Os Anfíbios Como Bioindicadores
Podem ser aquáticos ou terrestres. As formas aquáticas respiram através de brânquias, através da pele ou através de pulmões. As terrestres respiram geralmente tanto através dos pulmões quanto pela pele. Alimentam-se de minhocas, insetos, aranhas, e de outros vertebrados como anfíbios e pequenos mamíferos.
Reproduzem-se através de ovos que originam uma larva e posteriormente um adulto através do processo de metamorfose. Seus ovos são depositados em locais úmidos ou na água, pois não possuem casca para protegê-los da dessecação. Existem exceções a essa regra, com ocorrência de muitos animais vivíparos. Em geral, não existe cuidado à prole dentre os anfíbios. Atualmente são divididos em três grupos: os sapos, rãs e pererecas (Anuras), as salamandras (Caudada) e as Cecílias (Apoda). Mas os anfíbios, ao contrário do que se possa pensar, têm seus pontos fracos. O mais notável é a respiração pela pele, que os torna ótimos bioindicadores das condições do ambiente, mas pode levá-los à morte. Qualquer poluição do ar ou da água os afeta. Por isso, quando o meio em que vivem está sendo degradado, eles são os primeiros a dar o alarme. Se algo está prejudicando os anfíbios, provavelmente afetará outros animais e até mesmo o homem. O ciclo em duas fases, na água e na terra, e a pele extremamente permeável tornam-nos suscetíveis a alterações químicas e ambientais. Para evitar o desaparecimento dos anfíbios é necessário fazer o acompanhamento das populações e realizar mais estudos para conhecer melhor as causas do problema. O que vem sendo feito é o monitoramento de áreas por grupos de cientistas de diversas universidades e a busca por populações que já não são encontradas há algum tempo. Um exemplo é os projetos Anuros de Altitude de Itatiaia, apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente, que tem como objetivo rastrear anfíbios das espécies Holoaden bradei e Paratelmatobius lutzii, endêmicos dessa área e que não são vistos há mais de 20 anos. Essa pesquisa também pretende prover conhecimento sobre o status das espécies encontradas na região.
Autor: Prof. Misael do Espirito Santo (Biólogo)
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