismo de fratura é a queda com o punho hiperextendido.

- FRATURAS DO AMATO: o amato articula-se com o quarto e quinto metacarpo, mecanismo de fratura a queda do punho estendido ou de golpe direto no lado unar do gancho do amato.

- FRATURAS DO PSIFORME: é o menor osso do carpo, possui múltiplas inserções, mecanismos de lesão é por trauma direto na região volar do punho, ou por avulsão devido à forte tração do flexor unar do carpo contra uma grande resistência.

- FRATURAS DO CAPTATO: é o maior osso do carpo, ocupa o centro do carpo, mecanismo de lesão pode ser direto no dorso do punho em extensão ou na cabeça do segundo e terceiro metacarpos, com o punho em flexão.

- FRATURAS DO TRAPEZÓIDE: se articula com o escafóide proximalmente, e capitato medialmente, o trapézio lateralmente e o segundo metacarpo distalmente é o menos lesado, mecanismo de lesão são fraturas estáveis e de deslocamento.

REABILITAÇÃO

São realizadas por intermédio de tratamento conservador, que são divididas em três partes que são:

- FASE PRECOCE – do diada lesão até a retirada da imobilização;

- FASE INTERMEDIÁRIA - após a retirada da imobilização; e

- FASE FINAL - recuperação da função, essa fase é caracterizada pela consolidação completa do osso fraturado. As técnicas de alongamento e o programa de fortalecimento são, portanto, iniciados; São utilizadas órteses dinâmicas para extensão e/ou flexão do punho, podem ser indicadas nos casos de rigidez articular persistente.

REABILITAÇÃO NO PRÉ-OPERATÓRIO DAS FRATURAS DO CARPO.

São realizados procedimentos para ganho A.D.M., articular com exercícios ativo assistidos.

REABILITAÇÃO NO PÓS-OPERATÓRIO.

Nas primeiras seis semanas, o foco de fratura não pode ser sobrecarregado, são indicados assim como atividades funcionais leves, quando a fratura for estabilizada com fios de Kirschner ou outro tipo de estabilização sem compressão, a reabilitação irá iniciar-se somente após quatro semanas.

Após a retirada dos pontos o tratamento da cicatriz é iniciado através de massagens para minimizar a hipersensibilidade.

MOBILIZAÇÃO ARTICULAR DO CARPO

É fundamental no processo de reabilitação, pois a dor após as lesões carpais é um constate desafio na recuperação dos movimentos.

A mobilização articular é um recurso cinesioterápico aplicado diretamente na articulação rígida, e é caracterizada como um movimento passivo pelo terapeuta com velocidade suficientemente baixa para movimentação do paciente.

BIBLIOGRAFIA

FREITAS, Paula Pardini. Reabilitação da Mão. São Paulo: Editora Atheneu, 2005. 578p.


Autor: Evandro Caversan de Godoy


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