Sociedades da Baixa Mesopotâmia: Mitos e Característica



Mesopotâmia, a "terra entre dois rios", não foi o local de um só país nem de um só povo. Já no Neolítico, a região começou a região começou a ser progressivamente ocupada por povos nômades, que no processo de adaptação às enchentes dos dois rios – Tigre e Eufrates – iniciaram a construção de barragens e canais. Surgiram nesse período algumas casas permanentes, com vários cômodos, e templos. Os sumérios foram os primeiros povos a se organizarem dentro da Baixa Mesopotâmia, eles construíram as primeiras cidades de que se tem registro, das quais a mais importante foi Ururk, que depois se denominou Ur. Cada cidade tinha um rei, que exercia o comando do exército e detinha o poder sacerdotal. Um chefe, portanto, ao mesmo tempo político, militar e religioso. 

Introdução

Mesopotâmia, a "terra entre dois rios", não foi o local de um só país nem de um só povo. Já no Neolítico, a região começou a região começou a ser progressivamente ocupada por povos nômades, que no processo de adaptação às enchentes dos dois rios – Tigre e Eufrates – iniciaram a construção de barragens e canais. Surgiram nesse período algumas casas permanentes, com vários cômodos, e templos.

Os sumérios foram os primeiros povos a se organizarem dentro da Baixa Mesopotâmia, eles construíram as primeiras cidades de que se tem registro, das quais a mais importante foi Ururk, que depois se denominou Ur. Cada cidade tinha um rei, que exercia o comando do exército e detinha o poder sacerdotal. Um chefe, portanto, ao mesmo tempo político, militar e religioso.

Essas características, de acumulo de podres, vai se efetivar por muito tempo em todas as outras ocupações dos diferentes povos que utilizaram a Baixa Mesopotâmia.

Segundo Perry:

As realizações dos sumérios são impressionantes: um sistema de escrita com símbolos em tabletes de argila (cuneiforme), para representar idéias; casas palácios e templos sofisticados, feitos de tijolos: ferramentas e armas de bronze; obras de irrigação; comércio com outros povos; uma forma primitiva de dinheiro; instituições religiosas e políticas; escolas; literatura religiosa e secular; formas variadas de arte; códigos de leis; drogas medicinais e um calendário lunar (PERRY, 2002, p. 9). [*]

Outras civilizações importantes tiveram períodos de esplendor nas terras da mesopotâmia: os acadianos, com o lendário rei Sargão I, que embelezou Ur; os babilônios, com o famoso Hamurabi; os amoritas, com Nabucodonosor, que fundou uma importante dinastia.

Todas essas diferenças culturais deixaram contribuições importantes para a medicina, a biologia, a astronomia, a geografia. Além disso, esses povos desenvolveram importante comércio e criaram sistemas de pesos e medidas, particularmente, o sexagesimal, significativo para os avanços da aritmética.

Mas o que realmente mudou nesse período, foi à criação da escrita pelos sumérios, como se refere Chassot:

A invenção da escrita, uma das criações mais importantes da cultura humana e vital para o desenvolvimento da ciência abstrata, é creditada a esse povo. Para contabilizar os bens do Estado, foi criado por volta de 3500 a.C., um sistema de sinais em forma de cunha, com diferentes inclinações. A esse sistema deu-se o nome de escrita cuneiforme. Da mesma forma que a hieroglífica dos egípcios, essa escrita era silábica, isto é, cada sinal representava uma sílaba (CHASSOT, 2004, p. 26). [†]

Os babilônios tiveram em seu momento, com o já conhecimento da matemática, um desenvolvimento onde o controle do tempo foi fundamental para suas aspirações; criaram um calendário que permitiu o conhecimento das estações do ano, em 4000 a.C., o calendário foi fundamental para o desenvolvimento da agricultura. O ano babilônico, em 2000 a.C., tinha 360 dias, divididos em doze meses. Relógio solares assinalavam a passagem do tempo e o dia já era dividido em horas, minutos e segundos.

Os babilônios, também observaram astros, tendo como principio o movimento do sol, onde originou uma repartição de tempo que favoreceu a um controle e divisão em horas. Também através dos estudos dos astros, os babilônios criaram um calendário de horóscopo.

O movimento aparente do sol e dos planetas entre as estrelas fixas e nomearam os sete dias da semana com os nomes do sol, da lua, e dos outros cinco planetas conhecidos, Júpiter, Vênus, Marte, Mercúrio e Saturno. Também traçaram a trajetória percorrida pelo sol, dividindo-a em doze partes e associando-as a animais míticos. Foi dessa divisão que surgiram os signos do zodíaco.

Como se refere Chassot:

Esse povo representava o universo como uma caixa fechada, cujo fundo era a terra. Observações de muitos fenômenos astronômicos, como eclipses do sol e da lua e as posições de Vênus, estão registradas em plaquetas de barro. Graças a essas observações os astrólogos babilônicos tiveram muito sucesso na interpretação de sonhos e na prática de realizar previsões (CHASSOT, 2004, p. 27). [‡]

Os povos que viveram na "terra entre dois rios" deixaram uma ciência prática, sem a preocupação de fundamentar metafísica ou teologicamente os fatos. Também as contribuições de seus ritos, mitos e uma diversidade arquitetônica, visto que, o processo evolutivo se modifica conforme a necessidade que se apresenta em sociedade, que está se formando, a religiosidade foi também um ponto de suma importância dentro da Baixa mesopotâmia, assim como as técnicas agrícolas empregadas, e todo o legado que esses povos deixaram como marco de uma civilização em constante evolução.

Os acádios, também tiveram seu momento que demarcaram uma adaptação da escrita cuneiforme, onde com uma junção de fonemas, modificaram os significados dos símbolos sumérios, causando uma democracia de escrita, pois conseguiram levar ao povo a educação letrada, e grande maioria de seu povo detinham o conhecimento que só então, os escribas possuíam.

A partir desse enfoque em rever o que as sociedades da Baixa Mesopotâmia produziram, é que se desenvolverá o trabalho, sendo importante perceber dentro de cada contexto o que realmente representou todo esse legado as sociedades futuras.

O Legado dos Povos da Baixa Mesopotâmia.

A evolução do homem neolítico provocou um crescimento tecnológico, promovendo uma indústria e transformações no cotidiano neolítico. Tecnologia de moagem, da fiação e transformando uma realidade primitiva, para uma mais elaborada.

Pela metade do IV milênio, o sul da Baixa Mesopotâmia sofreu um significativo aumento de população provocado, provavelmente, por imigrações maciças de novas populações em direção ao sul da planície mesopotâmia. O aumento demográfico, junto com o domínio crescente das técnicas de irrigação artificial, provocou um crescimento econômico que trouxe com sigo um desenvolvimento tecnológico e uma estrutura de comércio nas zonas periféricas a procura de matéria prima inexistente na Baixa Mesopotâmia.

Com essas mudanças também ocorreram às estratificações sociais, onde o poder ficou centralizado, e o surgimento de templos, palácios e governantes foi algo necessário para o desenvolvimento na Baixa Mesopotâmia.

Os primitivos do sul da Mesopotâmia falavam uma língua denominada asiânica e se estabeleceram em aldeias agropastoris. No 4 milênio a.C., os sumérios vindos provavelmente da Ásia Central, também falando uma língua asânica, fixaram-se na Baixa Mesopotâmia, fundindo-se étnica e culturalmente com a população local.

O grande legado dos sumérios foi à invenção da escrita, e consequentemente todo o aparato de controle sobre os bens de consumo. Viviam sob o regime gentílico, não ainda percebendo o significado d Estado, somente mais adiante é que vai aparecer as fundações das Cidades-estados.

Outros povos também adentraram e constituíram seus reinos nas terras da Mesopotâmia, sendo um deles as Acádios, de língua semita e havia constituído cidades independentes com a direção de Sargão, o antigo e foi promovida uma união na Mesopotâmia criando-se um Império.

Sargão incentivou o sincretismo religioso sumeriana-semita. O objetivo do seu governo era impor uma hegemonia cultural semita, fundamentar a autoridade real do ponto de vista religioso, legitimando, com isso, a dinastia reinante e fortalecendo a unidade cultural dos povos dominados, o que possibilitaria a reação contra a penetração de influências estrangeiras.

Na media Mesopotâmia, os amorritas, vindos do Deserto Arábico, haviam-se estabelecido em uma povoação – Babilônia – que, com o tempo converteu-se em um importante pólo comercial, devido sua localização privilegiada.

O destaque de governo babilônico foi Hamurábi, ele unificou as cidades-estados, formando o primeiro império Babilônico que abrangeu toda a Mesopotâmia. Um dos elementos que favoreceu a sucesso de Hamurábi foi à religiosidade e a crença no deus da cidade Marduk.

Dentro do processo religioso, Marduk foi elevado a mais alta divindade da Mesopotâmia, e com isso Babilônia tornou-se o mais alto pólo de atividades comerciais da Mesopotâmia; foi o Império Babilônico, que durante o governo de Hamurábi que teve um Estado despótico, centralizado com uma administração bem fundada, religiosidade e um direito jurídico eficaz.

O código hamurábi, é o legado que hamurábi fez e sobreviveu nos modos jurídicos, baseados nas antigas leis sumerianas com 282 artigos em escrita cuneiforme, onde contempla aspectos da vida da sociedade babilônica: comércio, família, propriedade, herança, escravidão, etc.

Os assírios estabeleceram-se ao norte da Mesopotâmia, sua cidade Assur, com uma economia agro-pastoril, com um mesclado de minérios como cobre e ferro; mantiveram um Estado militarizado, com um exército superior bélico. Na Assíria havia grande quantidade de populações vencidas, utilizadas na agricultura, e nos serviços domésticos dos palácios e templos.

O período neobabilônico, faz-se projetar-se sobre a Mesopotâmia, formando por povos semitas, proveniente do sul da Mesopotâmia, que formam o II Império Babilônico, ou Neobabilônico. O seu mais importante governante foi Nabucodonosor, que desenvolveu uma política de grandes construções públicas, mas não durou muito tempo por causa da expansão do império persa.

Cultura, Religião

A religião era o centro da vida mesopotâmica. Todas as atividades humanas – política, militar, social, jurídica, literária, artística – estavam geralmente subordinadas a um propósito predominantemente religioso. A religião era o quadro referencial do homem da Mesopotâmia para a compreensão da natureza, da sociedade e de si mesmo, e dominava e inspirava todas as outras expressões culturais (PERRY, 2002, p. 10). [§]

A religião exerceu marcante influência da vida das sociedades da Mesopotâmia: legitimava o poder dos governantes e condicionava as realizações artísticas e cientificas.

Os mitos – narrativos das atividades dos deuses – explicavam a origem das espécies humanas. Segundo os antigos mitos sumérios, os primeiros seres humanos brotaram da terra como plantas, ou foram moldados em argila pelo artesão divino e receberam um coração da deusa Nammu, ou foram formados pelo sangue de dois deuses, sacrificados com esse propósito.

O homem mesopotâmico, acreditava que recebera a vida para cumprir as vontades dos deuses, onde a representatividade e o imaginário se apresentam em conformidade com a religião.

Cada cidade tinha seu "deus da cidade", esse é que determinava uma boa colheita ou guerra, assim a Mesopotâmia se representava com a espiritualidade. Dentro dessa perspectiva, o deus da cidade necessitava de um templo, com vasto palácio e determinará com a economia se comportava, a partir dessa maneira o governante era tido como deus e dele as obediências eram comuns e determinantes para a complexidade religiosa.

Os mesopotâmios acreditavam que os deuses controlavam o Universo e tudo que nele havia. A lua, o sol e as tempestades; a cidade, as obras de irrigação, os campos – tinham, cada um, o seu deus.

O misticismo era uma complexa rede de deuses, onde para cada elemento da natureza existia um deus, sendo classificado de bom ou ruim, e nesse contexto, a proteção era em forma de amuletos e outros adereços dependentes da necessidade.

O poder dos deuses afetava também, as mentalidades, e tudo era ligado às vontades dos deuses, ou de determinado deus, isto é, as discordâncias dos períodos de tempo, como clima diverso, poderiam ser levadas pra um castigo de determinado deus, por uma má conduta ou um deus maligno. Como se refere Perry (2002) "Onde está o homem que pode escalar os céus? Só os deuses vivem pra sempre... mas para nós, homens, nossos dias estão contados, nossas ocupações são um sopro de vento".

Os sumérios adoravam deuses cósmicos e astrais: Ea (Oceano), Anu (Céu), Enlil (terra, a mais importante divindade sumeriana), Sin (Lua), Chamach (Sol), Istar (Vênus). Já os Semitas, veneravam divindades ligadas às forças da Natureza, Adad (Tempestade), Gabil (Fogo) e Tomuz (Vegetação)

Entre os sumérios corriam várias lendas e mitos, que narravam a criação do mundo, o dilúvio universal e outros episódios mais tarde difundidos por todo o Oriente Próximo. Um aspecto comum a essa narrativa era a luta entre asa águas e a terra. Na lenda da criação do mundo, por exemplo, conta-se que, antes, tudo era oceano (Tiamate), e que para combater Tiamate levantou-se o deus Marduk, criador do céu, da terra, dos rios.

Os semitas representados pelos povos assírios e babilônios, mas com uma profunda origem religiosa nos sumérios, não mudou muito os seus deuses, mas adaptou suas crenças e ritos com muito fervor, onde formou uma forte ligação entre a natureza e o céu.

A diversificação religiosa e de deuses, faz da religião babilônica e acadiana, junto com a sumérica, um vasto conteúdo de mitos, representatividades e imaginário no que diz respeito à religiosidade semita.

O imaginário mítico e representativo mesopotâmico trazem com sigo um profundo agradecimento à natureza como em forma de deuses, pois cada elemento natural era um deus, todos constituíam famílias como os homens e se multiplicavam, mas sempre com a visão de representatividade.

Como diz Giordani (1997), Tal semelhança se acentua ainda mais, quando verificamos que os deuses mesopotâmicos também possuem sua própria história e que a mitologia acadiana é riquíssima. [**]

Os deuses nacionais, Marduk e Assur; o fator político faz crescer uma estratigrafia entre deuses, sendo esse dois os mais pulares entre todos que compunham a Baixa Mesopotâmia.

Cada um dos deuses tem uma função dentro da complexa religiosidade e imaginário mesopotâmico, pois Marduk busca unificar a lingüística (língua oficial) e o código Hamurabi em um só modo jurídico, foi o principal deus da babilônia. Já Assur, o deus por excelência da Assíria, era tido como pai dos deuses e proclamado criador. Ainda os Assírios e Babilônios, acreditavam na existência de uma série infindas de gênios bons e maus sobre cuja origem não possuía idéias definidas.

A vida religiosa era direta com os templos, mas com algumas variações que poderiam ser feitas, como onde era um local só de deuses, também poderia morar quem servia aos desuses – como sacerdotes e auxiliares – existia várias representatividades e todas estavam ligadas aos acontecimentos diários e querer dos deuses.

Como destaca Giordani:

As crenças e práticas religiosas dos assírios e babilônios tinham um alvo: afastar um mal, procurar a felicidade terrena. O grande desejo de todos era um vida prolongada e feliz. [...] A religião só interessava aos vivos [...] A outra vida nada oferecia de compensador (GIORDANI, 1997, p. 163). [††]

A vida além da morte já tinha na sociedade da Baixa Mesopotâmia, uma definição de vida e morte, sabiam que era difícil o retorno dos mortos, mas respeitavam suas fronteias, fazendo dos ritos de funeral – como levar comida para não serem incomodados futuramente – pois tinham como crença que a morte era uma forma de abando, e que todos iriam se encontrar na pós-morte, em um local chamado arallu.

A ocupação da Baixa Mesopotâmia pelo homem buscando a sua necessidade de sobreviver, tendo como obstáculo os efeitos da natureza, mesmo assim, conseguiu ultrapassar as barreiras naturais e constituir um legado que influenciou os novos tempos. Giordani comenta que:

A Mesopotâmia antiga, por sua excepcional situação geográfica, foi um verdadeiro cadinho de raças e de civilizações: sumérios, semitas, elemitas, hititas, cassitas e outros povos deixaram sua maior ou menor contribuição àquilo que podemos chamar de civilização mesopotâmica. É evidente que todas essas contribuições, as duas essenciais foram as dos sumérios, em primeiro, e a dos semitas, em segundo. Os demais povos que passaram pelos vales do Tigre e do Eufrates receberam mais da civilização mesopotâmica do que contribuíram para a mesma (GIORDANI, 1997, p. 163/34). [‡‡]

A escrita e seu desenvolvimento

Com a escrita cuneiforme os sumérios desenvolveram um sistema de controle e transposição de pensamentos, tendo como representatividade os elementos que acreditavam na Baixa Mesopotâmia. Sendo assim, a partir da escrita primitiva cuneiforme possibilitou o desenvolvimento dos povos que compuseram o Oriente Próximo, a Síria, Palestina, Ásia Menor e no Irã.

A cultura mesopotâmica foi principalmente uma criação dos sumerianos. Sua literatura, artes e ciências foram assimiladas pelos demais povos da Mesopotâmia. Essa internacionalização da escrita e cultura sumeriana possibilitou o desenvolvimento dos povos que detiveram influencias aperfeiçoando a escrita e seus costumes.

Nas realizações literárias os sumérios destacam-se com poemas, hinos religiosos e contos mitológicos. Os babilônios formaram um código de direito o Hamurabi, onde destaca as leis que perpetuaram em todo o Oriente Próximo, pois essas leis sumeriana foram adaptadas aos costumes babilônicos, e representou um dos primeiros documentos jurídicos, sendo o caráter penal sua maior ênfase.

O Alfabeto Fenício

Com a escrita cuneiforme dos súmerio, e o desenvolvimento dos povos através dessa forma de descrever o pensamento, os Fenícios promoveram a escrita em um alfabeto que surge como um novo horizonte para arte de escrever como se refere Giordani:

A principal característica do alfabeto fenício é seu consonantismo. Os fenícios não escreviam as vogais das palavras: só grafavam as consoantes. Tal fato que, à primeira vista, nos parece estranho, torna-se compreensível quando levamos em consideração a predominância, nos vocábulos das línguas semíticas, da raiz triconsonantal; este grupo abstrato de consoantes encerra a idéia fundamental do vocábulo e de seus derivados. A essa estrutura fundamental ajuntam-se vogais prefixos e sufixos que assinalam as diversas funções (GIORDANI, 1997, p. 180).

A origem do alfabeto é um processo de desenvolvimento dos povos que compuseram a escrita, com a escrita cuneiforme, desenvolveu-se um momento de escrita em pedra, posteriormente, as tabuinhas de barro foram empregadas e constituíram uma variável forma de organizar os feitos de desenvolvimento humano.

Mas a origem do alfabeto – tenho como princípio – é a partir da escrita, depois o seu desenvolvimento com os povos e seus dialetos e significados, e sucessivamente, um aperfeiçoamento com os fenícios, pois detiam de um comércio mais amplo e ativo no Oriente Próximo.

Literatura, Artes e Ciências

A literatura fenícia escrita nas tabuinhas de barro, Também se destaca nos documentos diplomáticos, administrativos, arquivos reais, correspondência comercial e particular, hinos e textos mitológicos.

Mas sua expressividade não é muito grande, visto que, seu maior legado – assim como a egípcia – foi escrito em papiros e o tempo se encarregou de consumir, sendo assim, somente a cultura material sobreviveu a longo período de tempo até a atualidade.

Na arte Mesopotâmica, a sua base é também sumeriana, onde obteve sua construção com argila, ladrilhos e tijolos. A inda em construções de torres e templos com rampas inclinadas para acesso aos andares.

As esculturas da Baixa Mesopotâmia se apresentavam em formato de estatuária de baixo relevo, tinha como função decorativa assim como a pintura e focalizavam os temas religiosos, guerreiros, ou deuses heróicos das cidades.

No ramo da ciência os sumerianos e babilônicos, tiveram grande importância em seu desenvolvimento, visto que, detiveram o controle e técnica na agricultura, onde com construções de canais em um aproveitamento de tempo, solo, o uso das águas do Tigre e Eufrates, atingiram uma produção agrícola suficiente para sobrevivência.

Os sacerdotes é quem tinham o conhecimento, pois sabiam escrever. E com isso surgiram as possibilidades de estudos, onde o tempo foi o principal objeto de estudo dos mesopotâmicos; nascendo assim o primeiro tipo de controle do tempo, um instrumento parecido com uma ampulheta (relógio de sol, relógio de água ou clepsidra).

O local de observatório era as torres dos templos ou palácios, tendo os babilônios determinado os movimentos dos planetas e estrelas, onde criaram um calendário: o ano era dividido em doze meses lunar, perfazendo 360 dias; e de quando não dava certo pelo processo natural, colocavam mias um mês como um tipo de ajuste de calendário com as estações, na verdade era uma forma de correção e adequação dos dias com as estações referentes às luas e o tempo real.

Com as ciências de controle do tempo que se fizeram presente, surgiu outras que formaram uma interdisciplinaridade como a Astronomia levou a Astrologia em busca de saber o futuro, que formou os doze signos do zodíaco, onde o uso formou o horóscopo.

A matemática teve um desenvolvimento considerável. Os sumerianos inventaram e usaram um sistema sexagesimal usado em combinação com o sistema decimal. Que serviu para calcular pesos e medidas, comprimento, surpefície e volume, sendo usado na construção dos dutos e canais, templos, palácios. Também foram encontrados tabletes de barro com aritmética comercial, equações de 2º grau e de geometria.

Os babilônios fizeram um progresso na medicina, sendo que, a profissão de médico era considerada, mencionada no Código Hamurábi. Visto que, as doenças dentro de um imaginário era considerado sobrenatural.

Os conhecimentos astronômicos, matemáticos e de medicina dos babilônicos, foram transmitidos aos gregos romanos e difundidos aos povos europeus.

Conclusão

Como foi mostrado dentro desse trabalho, o desenvolvimento dos povos que se fizeram presente na Baixa Mesopotâmia, a sua representatividade e importância para as gerações futuras.

As técnicas inventadas e aperfeiçoadas a partir das ciências, os estudos e sua complexa estrutura social, fez emergir uma sociedade diversificada e com uma constante busca de novos horizontes, como é o caso dos sumérios, babilônios, e fenícios.

Cada um dos povos com suas características fizeram o seu desenvolvimento, a partir de algo já pré-estabelecido por outro, ou seja, mas sempre implementando novas idéias as já existentes, assim se compuseram os povos da Baixa Mesopotâmia.

Os fenícios foi o povo que, mas se destacou fora do Oriente Antigo, pois eram grandes navegadores e levaram a escrita e seu alfabeto, para outras regiões do mundo, assim como sua cultura, arte e um comércio forte, tendo como base uma indústria primária de regiões da Baixa Mesopotâmia.

Também levou a religiosidade para outras partes do mundo, como Egito. Foi tão importante quanto às investidas do Império Romano, Império Persa, pois conseguiram ultrapassar suas fronteiras e desenvolver sua intelectualidade em busca de novos mercados.

Bibliografia

AQUINO, Rubim Santos Leão de. História das Sociedades: das comunidades primitivas às sociedades medievais. Rio de Janeiro: Ao Livro técnico, ......*

CHASSOT. Attico. A ciência a traves dos tempos. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004

GIORDANI, Mário Curtis. História da Antiguidade Oriental. 10ª ed. Petrópolis: Vozes, 1997.

PERRY, Marvin. Civilização Ocidental: uma história concisa. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002.




Autor: Prof. Ubiratã Ferreira Freitas


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