Novas Tecnologias da Educação: O Computador Como Repassador do Conhecimento



TEMA: As novas tecnologias da educação: o computador como repassador do conhecimento.

  1. INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos, vemos a tecnologia ganhar cada vez mais espaço no mundo. Hoje grande parte das coisas que possuímos, adquirimos através dela. O uso dos computadores está cada vez mais presente nos: supermercados, nas lojas, indústrias, agricultura... No entanto, não tão presente nas escolas. A educação não pode ficar de lado, já que sabemos que um indivíduo precisa dela para sua formação, sendo essa formação de real importância, devendo ser integral e preparatória para a sua vida.

1.1Colocação do problema.

As Novas Tecnologias da Educação: o que muda e o que permanece afinal?

No mundo em que vivemos, passamos por diversas transformações sociais, culturais e até então tecnológicas. Vemos a necessidade de acompanhar essas evoluções. Uma vez que as mesmas são de total importância para o progresso de um indivíduo numa sociedade.

As novas tecnologias surgiram para ampliar e integrar o conhecimento de forma rápida, acessível a todos e dinâmica. Pensando nisso que foi desenvolvido um estudo focando a necessidade de incluir essas novas tecnologias com o uso do computador nas escolas. Essas tecnologias precisam ser reconhecidas.

A proposta de utilizar os computadores no processo educativo desde as séries iniciais, iria ampliar o conhecimento dos alunos na escola e revolucionar a educação.

No sistema educacional brasileiro a implantação de computadores nas escolas é mais comum a partir do Ensino Fundamental, embora algumas instituições iniciem esse processo desde a Educação Infantil, o que, no entanto, não representa um número expressivo. Portanto segundo a realidade brasileira, os números contatos da criança com o computador em seu processo de aprendizado se darão aproximadamente a partir dos seis e oito anos.

É com base nessas investigações que é pretendido neste estudo, chamar a atenção dos educadores de um modo geral, a enxergarem a carência presente no contexto escolar, a partir do instante em que é rejeitada a inclusão digital na educação.

Apesar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor de 1996, já preconizar a necessidade da "alfabetização digital" em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, o censo escolar do Ministério da Educação ( MEC), realizado em 1999, revelou que apenas 3,5% das escolas de ensino básico tinham, naquele ano o acesso a Internet, e cerca de 63 mil escolas do país não tinham sequer energia elétrica. Felizmente nos últimos anos, esse quadro está mudando com as novas iniciativas governamentais. Porém a exclusão digital nas escolas brasileiras ainda é grande.

A missão pretendida aqui é fazer com que o educador torne o computador uma parte do ambiente natural da criança, explorando todas as possibilidades que o computador lhes oferecer.

1.2JUSTIFICATIVA

A intenção de se desenvolver uma investigação nessa área se justifica em mostrar e conhecer a importância e os benefícios que a inclusão digital traz á educação.

As novas tecnologias trouxeram grande impacto sobre a Educação, desenvolvida nos dias atuais, criando novas formas de aprendizado, disseminação do conhecimento e especialmente, novas relações entre professor e aluno.

A revolução trazida pela rede mundial, possibilita que a informação gerada em qualquer lugar, esteja disponível rapidamente. A globalização do conhecimento e a simultaneidade da informação são ganhos inestimáveis para a humanidade. Não se pode ignorar a chegada dessas novas tecnologias.

A internet tem contribuído fortemente para uma total mudança nas práticas de comunicação e conseqüentemente, educacionais: na leitura, na forma de escrever, na pesquisa e até como instrumento complementar na sala de aula, ou como estratégia de divulgar a informação.

Por isso, a justificativa de se desenvolver um estudo nessa área, para ressaltar a importância da utilização dos computadores no processo educacional.

Diversas habilidades podem ser praticadas simultaneamente, facilitando a formação desses indivíduos polivalentes e multifuncionais, diferentemente, principalmente quando a utilização da internet possibilitar diversos tipos de comunicação e interação entre as culturas de forma bastante enriquecedora.

1.3OBJETIVO GERAL

Dinamizar o ensino, buscando inserir as novas tecnologias no âmbito escolar.

1.4OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ØIntroduzir os computadores na vida escolar das crianças.

ØEstimular a mente da criança com o uso da máquina.

ØContribuir para o processo de ensino – aprendizagem, para que aconteça de maneira mais prazerosa.

ØPromover aulas mais criativas, motivadoras e dinâmicas.

ØEnvolver os alunos para as novas descobertas.

ØProporcionar aos mesmos: autonomia, curiosidade, cooperação e socialização.

ØOportunizar ao professor diferentes formas e recursos de melhorar o ensino.

ØOferecer suportes: relevante ao preparo das aulas.

ØAumentar de maneira satisfatória a qualidade de ensino e conseqüentemente da aprendizagem.

ØExpandir o acesso à informação.

ØEstabelecer novas relações com o saber.

ØUltrapassar limites tradicionais.

2REFERENCIAL TEÓRICO

Favoráveis a uma urgente e necessária educação tecnológica e informativa, é que fundamentei-me nas palavras de Dermeval Saviani, em seu artigo: O Trabalho como princípio educativo frente as novas tecnologias. No livro de Pierre Lévyem Cibercultura, Margaret Wertheim, Uma história do Espaço de Dante á Internet, e a Sociedade Informática de Adam Schaff, e foi com base nesses conhecimentos científicos e éticos, onde diferentes culturas foram respeitadas que se interlaçaram os seguintes temas: novas tecnologias, o computador em sala de aula, cidadania e direitos sociais, educação,pluralismo e diversidade cultural e ética. Algo que me fez refletir quanto às palavras da grande poetisa Roseana Kleigerman Murray diz:

" No ano 3000 os homens já vão ter se cansado das máquinas e as casas serão novamente românticas. O tempo vai ser usado sem pressa: gerânios enfeitarão as janelas, amigos escreverão longas cartas. Cientistas inventarão novamente o bonde a charrete. Pianos de cauda encherão as tardes de música e a terra flutuará no céu muito mais leve, muito mais leve".

3. METODOLOGIA

A metodologia empregada na elaboração deste projeto de pesquisa buscando fontes secundárias, como: textos escritos, leis e pareceres sobre a problemática apresentada, visando à análise da realidade local, o estudo será feito através de uma pesquisa analítica.

Utilizando a abordagem qualitativa, recorri a fontes primárias, ou seja, os próprios professores, visando entender o grau de conhecimento destes sobre a inclusão das novas tecnologias na educação.

Partindo das observações e questionários feitos com alguns destes profissionais das escolas do município, teremos uma pesquisa indutiva. Procurei para isso, efetuar um levantamento de aspectos importantes, dos pressupostos sobre o papel dessas novas tecnologias no âmbito escolar.

Este projeto propiciará conscientizar as escolas da rede particular e pública, para que busquem melhorar a educação incorporando as novas tecnologias no processo educativo de seus alunos e filhos.

Usarei como instrumento para coleta de dados: observações dos fenômenos e análise documental.

Os procedimentos utilizados serão: entrevista com uma professora da rede de Ensino Particular.

4. APRESENTAÇÃO

Quando pensamos em unir computador e educação, surge em nossa mente vários questionamentos: Será que a máquina poderá substituir o meu trabalho? Posso ficar desempregado? Poderá afetar no meu sistema de ensino?

Se analisarmos estes questionamentos, comprovaremos que o uso sábio do computador, ao invés de atrapalhar o professor, facilitará suas tarefas ao extremo.

Dermeval Saviani (2000) em seu artigo O Trabalho como Princípio Educativo, já dizia:

"Estamos vivendo aquilo que alguns chamam de Segunda Revolução Industrial ou Revolução da Informática. Penso que se antes, ocorreu transferência de funções manuais para as máquinas, o que hoje está ocorrendo é a transferência das próprias operações intelectuais para as máquinas. Por isso que se diz que estamos na 'era das máquinas inteligentes' ".

Certamente existem professores que se consideram mais conservadores, participando então de um sistema educacional mais conservador, que só optam por ferramentas que tenham como características o controle de diversas atividades específicas do processo atual de ensino.Hobsbawn (1995), fala algo a esse respeito:

"Não sabemos para onde estamos indo. Contudo, uma coisa é clara. Se a humanidade quer ter um futuro reconhecível, não pode ser pelo prolongamento do passado ou do presente. Se tentarmos construir o terceiro milênio nessa base, vamos fracassar. E o preço do fracasso, ou seja, a alternativa para uma mudança da sociedade, é a escuridão.

Vários sistemas computacionais, foram e ainda estão sendo desenvolvidos com essas características, sendo desempenhando tarefas que contribuíram para essa abordagem educacional e que serão, com certeza muito valorizadas por profissionais que compartilham dessa verdadeira visão de educação.

Por outro lado, existem profissionais que se enquadram facilmente em sistemas de ensino sofisticados, que desejam sistemas computacionais com qualidades de inteligência.

O uso do computador na educação deverá promover mudanças na abordagem pedagógica vigente; e não apenas colaborar com o professor, para tornar mais eficiente o processo de transmissão de conhecimento. A utilização da informática na educação deve ser analisada como processo de modernização, renovação e troca de resultados. Bil Gates (1995: 316), proprietário da empresa Microsoft, em seu livro: A Estrada do Futuro salienta que a capacidade para a inovação será muito importante para que sejam superadas as desigualdades sociais e culturais entre classes e povos. Em suas palavras:

"A educação não é a resposta total para todos os desafios criados pela Era da informação, mas é parte da resposta, da mesma maneira que a educação é parte da resposta para uma gama dos problemas da sociedade" (...) "A educação é o grande nivelador da sociedade, e toda melhoria na educação é uma grande contribuição para eqüalizar as oportunidades".

Ou seja, essa inclusão ultrapassará as fronteiras da educação convencional, dando oportunidades às escolas de renovar a forma de se trabalhar os conteúdos programáticos. Segundo Valete (s.d) "A educação cabe hoje o papel norteador, para superação das crises resultas do trabalho".

Os computadores nada mais são do que o meio e não o fim, isso quer dizer quê, eles são somente solucionadores de problemas; e óbvio que sozinho eles não fazem nada, e só podem ser úteis, com a sua ajuda, então tiramos a conclusão de quem é que está realmente no controle.

A introdução do computador, no ambiente escolar, é hoje uma necessidade para o crescimento de uma pedagogia inovadora, assentada na capacidade de educadores propensos a didáticas renovadoras. E a importância do papel do educador neste processo informatizado está em se conscientizar de que se ele não se colocar dentro de seu tempo e caminhar em direção ao desenvolvimento ficará muito difícil gerar um atuação docente de qualidade.

O educador tem que estar consciente de que a tecnologia computadorizada não se resume em teclado, mouse, CPU e software, mas sim em saber emprega-los numa realidade existencial.

É preciso existir uma aliança na utilização de novas tecnologias, buscando a possibilidade de criar e transformar conhecimentos estimulando a comunicação entre as pessoas e visando a expansão da autonomia pessoal nos processos de aprendizado.

O uso destas tecnologias irá mudar o enfoque do processo escolar para o qual os usuários tenham um conhecimento intelectual e profissional de acordo com seus objetivos. Esse processo terá um novo enfoque, conforme cita Robert Branson (s.d) :

"O professor não será mais o detentor do conhecimento e ao aluno simplesmente o receptor, mas professor e alunos irão interagir visando um maior aprimoramento mudando assim o paradigma nos dias de hoje da educação."

 

A participação do computador dentro das salas de aulas, pode ser visto como um mundo muito novo, onde conceitos podem ser ensinados aos alunos de formas nunca antes imaginados, através de sistemas audiovisuais, utilizando-se de sons e imagens, transformando assim a sala de aula em um laboratório virtual.

A partir deste novo contexto de ensino-aprendizagem tanto aluno quanto o professor obtêm resultados positivos; o aluno através da diversidade da dinâmica de exploração das informações e do intercâmbio de informações e idéias com outros alunos de outras escolas e outras culturas e, já o professor através da possibilidade de reciclagem de conhecimentos ampliação de conceitos e de sua didática.

O uso da tecnologia pode contribuir para ajudar a viabilizar o ensino, criando novas possibilidades principalmente como apoio pedagógico e em cursos de Educação à Distância.

5. CONCLUSÃO

É evidente que num primeiro momento o computador cause certa estranheza ao professor, que por sua vez, já estava acostumado ao giz, quadro e livros, e de repente se deparar com métodos novos e diferentes...

No entanto, aprender exige muita dedicação e tempo, mas se referindo a educação é necessário que o docente busque continuamente oportunidades de capacitação para expandir o seu conhecimento e compartilhá-lo com o aluno.

Acredito que o conhecimento e o domínio sobre a informática é indispensável na vida de todo ser humano.

A escola deve disponibilizar aos alunos uma formação condizente à realidade, para que esse aluno possa atuar na sociedade, tornando-se cidadão responsável, crítico e capaz de contribuir para uma sociedade mais justa e humana.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERRETTI, Celso João. Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate multidisciplinar. Rio de Janeiro: Vozes, 1994, ( págs, 151 – 164).

 

WER THEIM, Margaret. Uma história do espaço de Dante à Internet. Rio de Janeiro :

Jorge Zahar, 2001.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo:Editora 34,1999.

SCHAFF, Adam. A sociedade informática: as conseqüências sociais da segunda revolução industrial. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

GATES, Bill. A estrada do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.


Autor: WALERIA CAMINHA


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