Perto do Coração - Uma Análise



RESUMO

A primeira obra de Clarice Lispector quanto à escrita feminina e o papel da memória.

PALAVRAS – CHAVES

Mulher - Literatura – Memória

ABSTRACT

The first Clarice Lispector's works a for the writer's female and the memory papers.

KEY-WORDS

Woman – Literature – Memory

A SELVAGEM DESMEMÓRIA DE LISPECTOR

Num dia Joana é a menina sonhadora e carente, noutro, a mesma Joana oscila entre o ódio de tudo, o nojo da tia e a indiferença para com o marido. Tantas Joanas dentro de Clarice. Tantas Clarices em uma só Joana.

Clarice Lispector, ucraniana brasileira, mulher dura, por ter sentimentos; inatingível, por ser sábia e, também,previsível por ser fêmea. Uma autora que não é muito conhecida de todos, mas que, até os que a conhecem bem, a definem como uma mulher intrigante. Assim é a Clarice que chega às mãos dos que pretendem desvendar o universo da escrita feminina.

Hoje, muito foi dito sobre sua obra e conclusões diversas existem sobre o seu papel na literatura feminina. Entretanto, atenta-seeste trabalho, à estreante autora de "Perto do coração selvagem". Uma advogada, mãe, esposa, acompanhado o então esposo em sua carreira diplomata pelo exterior.

Foi em 1943, entre os papéisde mãe eesposa e as possíveis reuniões sociais, que, presume-se, Joana nasceu. Ou teria apenas eclodido, e sua história viesse sendo construída num longo percurso de vida da mulher Clarice? Não se sabe. Sabe-se apenas que o seu livro foi um marco na escrita feminina moderna. A sua forma não cronológica e desconstruídade escrever romperia com as normas textuais previsíveis que se propunha a então literatura, excetuando-se apenas obra de Virgínia Woolfe de James Joyce.

O seu texto é construído (ou transborda),a medida que a mão viaja pelo papel e a mente pelo tempo. Em pausas, longos silêncios, cortes inesperados e mudanças abruptas de assunto, a autora deixa-se deslizar por verdades conflitantes logo a seguir desfeitas e longos passeios por situações do cotidiano. Conforme Roberto Corrêa Santos,"a harmonia e a extrema potência – fossem esses termos para designar o resultado do trabalho de Clarice – vêm do arranjo."Corrêaafirmou que esses arranjos ordenariam os "estilhaços escriturais" da obra através de movimentos de retorno ede formas específicas de redizer e reafirmar.

A sua obra é intensa e não utiliza-se de aspectos psicológicos palpáveis para se afirmar ser um desvendar do interior da autora. Essa noção flui naturalmente nas entrelinhas. Embora não fosse essa talvez a intenção de Clarice. Ela apenas se derramava sobre o papel, ela era intensa e intensa, consequentemente tornou-se sua escrita. Sua intensidade pode ser atribuída à presença de fatos muito comuns, como a criança que pergunta demais, o abraço de pêsames da tia gorda, a água nos pés da criança triste, a descoberta da puberdade ou a traição do esposo.

Ao estudar a obra de Clarice Lispector, ou qualquer uma outra autora, não é sábio tentar encontrara estrutura do texto feminino em sua escrita. Pensar assim é atribuir à literatura regras textuais diferenciadas para o homem e para a mulher. Quem ditaria estas regras, o homem ou a mulher? A mulher escrevendo como ohomem dita não seria a presença do masculino na obra feminina? Seria até ininteligível pensar em tal possibilidade. Deve-se pensar entretanto, no discurso masculino e no discurso feminino. O discurso é permeado pela cultura, e esta, é plenamente influenciada pelas diferenças de sexo e consequentemente, pelas situações sociais vividas pelos autores de obras literárias.

Algumas peculiaridades da escrita dita feminina parecem mais evidenciadas com o despertar da mulher da década de quarenta, de uma época de quebra de amarras, como todas as épocas em que as mulheres vivem, pois de certa forma, ser mulher é sempre transgredir, só que na maioria dos casos, transgredir com sensibilidade, e não foi diferente com Clarice. Lembrando que "Perto do coração selvagem" foi escrito nesta referida época brasileira, uma época em que a mulher que já tinha o seu espaçosocial basicamente conquistado, tanto no mercado de trabalho como nas relações familiares e sociais desde outras décadas, verifica-se então que esta mulher agora reafirmava o seu papel social mais pleno, o de envolver-se com o que era humano, o outro, o nós. O que de mais moderno talvez exista no referido livro é a vontade de transgredir, é um vomitar por conta das regras impostas por um mundo cruel e ausente. Uma mulher com uma relação tão comum e tão estranha como a de Joana e Otávio. A presença de Lídia. As reações da protagonista diante da gravidez de Lídia. O seu caso com o homem estranho. Seus sentimentos com relação ao casamento e a união de duas pessoas para a morte em comum. Tudo o que Joana diz e faz é muito forte e ao mesmo tempo passeia totalmente pela simplicidade da alma feminina.

Nos últimos capítulos Joana vê-se mais fragilizada e não consegue aceitar-se como tal. Volta então a sua mente a idéia de morte como a ligação com a infância. A partir desse instante Joana inicia um monólogo interceptado em longos trechos pelo diálogo com Deus. A personagem se quebranta diante do divino num momento de extremo desabafo onde Clarice aparece muito claramente nas suas palavras. A autora judia junto com a sua criação, briga com o seu deus, "não, nenhum Deus, quero estar só" (PCS. p.201).

Em momentos de fraqueza e em meio a um medo comum, Clarice mostra como uma mulher pode agir, ou ao menos como costuma agir:a fraqueza, o ódio, o medo, a esperança e sobretudo a dúvida .

Saber se Joana é uma representante da alma feminina torna-se uma árdua tarefa. Clarice conseguiu fazer um universo feminino difícil até para as mulheres compreenderem. Tantos anos após o lançamento do citado livro, ainda é perceptível a estranheza com que as mulheres modernas se esbarram ao conhecerem Joana. Ela mostra uma mulher altamente visceral. Em alguns momentos Joana se faz forte, viaja por pensamentos grandes, mostra-se além da pequenez que o seu mundo lhe sugere, noutros,tão frágil e inconseqüente que não se sabe quem ela realmente é.

Difícil falar em escrita feminina moderna sem falar dos aspectos feministas desta escrita. Embora Lispector não aceitasse ser rotulada de feminista, a sua obra promoveu uma reflexão sobre alguns aspectos da teoria feminista. Percebe-se essa reflexão quando a autora enlaça na sua obra aspectos político-culturais e político-textuais da literatura feminina e masculina. A maneira como a autora retrata os conflitos de Joana e a sua relação com a família e os homens em geral, retratam fragmentos de uma educação patriarcal, do pai provedor e da criança desamparada com a falta deste e todo o percurso de vida da protagonista perambula pela quebra da harmonia social e familiar desencadeada com a ausência do pai. Note-se que enquanto órfã de mãe, Joana vivia seus devaneios e anseios infantis de forma regular, a morte da mãe era até certo tempo deixada às escuras, seu papel não fora dos melhores, o que bem demonstra o diálogo do pai de Joana com o amigo visitante à mesa. Para Joana a maternidade torna-se algo a ser pensado apenas quando Lídia sai à frente e engravida de Otávio. Viver a si mesma parecia ser mais importante para Joana do que o papel de mãe.

A crítica velada de Clarice ao modelo paternalexistente na produção literária, é percebida na forma como retrata as condições de vida damulher no núcleo familiar, levando essa mulher além do papel submisso a que se permitia e colocando-a num lugar de reflexão privilegiada. Não seria mais fácil a partir de sua obra pensar a mulher como antes, ignorar a força do feminino e do feminismo na história literária moderna.

Com sua forma existencial de tratar o universo feminino Clarice Lispector mostra uma mulher não mais confinada ao lar e a família. Ela leva essa mesma mulher a limites maiores onde os seus símbolos internalizados e limites da sua incapacidade se extrapolam e se desnudam numa mulher plena, ainda feminina e até frágil, mas plenamente mulher.

A vida da mulher e o emaranhado de emoções que esta vida permite parece ser o objetivo de Perto do coração selvagem. Num vai e vem de acontecimentos e sentimentos, Clarice mostra a mulher por inteiro nas diferentes passagens da vida de Joana. E esse mostrar se faz e se desfaz no decorrer do romance pela forma fragmentada da escrita e da "montagem"da obra. Conforme PONTIERI,Clarice passava a Lúcio Cardoso um amontoado de "folhas soltas", uma coletânea de fragmentos, aparentemente desconexos, que por sugestão do amigo, se transformavam no material que deu origem ao livro de estréia.

A análise desta obra e, principalmente o conhecimento do citado fato,levou o seu primeiro romance a receber de Costa Lima a crítica na estrutura e na desejável articulação com o real. Essa crítica, conforme NOLASCO,devia-se ao fato da "não-compreensão do papel que a estética dofragmento ocupa dentro da obra."

Mas não só de críticas viveu a obra de estréia de Clarice, o mesmo aspecto fragmentar foi elogiado por MILLIET, conforme pode-se observar:

"mais séria tentativa de romance introspectivo. Pela primeira vez uma autor nacional vai além, nesses campo quase virgem de nossa literatura, da simples aproximação: pela primeira vez um autor penetra até o fundo a complexidade psicológica da alma moderna, alcança em cheioo problema intelectual, vira do avesso, sem piedade nem concessões, uma vida eriçada de recalques." (MILLIET,1944)

Abre-se um parêntese aqui para a forma de construção do texto feminino e ao de Clarice em especial, onde a autora utiliza-se,de fragmentos de textos, memórias suas, de outros e de seus personagens. E molda sua obra através da sequêncialógica ou não desses fragmentos.

A escrita feminina, e não somente esta, apresenta na obra de ficção a apropriação da vida real em fragmentos descontínuos e o leitor a tem como objeto de criação do autor. O fictício pode até sê-lo para o autor e para os seus inúmeros leitores, entretanto, para diversos outros leitores, pode ser apenas retalhos de sua própria existência. Em contrapartida, o sujeito-autor, ainda que não intencionalmente, imprime ao seu texto suas próprias experiências, tanto as reais quanto as que são frutos de seus desejos. E nesse intercâmbio de discursos semi-prontos (da obra), com os que estão em construção (do leitor), se misturam e transcendem para um texto maior, o do espaço literário que abre uma gama de possibilidades com o poder da palavra.

Entendendo o feminino não exatamente como o oposto de masculino ou derelativo ao homem, talvez fique mais claro a noção de uma escrita feminina que independe do sexo do seu autor.Como bem analisou Lúcia Castelo Branco:

"Talvez essa curiosa interseção entre o feminino e a mulher possa ser pensada, mais minuciosamente, com a ajuda da teoria psicanalítica. Ora, a psicanálise, que nasce sobretudo da escuta de mulheres histéricas, suas queixas, suas histórias e seus sintomas, é criteriosa ao definir, tanto o feminino como o masculino não como categorias sexuais, fisiológicas, mas como configurações psíquicas, que variam de indivíduo a indivíduo, independentemente de seu sexo biológico."(Lúcia Castelo Branco,1991)

Qualquer autor, seja qual for o seu sexo, tem a habilidade de compor a sua obra noas âmbitos feminino e masculino. O discurso humano é permeado de sentimentos e experiências. Em certos momentos o autor privilegia a razão, o signo ao significado. Noutros, este autor viaja pela alma humana num derramar de vozes internas, como Lúcia Castelo Branco chama de "por trás" do corpo, de ausência/presença. A este corporizar Lúcia chama de femininizar o texto.

É importante refletir no que se refere a escrita feminina e o seu corpus. Nessa reflexão conclui-se que o feminino não significa oposição ao masculino. Lacan chamou a essa não oposição como dissimetria, o que equivale a entender que a idéia de cara-metade e de seres incompletos não tem fundamento, em especial no aspecto literário. Entende-se assim que o feminino não é a mulher, mas o que a ela se relaciona.

A busca por uma análise mais completa da primeira obra de Clarice perpassa ainda pelo conceito da desmemória na escrita feminina. A própria história da existência feminina é traçada pelos traços de memória acumulados com o passar do tempo. O que seria então a desmemória feminina?

Mais uma vez recorrendo a Lúcia Castelo Branco, que fez uma viagem ao tempo de Ulisses e as atitudes de Penélope para fazer uma analogia entre o seu tecer diário e desmanchar noturno com a memória feminina. No ato de tecer, Penélope buscava guardar a memória do marido ausente, ela buscava o que considerava reale reforçava assim a presença do marido ausente, fortalecendo também a sua intenção de ser fiel até a sua volta.

Tomando como base um outro mito, o de Lethe e Mnemosyne. Sendo a primeira a fonte do esquecimento e a segunda a guardiã da memória do passado, Lúcia enfatiza que embora Mnemosyne "guarde" a memória, esse guardar não está apenas ligado ao passado e que a memória se constrói também por meio do presente e do futuro.

É conveniente ainda, saber que a memória além de manter-se relacionada ao futuro, detém também em sua essência o esquecimento, como se pode observar:

"Não exatamente marcada por um retorno ao passado, por uma fidelidade ao vivido, mas quem sabe, também guiada por um "desejo de futuro"e quem sabe, também composta de lacunas, silêncios, rasuras, esquecimentos, talvez essa escrita se aproxime muito mais da ficção do que comumente se costuma admitir." (Lúcia Castelo Branco,1991)

E como essa desmemória se materializa em Perto do coração selvagem? Eis uma intrigante tarefa a ser realizada. Independentemente de quanto da vida de Clarice exista em Joana, ou de Joana exista em Clarice, pode-se analisar os rastros da memória da vida de Joana desde sua infância até o final do livro. Como já foi dito, Clarice Lispector traça toda a trajetória da protagonista por meio de fragmentos. E ainda dentro do que parece ser uma seqüência lógica, a autora faz pausas, respira transcende no tempo.

Este lembrar que a autora realiza mostra diferentemente do que se acredita como memória, um resgatar não linear do passado. O leitor pode perceber então algo de vazio neste descortinar do passado (o que pode chamar de esquecimento).De forma alguma se pode afirma serem os fatos do romance o passado da autora, mas, enquanto construtora de um passado para Joana, a autora se utiliza para a personagem do mesmo mecanismo que utilizaria caso escrevesse suas memórias, ai temos mais uma vez o sujeito autor dentro do personagem.

Freud talvez explicasse melhor a construção da memória e certamente compreenderiacomoClarice trabalhou a memória em seu primeiro romance, resgatando alguns de seus conceitos, principalmente o que ele chamava de "lembranças encobridoras"ou falsas lembranças.

Em um artigo chamado "Construções em análise", Freud relaciona a busca do passado com uma busca arqueológica. O indivíduo encontraria nesta busca, restos, fragmentos, partes de um todo que se perdeu. Tomando posse dos seus "achados" na memória, o indivíduo inicia uma construção do passado perdido. Certamente o todo não caracteriza a realidade do todo perdido.

Freud ainda enfatiza que o processo de reconstrução não consegue preencher a maioria das lacunas deixadas pelo tempo e que as perdas ocorridas podem ser irreparáveis. Ai entraria o ficcional humano, onde o que já não é, passa a ser construído na memória. Lembrando que muitas vezes o que já não é muitas vezes na realidade nunca o foi.

Onde fica então a memória passada de Joana? De que ela se lembra? O que fez questão de apagar? A personagem por muito tempo "escava" o quintal de sua casa, a sala onde o pai trabalhava. Num salto abrupto a menina escava a mulher casada com Otávio. Parece não gostar do que encontra nesse futuro e mais uma vez inicia sua escavação por algo menos denso, a sua relação com a tia, o professor, o internato.

Retorna então à sua vida com o marido. O que aconteceu nesta lacuna que a fez lembrar a infância e algum tempo depois retomar o futuro com o marido, certamente existiu e pode ser chamado de apagamento. Algo dentro de Joana achou não conveniente lembrar. Apagou. Encaixou outros fatos, utilizou-se da desmemória e como uma nova estética literária, deu um tom enigmático à sua narrativa.

No capítulo denominado "Otávio", Clarice dá uma amostra do que se utilizou para compor os fragmentos da vida de Joana.

"Fechou os olhos, vagarosamente foi descansando. Quando os abriu recebeu um pequeno choque. E durante longos e profundos segundos soube que aquele trecho de vida era uma mistura do que já vivera com o que ainda viveria tudo fundido e eterno."(PCS p.79)

E nesse jogo de retornos ao passado próximo ou distante, Clarice construiu a existência de Joana. Era o seu estilo, o seu modo de pensar, talvez. E assim conheceu-se o quanto de intrigante pode ser o coração de uma mulher.

Joana mostrou-se ser uma mulher acima de tudo sábia. Às vezes desequilibrada, noutras bastante ponderada. A sua doentia necessidade de saber o porquê de tudo. A sua maneira de ver o outro lado, em que iria resultar aquilo que ela estava vivendo. Tudo o que se passava por sua mente o leitor pôde conhecer.

Conhecer sim, compreender seria um passo muito além. A linguagem de Clarice não é simples. As viagens interiores de Joana vão muito além do lugar comum. Uma leitura mais detalhada da obra com uma reflexão menos crítica e talvez menos direcionada por tudo o que se disse a seu respeito certamente levantaria novas e puras impressões.

Um número grande de estudiosos dedicou e dedica seus trabalhos à obra de Clarice e aos passos de Joana. Coube a este ensaio fazer um primário passeio pela literatura feminina de Clarice e conhecer um pouco de um universo até então desconhecido, de mulheres intensas, extravagantes e, sobretudo fêmeas e de como a autora se utiliza da memória feminina para a produção literária.

Clarice sempre irá representar as mulheres que desenharam os primeiros passos da caminhada da literatura feminina moderna.

BIBLIOGRAFIA

_____. O feminino segundo Lispector. (p. 99-113)

ALMEIDA, Sandra Regina Goulart. A modernidade da escrita feminina de Clarice Lispector. _____

BRANCO, Lúcia Castelo. O que é escrita feminina. São Paulo, 1991.

LIMA, 1986, p.543 In NOLASCO, Edgar Cézar. Restos de ficção. São Paulo: Annablume, 2004 (P. 46).

LISPECTOR, Clarice. Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

MILLIET. Diário único, v 2, p. 28, 15 jan. 1944.

PONTIERI, 1999, P. 117 In NOLASCO, Edgar Cézar. Restos de ficção. São Paulo: Annablume, 2004 (P. 46).

SANTOS, Roberto Corrêa dos. Discurso feminino, corpo,arte gestual, as margens recentes. Revista TB, Rio de Janeiro, 104:49/64, jan. –mar.,1991.


Autor: ELIENE SANTOS


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