Margot



Margot ®

Por Leonardo Ramalho - 09/04/03

Sempre que viajo a João Pessoa a minha maior alegria é encontrar minha linda amiga Margot. A paisagem verde da estrada lembra seu sorriso sincero e sua risada gostosa. Logo que chego nessa adorável província, sigo para sua casa.

- Margot, cheguei! Grito ansioso em busca do seu semblante se abrir numa expressão de encanto. Sua face refletindo o sol e a energia vital de quem adora a vida, sacode a minha alma e meu corpo libera adrenalina. Qual menina sapeca ela vem correndo e se lança sobre mim num abraço inocente e amigo. Sempre descalça, conserva ainda o viço de uma adolescente cheia de sonhos. Em seguida me puxa pela mão e saímos correndo para a sorveteria da esquina, como fazíamos com tenra idade.

Incansável, fala de sua vida e de seu amor incondicional por Jesus Cristo. Dedica-se a Pastoral da Saúde e as grandes idéias que tem para ajudar à população carente e até mudar o mundo. Considera-se noiva de Cristo, com quem pretende se casar e abraçar definitivamente a vida religiosa e promover o bem estar do próximo, seguindo os passos de Madre Teresa de Calcutá. Combinamos caminhar bem cedinho na praia.

Nos primeiros raios do sol, com as ondas lavando nossos pés, andamos em silêncio. Louca pelo mar, considera o amanhecer um momento sagrado, aonde diz se comunicar com o Criador. Ela segurou minha mão e entrelaçou na sua, como faz uma namorada. Senti uma aura divina nos envolver, como se estivéssemos entrado num portal espiritual e num plano de vida onde tudo é puro e perfeito e ela disse que esta sensação é a sua oração predileta.

De volta a sua casa fomos para o quintal beber água de coco e comer os deliciosos figos cultivados por seu pai. Depois sentamos na calçada e conversamos, discutimos e brigamos como nos tempos de adolescente... E rimos juntos lembrando de como roubávamos caju num sítio próximo a minha casa à época de nossa meninice...

Rever Margot é sempre um momento mágico na minha vida. Guardo num recanto alegre da memória a minha última viagem a essa cidade: em 1997 na ocasião da Micaroa, guardei meu carro na garagem de sua casa. Ao retornar da festa havia um veículo estacionado em frente ao portão impedindo a minha saída. Margot surgiu na janela do seu quarto e disse:

Psss! Entra, vem dormir na minha cama.

Qual menino sapeca adentrei ansioso no seu quarto. Com um sorriso maroto ela disse:

- Você dorme aqui. Eu vou dormir no outro quarto com Jesus...

Autor: Leonardo Ramalho_ O Caduceu.

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Autor: Leonardo Ramalho_O Caduceu


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