Nota Sobre Contemporaneidade



A frase que poderíamos tentar exprimir a contemporaneidade é a seguinte:O homem contemporâneo contemporiza. Aqui temos não a pós-modernidade tão defendida por Lyotard que soa como um requisito para se encontrar o positivismo herdado de Hegel, de forma sublime por ele e por muitos doutos e doentes. Lá na pós-modernidade  há a pretensão de entender o acumulo cultural do homem pelo método da analise histórica, onde a pós-modernidade é a etapa da evolução humana que superou a modernidade de Cartesius, Galileu e Bacon, esta já derrotara o período medievalista de Aquino e Agostinho! Essa visão da historia nós dá a fina sensação de que caminhamos para algo melhor que o agora, temos a cândida promessa de uma terra distante, de um infatigável paraíso!Lá onde se finda a pós-modernidade, no momento que essa padecer o que surge é...Surge o que? Qual será o próximo gênio a velar os olhos dos homens com seu velo de vaidade e filosofemos que visam legitimar um estado de coisas?

Como antídoto tirado do próprio verme, que lhe come a carne podre, há a possibilidade de algo mais, não uma filodoxia de porcos  a fazerem sua pequena revolução e terminarem andando com duas pernas opresoras; tantos discursos axiológicos,tantos golpes de foices e silogismos abriram caminhos para tolos e tiranos!

O que se apresenta no lugar da pós-modernidade é o homem que é coevo, coetâneo com o que o rodeia e é percebido por ele,esse exato momento de sua intuição enquanto sujeito que se auto-conhece querendo algo agora e aqui.

Desse ponto de vista temos tanto Cartesius, Agostinho e Lyotard contemporâneos as coisas que desejaram e tentaram explicar ou dar significado durante suas vidas. Não há uma evolução de um a época a outra! Quais dados oferecidos, por quem é de interesse, provam que a humanidade caminha para o paraíso, que o historicismo pinta em seu quadro? O que há é o homem no altar de sua vaidade vangloriando a si mesmo ao elogiar sua época como superior a outra; isto, aos olhos céticos da filosofia critica,soa como a mediocridade de uma contemporaneidade a afirma sua acomodação diante do que se apresenta diante de sua vida.

Rafael Vate Caetano
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Autor: Rafael Vate Caetano


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